Entre muitas sugestões pertinentes e semi-pertinentes havia esta:
9. Gorjetas? O que é isso?
Às vezes até pode custar, mas recorde que, em muitos serviços, as gorjetas são uma parte significativa do rendimento dos funcionários.
Pois, eu acredito. Eu até tenho uma política anti-gorjeta que talvez faça de mim má pessoa, mas compreendo que as pessoas a dêem e os motivos por que o fazem. Agora...porque é rude não dar gorjeta? Porque nós temos de pagar o salário ao funcionário e não a empresa que não lhe dá condições decentes? Santa paciência...
Falta de educação é tratar mal o funcionário ou (como diz o primeiro tópico da Visão) pedir qualquer coisa sem sequer retirar os olhos do smartphone - males da atualidade. Falta de educação foi a forma como eu rosnei à funcionária da Artisani quando ela me disse que a máquina de waffles tinha avariado. Não dar gorjeta não é falta de educação, pode ser só falta de dinheiro. Pode ser só o facto de termos dinheiro contado para aquele que é o luxo do mês - jantar fora no tasco da esquina.
Não dar gorjeta pode ser falta de compreensão, de compaixão, de disponibilidade. Mas não me parece que seja falta de bons modos.
Pronto, também ri baixinho com uma das sugestões ser a falta de modos em livrarias públicas. É que até concordo. Mas deve haver cerca de dois portugueses e meio a cumprir esta falta de educação. Por entre os 4 que frequentam livrarias públicas.
Não quero que a Pippa se sinta sozinha por causa dos filetes moles. É que pescada é coisinha para ter de marinar por muitas horas para não ficar a saber a cartão azedo. E mesmo as mais capazes, as pseudo-prendadas e as olha-que-até-safas têm os seus dias maus na cozinha.
Olha eu (sou da categoria "olha-que-até-te-safas", não mais). Ainda ontem a fazer umas batatinhas no forno com alho e alecrim, fiz uma asneira daquelas que não lembra ao menino Jesus.
É que, depois de cozida e antes de ir ao forno, a batata tem de ser ligeiramente esmurrada. Eu só me lembrei disso quando o meu homem me disse e eu já tinha posto azeite em cima das batatinhas.
Pego numa colher de pau e vai de maltratar as batatas para as esmurrar um bocadinho. Já com azeite e restantes temperos. Pois bem, foi azeite nas batatas, na bancada, no meu vestido, na t-shirt do rapaz. Enfim, um festivalzinho de alecrim.
Acontece às melhores. E a mim também. Partilhem os vossos próprios #desatresnacozinha com a respetiva tag. A ver se nos fazemos sentir melhor umas às outras - neste mundo em que blogger que é blogger até faz panquecas só com duas sementes de chia e uma colher de xarope para a tosse, é preciso que nos lembremos que somos todas humanas e falíveis.
Contem lá a vossa maior asneira ou a mais recente, vá...
Nada é sim ou não. Ninguém é bom ou mau. As pessoas não sobem ou descem na vida, sempre em linha reta. Às vezes, cometer um erro é a coisa certa a fazer. Os opostos atraem-se em vez de se repelirem. O caminho que para alguém dá num precipício, a outro pode fazer voar. Não se é só feliz ou infeliz a cada hora. Nem um sorriso garante alegria. Como uma lágrima não é prova de tristeza.
Nada é simplesmente branco ou preto, preto no branco. Tudo se situa numa escala de cinzentos, que vamos colorindo à nossa maneira.
O nosso amor, por exemplo, pinto-o num tom diferente todos os dias. Hoje é azul. Da imensidão do céu e do mar. Pensando bem, é azul todos os dias.
Eu sou do tipo que não chora, nem esperneia, nem culpabiliza, quando a sogra lhe atira o telemóvel novo ao chão no primeiro dia...e sabe Deus o mini-enfarte que tive. Se isto não faz de mim a nora favorita, não sei o que fará.
Ele: Hahahaha. Li o teu post. Quando te pedir em casamento posso usar um waffle em vez de um anel? Eu: Não! E não me ponhas o anel dentro do gelado que ainda o engulo. Sabes como sou a sorver gelados... Ele: Mesmo. Nem conta davas.
O blog Destralhar abordou a regra de Seinfeld acerca da implementação de bons hábitos. Basicamente, consiste em estipular objetivos que temos de cumprir (e assinalar) diariamente, sem falhar. Por exemplo, a Cristina mencionou acordar e deitar-se a determinada hora, limpar sempre o balcão da cozinha e cumprir algumas tarefas diariamente, antes de se pôr à frente do computador.
Uma técnica de produtividade ensinada por uma série televisiva é logo um contrasenso: a mim pessoalmente, as séries retiram-me imensa capacidade de produzir. Mas vou aceitar o desafio, estabelecendo regras simples (e parvas) para garantir que não vou falhar.
Abrir os olhos. Este é muito importante. Até porque é bom sinal. Não acordei morta (uff), certifico-me disso e sempre evito ir contra os móveis todos a caminho da casa-de-banho. Sem este objetivo, a produtividade corria o risco de ser zero.
Falar com alguém. A princípio até pode parecer que não tem a ver com produtividade, mas passo a dar exemplos: "podes fazer-me aquilo, se faz favor?", "ajuda-me aqui", "importas-te de tratar disto?". Coisas desse género. Vou fazer uma nota mental para usar sempre uma voz docinha e falar com jeitinho, quando cumprir este passo.
Não usar as sandálias azuis. Aleijam-me nos pés, normalmente fico com uma bolha. Se as usar ando devagar e depois produzo pouco, até em passos. Também não gosto muito delas, por isso vem a calhar.
Assinalar que cumpri os objetivos diários. Confesso que esta deve ser a mais difícil. Se calhar vou só pestanejar como sinal para mim própria que não quebrei a corrente. Se nesse dia pestanejar, portei-me bem. Não faz aquele esquema das cruzinhas coloridas, mas também serve.
Vai ser difícil. Mas quem se quiser juntar a mim, está convidado. Sempre nos motivamos uns aos outros. E agora...don't break the chain!
Nota: Agora a sério, dizem que funciona mesmo. Se quiserem ler a base teórica do método, cliquem na imagem!
Eu, que já há largos meses me dedico a gozar com portadores de smartphones que parecem telhas (ecrãs enormes, ali a bater na categoria do tablet, sucessores do antigo e pesadão tijolo), vou ter um desses. Não é i-Coiso, nem Samsung, nem sequer é caro, mas é um modernuxo gigante.
Na minha cabeça vou justificar a compra assim "é para poder escrever mais no blog e tirar fotografias melhores".
Por isso se eu falhar, já sabem...podem atirar-me um tijolo à cabeça. Ou uma telha. O que estiver mais à mão.
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