As segundas-feiras são canja.
Quando os fins-de-semana são uma caldeirada.
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Quando os fins-de-semana são uma caldeirada.
Moço: E tens estado bem? Sem açúcar...
Maria: Acho que até é suposto andar menos stressada sem porcarias, não?
Moço: Acho que não...podes andar mais irritadiça com a falta de açúcar. Não te sentes mais irritada?
Maria: Não sei, diz-me tu...
Moço: Humm...não. É o mau feitio do costume.
O problema de eu ser teimosa às vezes também tem vantagens. O Moço perguntava-me que dias tinha eu mencionado inicialmente que seriam exceções ao desafio. O aniversário do meu pai e o nosso aniversário de namoro, relembrei. No entanto, com 20 dias de desafio confesso que não me apetece quebrá-lo. Ou melhor, apetecer, apetece muito. Mas gostava de poder dizer que estive efetivamente 66 dias sem comer qualquer porcaria. Anunciei que no aniversário do meu pai só abriria exceção se ele levasse muito a mal que eu não provasse o bolo. E que também podíamos adiar a exceção do nosso aniversário para depois do desafio. Ele convenceu-me que merecíamos uma pizza do sítio do nosso primeiro jantar. Eu negociei que comeríamos uma pizza a meias e uma salada para não abusarmos.
Agora estou a pensar melhor...Não quero mesmo abrir a exceção, apesar de me apetecer a pizza. Quero levar os 66 até ao fim e poder dizer que o fiz sem pontuar com batota nenhuma...que me dizem? Convenço-o disto...ou cedo à tentação?
Daqui a pouco tempo já terei vivido tantos anos com o meu avô quanto sem ele, o que me parece francamente inacreditável, tal é a importância que teve na minha vida. Fazíamos quadras os dois (ele também era "das palavras" mesmo com a 4ª classe), íamos buscar àgua à fonte, ele deixava-me alimentar os coelhos à boca e carregar os baldes (vazios) até à parte afastada do quintal onde corria água e cresciam as favas. Ao fim do dia, eu lia com a cabeça pousada na barriga dele enquanto dormia ou via televisão. Mostrou-me mais do nosso país, os três no carro, a ficar em pensões numa altura em que o Booking era mesmo chegar e ver se havia lugar para nós, do que tenho visto ultimamente (e não é por falta de passeio). Fomos a Salamanca e quando ele pediu um café solo trouxeram-lhe um pêssego. Coisas pequenas que ocupam um espaço grande na minha memória.
Hoje ele faria 83 anos, apesar de não ter chegado a celebrar os 70. Foi-se embora pouco antes dessa ocasião, na passagem de ano, e os anos nunca mais passaram para ele. A vida continua para quem fica, porque tem de continuar. E todos os anos que vivi ao lado dele foram prenchidos de tudo, pelo que não me podem entristecer, só deixar saudade. Só há uma coisa difícil de aceitar: que ele, um dos (três) homens da minha vida, não tenha conhecido o Moço, para saber que tenho quem tome bem conta de mim e me deixe ler em cima da barriga.
Confirma-se: não gosto de bananas, mas os meus iogurtes favoritos são os de aroma de banana. Menos os do LIDL. Esses sabem a banana.
Quando a moda é fazer uma reeducação alimentar continuada eu PUMBAS começo uma dieta limitada no tempo.
A 'miga tem um problema e escarrapachou-o na Revista Inominável. Já viram qual é? Tem a ver com situações, nomeadamente algumas e mais não digo. Leiam - e não se coíbam de opinar - mais um Correio Sentimental da autoria desta que vos fala e de M.J..
Descobri porque é que toda a gente partilha fotos dos termómetros apesar de estar mais que anunciado o frio que vai fazer e os graus que lá vão estar marcados! É porque os meteorologistas falham tanto que nem a sentir o frio acreditamos bem neles. Então o pessoal: toca de arranjar provas que vão além do subjetivo bater de dente. Fotografar, para o caso de termos de meter a menina da meteorologia em tribunal ou dar-lhe um tau tau, caso desça ou suba mais meio grau que previsto em cada região. Serviço público é o que é. Defesa do consumidor, no fundo. Se não fosse a humanidade a fazer isto, eu, que não tenho termómetro, nem saberia que está mais frio hoje que em Agosto. Inesperado, até.
E ao mesmo tempo, é um jogo. Toda a gente sabe que ganha quem conseguir a foto da temperatura mais baixa. É como as velhas com as doenças. Mas num jogo que, cheira-me, tal como na liga de futebol entre o final dos anos 90 e o inicio dos 2000, está tudo viciado para os do norte...
A verdade é esta: sim custa não poder comer o que me apetece quando me apatece (sobretudo nunca me tendo visto com tais limitações), mas não é nada que me tire o sono. Honestamente? A minha felicidade não depende de bocado de comida nenhum. Por mais prazer que um Snickers ou um waffle com gelado coberto de caramelo quente me traga. E quando decido algo de alma e coração não falho, por isso estou comprometida com este objetivo e vou levá-lo até ao fim. Faço-o também na esperança que no futuro tenha melhores hábitos com mais regularidade por causa disto, mesmo não tendo sido isso que me motivou. E bem sei que vou saber valorizar mais cada brownie que comer porque sei a falta que me fez um dia.
Sabem o que me custaria mais do que não comer o que me apetece? Obrigarem-me a comer coisas que não me apetecem.
Dizem que ontem foi o dia do Riso. Foi? Se foi mesmo, este post onde reúno textos pseudo-engraçados ou bem-humorados vem mesmo a calhar, embora atrasado. Se não foi, que se lixe, tentem lá esboçar um sorrisito na mesma, com este cardume de textos (cardume é com licença criativa). Como às vezes é para rir de mim e não comigo, pode ser que consigam. Senão riam-se da minha mania de querer ser engraçada, sem ter pontinha por onde se lhe pegue. E há mais parvoíce no Instagram @mariadaspalavras.
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7. O flagelo dos filhos na escola (na perspetiva de quem não os tem)
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