Dois dedos de conversa #46
Moço chega do trabalho e vamos juntos beber um carioca de limão:
Moço: Este bocadinho contigo está a ser a melhor parte do meu dia.
Maria: Uau...deves ter tido um dia horrível...
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Moço chega do trabalho e vamos juntos beber um carioca de limão:
Moço: Este bocadinho contigo está a ser a melhor parte do meu dia.
Maria: Uau...deves ter tido um dia horrível...
A "palavra" abreijos. Ou as pessoas que a dizem, já que falamos nisso.
...de quanto mais se tem para fazer, menos se faz.
Pelo que entendo, dos agradecimentos que se fazem em blogs - nomeadamente muitos -, hoje em dia, são precisas cerca de 34 empresas para uma festa de aniversário de criança: a do local arrendado, a do catering, que não é a mesma que faz o bolo em forma de castelo (com tanque de crocodilos à volta e tudo), a que faz os convites, a que dobra os convites, a que fornece os brindes, a que tira fotografias, o palhaço, o pessoal especializado que ajuda os meninos a usar o penico...
E a minha mãe que fazia tudo sozinha na garagem lá de casa?
Voltemos à semana passada, que o relato ainda agora vai na segunda-feira. Depois do almoço de aniversário na baixa lisboeta e de voltarmos a casa para terminar as malas, prosseguimos para a casa dos pais do Moço - que excecionalmente, por uns dias, estavam por cá e não lá para cima para "os Nortes". A sogrinha queria dar-me um beijinho e uma prenda. Lá fomos, rapidamente, que queria chegar a Leiria - ao pé dos que me deram a vida - cedinho.
Ao retomar viagem, o Moço anuncia que vai encher o depósito às bombas de gasolina do Jumbo a Alverca. À entrada de Alverca apercebo-me que me esqueci da mala (vocês dizem bolsa, não é?) na casa dos sogros. Tínhamos mesmo de passar pela chatice de voltar atrás: dinheiro, cartões, documentos, eu tinha tudo lá e ia embarcar numa viagem de uma semana. "Não faz mal" diz-me o Moço sempre calmo. "Vou só pôr gasóleo primeiro e depois vamos lá.".
Enche o depósito.
Procura a carteira.
Lembram-se da minha mala? A que tinha ficado para trás na casa dos sogros?
Agora adivinhem onde estava a carteira dele?
Exato.
Nisto, a bomba de gasolina cheia, já com filas antes do Moço se chegar à janelinha da senhora das bombas e dizer que não temos como pagar, torna-se absolutamente impossível naquele momento em que temos de fazer mini-marcha-atrás para ficarmos estacionados entre as duas filas, porque a cancela não abre para passarmos. A senhora foi simpática mas não é estúpida e às tantas se fugissemos ela tinha de pagar do bolso dela, sei lá. Tanta coisa na bagageira para uma semana de viagem e as riquezas (ou misérias) todas que nos poderiam safar dali na minha mala, a quilómetros de distância. Vá lá que os pais dele estavam cá (bem podíamos ter passado lá a casa sem eles estarem só para ir ver se havia correspondência para o Moço, o que ainda costuma acontecer - aliás tínhamos lá recolhido há minutos a multa de velocidade que lhe chegou no meu dia de anos). Ele ligou ao pai que se desviou dos afazeres para me trazer a mala com tudo lá dentro. E quarenta minutos mais tarde num instante seguimos viagem...
Agora, antes de se precipitarem e dizerem que isto foi tudo culpa minha porque me esqueci da mala em casa dos sogros...pensem que nada disto aconteceria se OS HOMENS NÃO ANDASSEM SEMPRE A ABUSAR DAS NOSSAS BOLSAS!
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