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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

26
Out16

A técnica de Pomodoro (e a app!)

Maria das Palavras

Perguntas: Ai Maria, que raio, não te cansas de escrever no blog todos os dias? E como é que tens tempo para isso?

Respostas: a) Às vezes canso-me e b) não é fácil. 


Claro que não estou exatamente "aqui" todos os dias e se sei que me vou ausentar e não vou ter tempo escrevo algum post que agendo quando estou mais folgada para publicar em momentos de ausência. E quando "estou" organizo-me para não me perder. Esta é a parte difícil. Concentrar-me numa coisa de cada vez, quando só no computador há tanta coisa por fazer (e fora dele mais um mundo). 


Recentemente li acerca da técnica de Pomodoro, registada por Francesco Cirillo. Basicamente centra-se no conceito daqueles temporizadores de cozinha. Sabem?

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A ideia é que durante o "tempo Pomodoro" a pessoa se concentre unicamente naquela tarefa (25 min), sem outras distrações, mas ao fim desse tempo desvie os olhos e faça qualquer coisa mais divertida ou diferente - de preferência física - por um pouco (5 min). Parece que estamos sempre a parar, mas na verdade, é uma técnica que ajuda comprovadamente à produtividade. Segundo o pomodorotechnique.com devem seguir-se alguns passos e regras: por exemplo, calcular quantos "Pomodoros" precisamos para cada tarefa, certificarmo-nos que durante a contagem afastamos todos os estímulos exteriores (ou seja, fechamos a tab do facebook e afastamos o telmóvel com a janelinha de Whatsapp) e aproveitar de forma inteligente todo o tempo do contador.

 

Não, não precisam de ir à cozinha! Nem ao IKEA! Há várias apps e extensões desta técnica (procurem por Pomodoro). Claro que qualquer temporizador faz o mesmo efeito, mas já agora, vamos usar a técnica com estilo, não? A que estou a usar é uma extensão do Chrome chamada Simple Pomodoro. Usem e abusem dela, adaptando às vossas necessidades e tempos (podem diminuir o tempo de trabalho ou aumentar a pausa, consoante vos aprouver, desde que não abusem e respeitem o conceito, senão não vale de nada). Há-de ser muito bom para várias atividades, mas parece-me que funcionará lindamente para estudar! Experimentem. Bom trabalho!

 

Pomodoro Add ON

 

 

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25
Out16

Se não tens nada para dizer, ouve.

Maria das Palavras

Como vos disse alinhei numa iniciativa para fazer 24 posts em 24 horas (ontem). Faço pelo menos um post por dia há dois anos, sem sacrifício e quando estou fora agendo vários dias para que não fique em branco, pelo que não achei que fosse ser difícil: achei que fosse ser desafiante e entusiasmante. No entanto, ali por volta do sexto post comecei a fazer frete, confesso. Ou a pensar que aquilo que escrevia não era relevante, estava ali de pára-quedas, relembrando a filosofia que o meu pai me repetia sempre e que está bem escarrapachada no título. Nem tinha chegado a noite que me ia matar certamente e eu já estava entediada com o exercício: não escrevo para viver, escrevo por gosto. Por isso não preciso de tornar a escrita em qualquer coisa que não me dê prazer. Assim, fechei o exercício, sem mágoa nem arrependimento. Desistir faz parte do meu dicionário. Se não tivesse sempre a carga negativa que lhe dão, veriam como às vezes a palavra traduz uma coisa boa e corajosa.

Ficou, no entanto, um bichinho de partilhar mais coisas, mais vezes. Aqueles pensamentos parvos que às vezes reprimo (no blog) por não achar importantes, às vezes podiam ser um post. Não um post trabalhado e cheio de comentários. Mas mais um daqueles textos curtinhos que dá um bocadinho de mim. E só por isso, por ter descoberto até onde vou com gosto e depois os meus limites, este desafio valeu a pena. Obrigado por terem acompanhado (que eu bem vi as estatísticas - eu fartei-me, mas muitos de vocês, não).

 

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09
Mar16

Enlagrimecer

Maria das Palavras

Máquina de Escrever Olivetti - Maria das Palavras

 


Eu era pequena e dizia ao meu pai que queria escrever um livro. Tinha uma máquina de escrever velha que, no entender dele, ao ouvir as minhas ambições, não estava à altura da tarefa. Computadores nem todos tinham, ainda não era como ter uma TV em casa (normalíssimo, uma por divisão). Então, um dia, o meu pai chegou a casa com esta Olivetti da foto. Para mim. Uma máquina de escrever "automática". Funcionava ligada à corrente. Escrevia e apagava. Tinha um pequeno ecrã que contava digitalmente os caracteres. O sonho de uma jovem (tão jovem) pretensa escritora. 


No outro dia, a propósito das vendas do OLX, a minha mãe foi buscar a velha máquina que tinha a tecla de espaço encravada e pousou-a na mesa da sala. A tal onde escrevi muita coisa, mas nunca um livro, a olhar-me de soslaio.
E o meu pai diz isso mesmo, o que eu estava a pensar, mas em voz alta "olha, a máquina onde a minha Maria pequenina ia escrever um grande livro". Enlagrimeci.

 

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24
Fev16

O Caderninho

Maria das Palavras

O Caderninho - Maria das Palavras

 

Tenho um caderninho, entre dezenas de outros e como já tive dezenas de outros, onde escrevo ideias que tenho para escrever. Não para escrever singelos textos para o blog, são ideias mâgnanimas, inigualáveis, para livros inteiros. Tem dias, tem coisas, tem frases, que me acendem luzes na cabeça. De repente preciso anotar aquela fórmula mágica antes que se vá. Entusiasmo-me. Escrevo além da frase-chave, muitas notas, numa letra quase linha que só eu perceberei para sempre. Os nomes, as peripécias, as características importantes, os twists, como será o grand final, alguns episódios de atirar ao chão em riso ou em ternura ou em tragédia. Durante uns dias ou umas horas, acrescento mais coisas. Ainda não puxei o cordelinho para apagar a luz. Continuo. Não me posso esquecer disto e daquilo. Ah, que rasgo! Então começa a esmorecer a pressa de ter tudo decidido. O essencial está pensado, posso descansar, afasto-me. Fica a fermentar. Só que vou lá passado uns dias ou umas semanas, abro o caderninho com mais uma ficção que nunca escrevi, só planeei. Leio. Não percebo que graça achei eu àquilo no outro dia. Por que raio terei sequer apontado? E aquela parte que não faz sentido nenhum? Arrumo-o novamente, entre as outras coisas que andam comigo na mala, o pacote das pastilhas, as chaves, o saco de pano para as compras, e espero pela próxima ideia que viverá na minha cabeça e morrerá no caderinho. Enfim, vou sendo feliz. 

 

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26
Dez15

Rascunhos

Maria das Palavras

Às vezes vou à caixa de rascunhos do blog. É riquíssima, juro-vos. Posts que nunca verão a luz do dia, outros que são publicados muito depois de terem sido escrito (quando já não me importo de partilhar), outros que não percebo bem porque publiquei e ao lê-los agendo logo para vos mostrar. Alguns não passam de ideias, tópicos à espera que vos descreva a minha reflexão ou conte aquela história. Uns quantos são tão parvinhos (sim, mais que o habitual) que só não percebo porque os mantive sequer como rascunhos - mas não os apago na mesma. Alguns, se eu tivesse paciência, quase podia pôr 300 páginas à volta deles e embrulhá-los num livro. É todo um outro blog. Iam gostar de ver.

 

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24
Nov15

Escrever um livro é fácil.

Maria das Palavras

Escrever um livro é fácil (imagem pixabay) | Maria das Palavras

 

Escrever um livro que os outros tenham vontade de ler (ou devam) é que é difícil. 

Fosse de outra forma e as prateleiras na FNAC não exibiriam em destaque um livro que é basicamente um conjunto de frases feitas do Facebook sob o nome de um fenómeno viral do Youtube. E tantos outros, lá no refego, descansam, a merecer ser olhados e devorados.


Fosse de outra forma e não haveria um livro editado - editora e autor portugueses (e falamos de uma editora com algum nome na praça) - onde a maior parte dos à são á e os são à, deitando assim por terra a minha teoria de que ler mais é garantia de saber escrever melhor (admitindo que o autor lê).


Fosse de outra forma e ser celebridade não seria por si só a maior garantia de se ter um sucesso de vendas em mãos.


Fosse de outra forma e até eu escreveria um livro.

 

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24
Ago15

O bloco de notas e as birras

Maria das Palavras

O bloco de notas e as birras | Maria das Palavras

 

Queria escrever. Iamos a meio de um passeio e lembrei-me de coisas que queria escrever. Precisava registar para mais tarde e as palavras eram algumas, o telemóvel não dava. Tinha uma caneta e nenhum sítio onde assentar as frases que já me estavam a querer fugir. Entramos os dois numas quantas lojinhas daquele sítio que não conhecíamos assim tão bem, mas em nenhuma havia cadernos. 


Sentamo-nos numa esplanada à beira-mar, a beber uma água fresca (fosse eu uma blogger in, e poderia muito bem ser un gin). Avistei uma espécie de banca de artesanato que talvez fosse a minha salvação. Pedi licença e fui espreitar. Nada onde se pudesse escrever - só postais. Voltei ao meu lugar. Estava oficialmente de birra. Não me apetecia conversar, nem nada. Só escrever e não tinha solução. Abandonei-me ao mau feitio. Fiz que tinha cinco anos e não queria saber. De nada.


Levanta-se o Moço e desaparece por uns minutos. Eu fico a ler, contrariada. Quando reaparece tem um bloco de notas. Pequenino. Perfeito. 


E ocorre-me que eu não sou assim. Que sou controlada. Que não me largo simplesmente aos problemas. Que sou uma solucionadora, que me desenrasco, que vejo o lado melhor e me adapto. Ocorre-me que a birra que faço, como se tivesse cinco anos, só a faço ao pé dele. Como talvez fizesse em pequena, ao pé dos meus pais. Ocorre-me que me sinto protegida, que sei que ele toma conta de mim. Que faço cara feia por ter a certeza que ele me arranca um sorriso a seguir. Ocorre-me a sorte que tenho por me poder dar ao luxo de fazer birras.

 

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02
Ago15

Palavras dos outros #10

Maria das Palavras

Pára de Rever. Pára de conter aquilo que queres escrever devido a constrangimentos que não te dizem respeito. Não voltes atrás. Não reescrevas. A tua principal função é Escrever não é Rever. É escrever as coisas tal como elas são. Tal como tu és. Sem Escrever não terás nada para Rever.

Não faças revisões baseado em ideias pré-concebidas, em medos, e em possíveis represálias imaginárias. Deixa o chicote do lado de fora e fecha a porta.

Senta-te, escreve e deixa a revisão para outra fase do processo.

 

Da escritora (e blogger) Sara Farinha, aqui.

 

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