Inverno
Aquela altura do ano em que repensas o ato de lavar as mãos.
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Aquela altura do ano em que repensas o ato de lavar as mãos.
O evento do dia para mim não é a Black Friday mas sim o regresso das Gilmore Girls (mesmo que seja pouco provável que não consiga ver hoje.
Dizia-me no outro dia alguém que tentou ver a série e não achou graça. É normal. A série é sobejamente tola e banal. Mas ninguém que tente ver hoje um episódio lhe pode dar o peso que eu dei um dia.
Hoje em dia ver Gimore Girls não é sinónimo de aguardar uma semana inteira por cada capítulo. Não é uma luta pela única televisão da casa ligada na RTP2. Não é aquele único dia da semana em que não nos importávamos que o pai trabalhasse até tarde, porque se ele estivesse em casa e quisesse ver outra coisa, não havia gravação automática que nos salvasse - o episódio perdia-se para todo o sempre.
Hoje em dia há muitas séries péssimas, que "no meu tempo" eram maravilhosas. É tudo uma questão de fome. Ou fartura.
Se há duas coisas que eu gosto é 1) de oferecer livros (ainda esta semana vos falei sobre isso) e 2) de ver os projetos das pessoas cá do bairro verde do Sapo a crescerem (ainda por cima hoje é dia de #followfriday). A Catarina tem um blog no Sapo e um livro no mundo.
A Maria Bolinhos é uma história que tem tudo o que uma criança precisa para ser feliz: princesas e doçura - no caso, a Doçaria Alentejana é a estrela. Não acham um excelente presente de Natal? Sim? Então vamos lá: eu e a Catarina temos um destes livros cor de rosa para vos oferecer! Com um extra importante: o livro tem direito a dedicatória e autógrafo da autora!
"O exercício vicia!"
Sei a data porque publiquei nessa dia uma foto de um vinil que não cheguei a ouvir. Foi no dia 1 de Outubro - há mais de 6 semanas - que descobri que a agulha do gira-discos estava partida. Não sei como aconteceu mas falei com o Moço e perguntei-lhe se tratava do assunto (eu também trato de muitos, prometo).
Só o lembrei umas três vezes de lá para cá e portanto é normal que ele ainda não tivesse ido pesquisar sobre o assunto.
Hoje voltei a falar nisso, mas com a voz um pouco mais aguda.
Ele foi ver o gira-discos, ligou o computador, pesquisou um pouco e ao fim de uns minutos chega-se a pé de mim, com a agulha e o encaixe na palma da mão:
- Olha, vês? Está partida.
Reuni à pressa a calma que pude e disse devagar:
- Ótimo. Agora que já concordamos no problema...podes arranjar uma solução?
Eu sei explicar o fenómeno das miniaturas do LIDL. Eu não sou mãe, pelo que não tenho filhos para me servirem de desculpa. Nem sou cliente regular do LIDL (já fui, mas agora fica mais longe) pelo que não posso dizer que aconteceu naturalmente. E, nessa condição, achei que devia ser o Bruce Jenner das miniaturas e abrir caminho para quem se quer assumir.
A criança que tenho em mim recorda-se de andar na pré (muito pouco tempo, porque eu estava lá dois dias e vinha para casa doente duas semanas, até a minha mãe desistir) e a minha coisa favorita era brincar no supermercado improvisado com embalagens vazias que os pais mandavam para a lojinha. Sim, quero ter uma brincadeira destas em casa. E sim, vou brincar com ela - não sozinha, mas quando tiver catraiada amiga cá em casa ou as minhas próprias crias. Se dizem mal das crianças viciadas no tablet ou cheias de briquedos caros, não podem dizer nada desta bricadeira que foi gratuita e é saudável, certo?
E a louca que tenho em mim, tem uma ligeira pancada por tudo o que é mini. As coisas pequenas são sempre mais adoráveis. E quando abracei o desafio ao roubar à minha própria mãe as miniaturas que ela tinha reunido fi-lo por graça. Depois as amigas juntaram uma série de coisas (amiga é aquela com quem podes abertamente falar do teu vício de miniaturas do LIDL) e fiquei com muito mas miniaturas do que achei que reuniria. E entretanto, com a coleção quase completa à vista, a aura de desafio instalou-se: será que vou conseguir?
De criança e de louco temos todos um pouco. As miniaturas do LIDL entram nas duas categorias. E eu não me importo nada. Acho que todos concordamos que podia dar-me para coisa pior. Ser viciado em miniaturas continua a ser melhor que ser viciado em tabaco. Pelo menos enquanto não as começar a acender e pôr na boca. De seguida proporei ao LIDL uma coleção de miniaturas para bloggers com produtinhos Boticário em vez de Cien, malinhas Prada, brinquinhos Swarovski, mini havaianas e micro calças da Salsa.
PS: Troco a minha alma pela mini Coca-Cola.
Moço: Vá, dá cá um beijinho.
Maria: Agora não quero, estás a chatear-me.
Moço: Nunca queres!
Maria: Estás sempre a chatear-me!
E te convida para ir às compras na Black Friday.
Parece-me que esta semana começou há 9 dias...
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