O DailyMail diz que os homens que durmam com pelo menos 20 mulheres vêem o risco de cancro da próstata reduzido em cerca de 30% . Quanto mais ramboiada melhor. E eu já estou mesmo a ver as consequências deste estudo nas casas de família.
- Querida, encolhi o risco de cancro da próstata!
- Que bom, querido! Começaste finalmente a dar uso à tua inscrição no ginásio?
- Não...não foi isso.
- Então, decidiste mudar a tua dieta e começar a comer coisas mais saudáveis?
- Também não.
- Então que foi que fizeste assim de tão bom hoje?
- Li esta notícia que diz que homens com pelo menos 20 parceiras diminuem drasticamente o risco de cancro da próstata. E fui logo lá abaixo à Teresinha das fotocópias. Nas escadas encontrei a secretária do Fonseca e também a aviei. Depois passei o resto do dia a marcar reuniões com as melhores fornecedoras, para os próximos dias. Com melhores pacotes...de oferta, se é que me entendes. Tudo a bem da saúde.
(Ferro de engomar na cabeça. Morte por lesão craniana previne cancro da próstata. Fim de cena.)
No ano passado até se pode dizer que já morávamos juntos, mas não tínhamos a "nossa" casa. Ele já passava lá todo o seu tempo e tudo o que era seu já me ocupava o armário, as gavetas, o coração, enfim. Já chegávamos a casa do trabalho para os braços um do outro. Mas não tínhamos a "nossa casa".
Não quis fazer árvore de Natal naquela que não era a "nossa" casa. Ninguém ia passar lá o Natal e aquele era um espaço que eu ocupava há muito tempo mas que não tinha tido nunca o significado de família (que para mim é sinónimo da época que se aproxima). Ele e a minha irmã espernearam, mas não havia nada a fazer: a casa não era nossa, era minha. Eu não sentia Natal naquela casa e portanto ali não haveria uma árvore.
No entanto, comprámos um enfeite. Nós os dois, entre tantas peças bonitas no Gato Preto, escolhemos um que teria como destino a nossa primeira Árvore de Natal, na nossa primeira casa. Essa casa que era um plano e hoje é uma realidade (não digam ao senhorio que eu disse que a casa era nossa).
Pedimos para embrulhar. Confesso que já nem me lembro que enfeite era, ao que se parece. Hei-de descobrir no dia em que tirarmos um bocadinho para fazer a árvore, algures no próximo mês se é uma estrela, uma rena ou um boneco de neve...ou nada disso (aceitam-se apostas).
Depois há outro problema. Nesta altura toda a gente se esgatanha para ter a árvore mais bonita (leia-se a que terá mais likes no facebook). A mais dourada, mais vistosa, maior, mais hipster-chic ou glamour-classic. E eu odeio ir em modas...