Das expressões: preço de amigo
É impressão minha ou "preço de amigo" devia significar "mais caro"?
É que se é amigo quer ajudar a fazer crescer o negócio...
Certo?
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É impressão minha ou "preço de amigo" devia significar "mais caro"?
É que se é amigo quer ajudar a fazer crescer o negócio...
Certo?
Este post está numa categoria amorosa embora também ficasse muito bem na categoria "Um dia mato este gajo" da Maçã de Eva.
Ontem comprámos mais algumas decorações de Natal e começámos a vestir a casa.
Para evitar furar a porta da entrada (não julgo que o nosso senhorio tenha muito espírito natalício) comprei contrafeita apenas um enfeite para pendurar na maçaneta.
Não sei se já tinha mencionado que sou meio desligada de pormenores. Por exemplo, nem me lembrava que não tenho uma maçaneta redonda na porta, mas antes uma espécie de pega, onde não dá para simplesmente pendurar o enfeite.
Atei portanto o enfeite na pega da porta - queixando-me ao Moço da minha infelicidade e do nó mal feito que tinha deixado.
E segui para outro lado para pendurar uma árvorezinha prateada no espelho da casa-de-banho.
De facto, reparei que o Moço ficou por perto da porta da entrada. De facto, ouvi movimentações. E de facto, ele chamou-me a determinado momento. Mas eu estava entretida e só voltei à zona do crime uns minutos depois.
Para encontrar a porta toda desmontada! Pronto, a porta toda não. Mas a pega fora do sítio e ele com ferramentas na mão e no chão e...
Tinha desaparafusado a pega da porta para pendurar o enfeite!
Note-se que o enfeite se pendura com um cordel e a minha solução (assim que voltasse lá) seria tão simples como cortar o cordel e fazer um nó enlaçando a árvore na maçaneta.
Lá fiquei a ajudá-lo, que estava agora atrapalhado para voltar a pôr pega da porta no sítio. Eu a bufar e ele a montar o bocado da porta que tinha tirado por causa de um estúpido de um enfeite de Natal (houvesse assim vontade para já ter arranjado outras coisas lá em casa).
E pronto, fiz o papel que me cabia: queixar-me entredentes da azelhice dele e do aparato que criou por causa de um enfeite.
Mas no fundo sei porque o fez: para me agradar. Para que tudo fosse exatamente como eu queria.
Portanto suponho que este texto está na categoria certa: o amor está em detalhes como este.
Eu sou uma mimada (mas isso já sabiam) e o enfeite está no sítio que eu queria. Portanto nem vou mencionar que ele conseguiu deixá-lo virado ao contrário.
Nunca ter de comprar molas da roupa.
(eu não moro no rés do chão, mas sou fornecedora habitual)
Odeio esta expressão, por mais que seja verdadeira em 97.5% dos casos.
Paga-se um almoço a um parceiro para otimizar o acordo.
Paga-se o almoço a um amigo para lhe pedir ou pagar um favor ou agradecer uma ajuda.
Paga-se o almoço à miúda em busca de tu-sabes-bem-o-quê.
Paga-se um almoço ao vizinho porque no outro dia ele nos pagou a nós.
Olho por olho, dentro por dente - filosofia execrável.
Percebo a parte da troca em nome de um bem comum (respeito e uso, não minto). Mas não posso com a obrigatoriedade. A mesquinhez do ele-deu-por-isso-agora-é-a-tua-vez. O "não há almoços grátis" - adoro oferecer "almoços" sem esperar nada em troca e portanto também assumo que me façam bem sem olhar a recompensas.
Isto para dizer que hoje ia a subir as escadas do metro e uma senhora estava lá no cimo com um carrinho de bebé. Nem estava particularmente atrapalhada, mas o rapaz à minha frente prontificou-se para ajudá-la a trazer o carrinho para baixo. E eu pensei: este é dos outros 2.5%. [A não ser que depois tenha pedido à mulher para lhe carregar o passe.]
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