O que o meu telemóvel pensa de mim
Juro que era o dia certo!...
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Juro que era o dia certo!...
Governo, sindicatos, pais, professores, pediatras, explicadores: tudo louco para chegar ao melhor método de ensino e avaliação, o que faça dos alunos uns ases. Tudo louco para saber como melhorar o rendimento das crianças. E afinal o sucesso escolar depende de uma só coisa: Quitoso.
Não sei bem qual o raciocínio por detrás do cartaz desta farmácia, mas o "Eles andam aí" é bastante explícito. O ftiráptero (vulgo piolho) transforma qualquer potencial cirurgião em mais um português na fila do desemprego. E assim se explicam as taxas de desemprego tão altas: é que quase toda a gente teve piolhos pelo menos uma vez na vida.
Como é que o piolho faz isto? Alinhei algumas hipóteses:
1. Ao gerar muita comichão a criança passa o tempo de mãos para cima a arranhar a cabeça e não consegue pegar no lápis para completar exercícios. Fica burra para sempre, porque naqueles dias perde o encadeamento da coisa.
2. O piolho, através da raíz do cabelo, suga diretamente a inteligência dos miolos das crianças. Esta parece-me óbvia.
Pais e educadores, esta é a boa nova. O código foi decifrado.
Piolhos = Insucesso escolar. Quitoso = Engenheiros nucleares.
E a pessoa que fez o cartaz...teve piolhos em pequena.
Doem-me os ossos todos por sabê-lo tão perto, sem o ter a dormir ao pé de mim. O capitato, a bigorna, o calcâneo...
Ele diz que só falta uma noite. Eu digo que a vida é curta para se ter uma almofada desabitada ao lado.
Então fico do meu lado, muito quieta, e adormeço com o medo do costume que ele me toque nos pés.
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