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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

09
Out17

Este blog não é sobre livros #13: Maré Viva

Maria das Palavras

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Acho que disse 100 vezes no Instagram Stories que era "hoje" que ia acabar este livro sem nunca ser. Apeteceu-me dizer ao livro "o problema não és tu, sou eu". E de facto assim era. Era eu que cansada de ler por obrigação ao longo dos dias, nos breves momentos de lazer queria antes morrer para a vida numa série. 


Foi preciso afastar-me um fim-de-semana, no meio da natureza (mas nunca sem wifi) para finalmente dar asas ao meu plano de devorar as últimas 200 páginas. Assim foi e eis as minhas conclusões:

 

Do que se trata?

É um livro escrito a duas mãos (por um casal) e creio que ganhamos todos com isso. É claríssimo qual é a estória principal (a que dá nome ao livro, aliás) - trata-se de um caso antigo de polícia que volta a ser investigado à luz do século XXI e as suas ferramentas e tecnologias, - mas outros temas e problemas se cruzam, no que é claramente uma discussão de ideias entre autores para inserir este ou aquele ponto de interesse.

 

O que gostei mais?

O primeiro capítulo é logo ele um bom thriller. Se há bons inícios, este é um deles. Não vou dizer nada sobre ele, porque perderia o seu efeito, mas - sendo curto - o primeiro capítulo tem todos os elementos de suspense que uma pessoa necessita para ficar presa ao livro.

 

O que gostei menos?

Não creio que seja spoiler ao dizer isto. Gosto de livros, filmes (histórias, enfim) que me surpreendam. Por isso vão ficar espantados se eu disser que o que menos gostei deste livro foi o final, que até é surpreendente. Mas não creio que seja uma surpresa construída ao longo das páginas. É mais uma surpresa inventada no fim para chocar, que tanto podia estar como não, que a estória continuava toda a fazer sentido. Pelo menos foi assim que li. 

 

Conclusão

O facto de ter adorado a abertura e gostado menos no fim, não é de todo para dizer que o livro perde a qualidade à medida que se passam as páginas. A trama prende e o emaranhado de personagens mantém-nos alerta. Se ficaram em dúvida, nada como começar por aqui

 

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29
Ago17

Este blog não é sobre livros #12: Vamos comprar um poeta.

Maria das Palavras

Afonso Cruz - Vamos Comprar um Poeta | Maria das Palavras

 

Não dobrei os cantinhos todos do livro porque o livro não era meu. Pensando melhor, não dobrei os cantinhos todos do livro porque se os dobrasse todos, seria igual a não ter dobrado nenhum. A estória não é extraordinária, mas o conceito, senhores! Um conceito levado ao extremo. A importância do inútil num mundo pragmático. A importância da arte num mundo de números. A importância de saber usar uma metáfora sem lhe chamar mentira. Ou chorar sem medir os mililitros de lágrimas. Quis guardar todas as frases, todas as ideias neste livro que se lê de uma vez só. Guardei só a vontade de ler (ainda mais) Afonso Cruz.

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04
Jul17

Possíveis utilizações para livros arraçados de mastodontes

Maria das Palavras

Livros grandes (imagem Pixabay)

 

Já ando com menos tempo para ler (e escrever) e ainda assim fui direitinha buscar à estante para "próxima vítima" o primeiro volume da trilogia O Século de Ken Follet. Que não chega bem a ser um livro, é mais uma bestinha. Ao início pensei que tinha sido mal jogado, porque este livro de certeza que não se mexe da cabeceira e portanto não anda comigo para trás e para a frente. No entanto se formos bem a ver a coisa, um livro arraçado de mastodonte tem diversas utilizações que justificam a sua presença em mais de um contexto da nossa vida:

 

Na praia

Pode servir de almofada para a cabeça. Ou de duna para impedir as marés de avançarem. 

 

No trabalho

Facilmente pode fazer de nossa secretária e servir de apoio para todas as atividades do dia a dia. Conseguimos comodamente pousar o portátil, o lanche da manhã, e o copo de canetas em simultâneo e mesmo convidar colegas para reuniões da távola retangular. 

 

Nos festivais

Pode servir de banco para não termos de nos sentar no chão enquanto esperamos por "aquela" banda. E dá altura equivalente a um escadote para vermos melhor o concerto se nos pusermos em cima dele.

 

No caso de guerra mundial

Serve para nos barricarmos e ao mesmo tempo de arma de arremesso. São pelotões inteiros que se extinguem a cada tiro certeiro.  

 

No parque de estacionamento

Para guardar lugar. Duvido que alguém se atreva a desviar o matulãozinho para pôr o carro, sob pena de fazer uma rotura muscular. 

 

No ginásio

Quem leva os seus próprios pesos está sempre preparado e não tem de esperar pela sua vez nas máquinas. Mas só se aconselha aos que estejam em melhor forma física (muita proteína nesse corpinho para aguentar elevar repetidamente livros deste gabarito). 

 

Exagerada, eu? Não...

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14
Nov16

Este blog não é sobre livros #9: De sete em sete

Maria das Palavras


"Não sou corajosa; apenas fiquei sem todas as outras opções."

 

Esta foi a minha citação favorita do livro. Quando acabei de ler o Inseparável, deparei-me com as primeiras páginas deste De Sete em Sete (podem clicar na capa para ver detalhes). E vi nele uma das coisas que mais me cativou no outro: o tom da menina que nos fala (o autor que nos fala com voz de criança). Ao ler mais deparei-me com outras semelhanças - pura coincidência: o gosto das duas pela cor vermelha, os caracóis indomáveis. As duas são crianças fora do comum, com um incidente de vida fora do comum. 


A capa é uma boa metáfora da estória: a menina rema contra a maré. A menina de uma inteligência fora do vulgar vê-se numa situação fora do vulgar. A menina perde a vida como a conhece quando perde os pais e deixa mesmo de contar de sete em sete - depois perceberão. A improbabilidade da situação em que se encontra é flagrante e ao mesmo tempo...ela consegue calculá-la. 

É um livro incrivelmente simples com uma mensagem poderosa, que se lê como se barra manteiga no verão. Não damos pelas páginas a passar, porque é a Willow Chance que vai passando por nós. Ela e as outras personagens, todas de personalidades diferentes e vincadas - únicas, como as pessoas reais. Se vão gostar? Leiam as primeiras páginas e digam-mo vocês

 

 

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11
Nov16

O Moço a passar-se.

Maria das Palavras

Enquanto jantávamos contava-lhe que tinha acabado o livro anterior e já ia começar o que o T. me tinha emprestado. Ele começou a refilar que eu tinha tantos livros meus para ler, porque haveria de começar um livro emprestado. 
Um raciocínio sem sentido: primeiro lêem-se os livros que se devem devolver ao remetente (pelo menos eu sou assim). E os meus não vão a lado nenhum. Nem é assim muito normal ele falar-me naquele tom quase-agreste sem um motivo, pelo que o inquiri o que se passava. Nada. E continuava a queixar-se que eu nunca leio os livros que ele me oferece, por exemplo (o que é falso). 

 

Bom, fui-me afastando do tema livros porque havia ali algo que eu não estava a perceber e eu não gosto muito de não perceber coisas no geral e cenas em particular. 

Arrumámos o espalhafato do jantar, fomos para a sala e já ele ia começar outra vez de forma forçada a lenga-lenga do "não lês os teus próprios livros" quando os meus olhos batem numa lombada amarela na estante. Uma que eu não conheço. 

 

- O que é isso?

 

Era isto. E o mau humor fingido dele era só uma tentativa de eu ir à estante escolher um livro meu e dar de caras com este. Há que tempos eu queria ler Valter Hugo Mae. E este - que eu não conhecia - tem uma estória que me parece incrível (podem ler a sinopse clicando na capa do livro).

Obrigada, Moço, pelo teu mau feitio. Seu fingido. Que eu adoro.

 

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29
Out16

O carteiro toca sempre duas vezes

Maria das Palavras

 


E eu adorei que tivesse tocado estas duas vezes, com duas edições mais do que recomendadas do Clube do Autor. Não por mim, que ainda não os li (acabaram de chegar, tenham lá calma), mas o primeiro foi considerado "Livro do Ano" pela Amazon e pela Entertainment Weekly (entre outros) e o segundo ganhou o Diamond Dagger Award, o Prix Coeur Noir e o Prix POLAR International. Não que agora só leia livros premiados - nem vos posso dar esse exemplo senão agora só podiam ler o Por Falar Noutra Coisa, a Pipoca e a Cocó, entre alguns outros merecidamente vencedores dos Blogs do Ano [pausa para palmas] e deixavam-me de parte (que eu nem juízo ganho, quanto mais prémios).

 

Certo é que há umas semanas fiz um post a desejar uma história verídica (e dei como um dos exemplos este Quero-te Morta) e agora que o tenho estou danadinha para o ler. Do outro nunca tinha ouvido falar mas li a sinopse e estou certa que para mim e para todos os apaixonados pela leitura (alerta Magda Pais) vai ser imperdível. Logo vos dou a minha opinião - curta e grossa concisa e honesta, como sempre. 

 

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27
Out16

Isto não tem nada a ver com o Natal #5

Maria das Palavras

Estou a dizer, só aleatoriamente  e de forma totalmente desprendida da época natalícia que se aproxima (e onde é costume trocarem-se prendas), que estou a ler e a adorar este livro do Afonso Cruz (leiam a sinopse clicando na capa) e que é autor para me dar vontade de devorar tudo o que já escreveu. Escreveu e ilustrou - que o livro é uma combinação magistral das duas coisas (letra e imagem, às vezes letra a formar imagens). Agora quem ler este post que faça o que quiser com esta informação. A minha intenção era mesmo só partilhar isto...

 

Por exemplo, não ia pôr-me a pedir os outros livros dele, nomeadamente os que deixo aqui abaixo. Seria ridículo, até porque já tenho o primeiro, apesar de o ter perdido sem o ler. E depois, no geral, porque não gosto de estar a pedir coisas. Já para não dizer que ainda faltam  umas oito semanas para o Natal...Seria ri-dí-cu-lo. Nem me ia pôr a falar disto como dica à socapa só porque hoje a partir das 20h e até Sàbado a FNAC estará com descontos de 30% para aderentes...e ficaria mais em conta comprar já livros que eu não teria intenção nenhuma de trocar. Mas digo isto de forma desinteressada, como vos diria que tenho uma nódoa na blusa, sem esperar que me ofereçam outra (contudo, lá está, deixo ao critério de quem ler).

 

 

 

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10
Out16

Este blog não é sobre livros #8: Inseparável

Maria das Palavras

Foi a capa que me seduziu, confesso. Embora tenha aprendido depois que a capa só traduz um momento metafórico. Que o livro é muito mais sobre a vivência separada de duas pessoas que são inseparáveis - mãe e filha, do que propriamente sobre o rapto. Podem saber detalhes do livro (sinopse, preço,...) clicando na capa. Mas o que vos quero contar é sobre a minha experiência ao ler este livro que é uma ficção a imitar uma possível realidade.

 

Uma menina é raptada sem sentir que isso acontece. E é isso que torna tão difícil que a situação se inverta e que torna tão grande a sensação de desespero de quem lê. A cada momento quis gritar à Carmel: não é isso, não acredites, questiona. O livro conta-se a duas vozes: da mãe e da filha, Carmel. E preferi sempre os capítulos da Carmel. Primeiro por olharmos o mundo com a inocência de uma criança, através das suas descrições. Depois porque é do lado dela que o mistério se adensa e que a trama impensável se desenrola. 


Não creio que o que vá dizer a seguir seja um spoiler, pois o título já diz que são inseparáveis e eu já sabia disto quando comecei a ler sem que me tenha estragado a experiência. Mas se não quiserem saber uma coisinha sobre o desfecho (o desfecho não faz o livro, de forma nenhuma) não continuem a ler este parágrafo. Mãe e filha acabam por se reencontrar. Mas o livro é sobre o percurso e não o reencontro. De forma que a minha maior crítica e o meu maior elogio a este livro é que gostava que estivesse descrito o momento em que a Carmel finalmente percebe o que se passou e o reencontro com a mãe em si. É uma crítica porque gostava efetivamente de ter tido o prazer de ler esses capítulos. E é um elogio porque sei que assim a autora não tentou traduzir sensações indescritíveis em ficção, se não lhes viveu a realidade. Não caiu na tentação de estragar o realismo do livro. Fez bem.

 

Agora, por causa deste livro, que recomendo por isso mesmo, fiquei cheia de vontade de ler histórias reais: biografias, relatos, enfim. Digam-me se aconselham algum destes - fiquei particularmente curiosa com a sinopse do nº2 e do nº6 - ou comentem com outras sugestões da vossa lavra. 


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27
Jul16

E porque hoje se fala de livros...

Maria das Palavras

Cloud Atlas com galão - Maria das Palavras

 

É o dia certo para vos contar o balanço da minha experiência com o Livro Secreto. A foto foi tirada esta manhã, com o Cloud Atlas e o meu galão (como se pode ver na mancha da minha caneca favorita). Ultimamente dou por mim a acordar mais cedo para ler um pouco, já que não consigo deitar-me mais tarde - não sou definitivamente um ser da noite. 

Lembram-se do Livro Secreto, certo? Já vos falei da iniciativa, criada pela M.J., assim que me chegou o primeiro exemplar. Basicamente pus um livro a rodar, bem como os restantes elementos que participam na iniciativa. Todos os meses alguém lê o meu livro e todos os meses leio o livro de alguém - sem saber qual vai calhar a quem. E cada leitor anota as suas passagens favoritas ou faz comentários, de forma a que o livro volte, no final do ciclo, para o seu dono, mais lido e mais rico. Pelo menos é esse o plano.

Quando começámos - digo eu - era tudo muito rigoroso nas datas, nos envios e nas leituras e com o tempo o grupo foi-se conhecendo e entrosando, criando empatia e flexibilidade. O que não abandalhou a iniciativa, só a tornou melhor. E já não me lembro quantos livros me passaram pelas mãos, mas, com exceção de uma impossibilidade, li-os todos até agora e descobri verdadeiras pérolas (às vezes literalmente) que jamais teria escolhido. 


Não escrevi sobre todos os livros da iniciativa que já li, por isso vou aceitar a sugestão da Presidentadeste "clube do livro" e vou responder a algumas questões, para acalmar a vossa curiosidade sobre o assunto - estão a salivar para saber mais, não é?

 

a) porque decidi participar na iniciativa;
Fui vítima de chantagem emocional por parte da Presidenta, pois claro. O chamado olhinho de gato das botas.

b) qual o livro que mais gostei até agora;
A Luz, do mestre Stephen King. Ou não fosse eu passada dos carretos. Mas fica uma menção honrosa para o livro que eu própria pus a circular (e li à pressa para entrar neste circuito) e que me surpreendeu positivamente: o minorca "A Contadora de Filmes". E aguardo ansiosamente pelo Zafón (ele anda aí!), que prometem que me vai roubar o coração. 

c) qual o livro que menos gostei;

O livro que tenho no momento é sempre o que gosto menos. Porque penso: "tenho tantos na minha estante que fui EU a escolher e me apetecem ler...porque raio tenho de ler este que não fui eu que escolhi?". Depois lembro-me do propósito da iniciativa, do facto de me ter juntado a ela de livre vontade e em consciência, do bem que faz sair do hábito...e deixo-me surpreender.


d) uma passagem do livro que tenho e que está sublinhada por alguém;

A passagem que a Magui sublinhou na página nº40 do Cloud Atlas quis marcá-la também a amarelo fluorescente (não o fiz, dona do livro, não te preocupes).

 

(...) resolvi perguntar-lhe porque é que me tinha sorrido enquanto estava a ser chicoteado. "A dor é forte, pois é - mas o olhar de um amigo é mais forte". Respondi-lhe que nem ele sabia nada de mim nem eu sabia nada dele. Ele tocou nos olhos e depois nos meus, como se esse simples gesto fosse uma explicação total. 


e) se já pensei em desistir;
Sempre que pego no livro que não fui eu que escolhi, lá está. E depois perco-me nele e passa tudo. 

f) coisas que gosto e não gosto na iniciativa;

Não gosto de ter de estar sempre a caminhar para os CTT. Gosto quando consigo convencer o Moço a ir lá por mim. Não gosto dos papéis *a solta nos livros. Gosto de ler as mensagens das outras pessoas no livro. Não gosto de não conseguir cumprir a meta. Gosto de ser supreendida. Não gosto de empurrar para trás os meus próprios livros que já estavam na fila. Gosto daquilo que mais odeio: ser "obrigada" a ler algo que não escolhi. 


g) se pudesse trocava o livro que enviei por outro: qual!

Não, não trocava...e a explicação é simples: fiz uma escolha perfeita (ahahah, esse ego!). É um livro agradável de ler, curto para deixar que pessoas com vários ritmos de leitura consigam sempre cumprir a meta e que gostei o suficiente para querer recomendar, mas não tanto que não me queira separar dele. Honestidade a mais?

 

*sim, está errado, é de propósito, porque é assim que lhe chamo. Neste âmbito. Noutros, chamo-lhe só "tola" ou "psst, tu aí".

 

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27
Jul16

Distintamente bons

Maria das Palavras

Joel Dicker e o Caso de Harry Quebert mantêm-se como a dupla imbatível nas minhas leituras dos últimos tempos. Encantada que estava com o autor suiço, depois de ter devorado o seu best seller e de o ter conhecido na Feira do Livro, li os seus outros dois livros numa semana e considero-os distintamente bons - nenhum dos três livros se parece com o outro, a meu ver, mesmo aquele em que o protagonista é o mesmo. 

 

Joel Dicker - Os Dias dos Nossos Pais e O Livro dos Baltimore

 

Os Dias dos Nossos Pais é um romance sobre as emoções da guerra dentro de uma pequena unidade de elite formada na Inglaterra e, paralelamente, um foco muito especial na relação entre um pai e um filho que parte para a linha de combate (uma das linhas de combate, que a guerra nem sempre é tudo o que se vê e sabe dela). É aliás um livro sobre o amor sem limites: entre amigos-irmãos, entre um homem e uma mulher, entre pai e filho, para com o país e o Homem, no seu âmago. O final é absolutamente emocionante e sem ter a intriga complexa dos outros dois, leva-nos até ao fim sem esforço. 

 

O Livro dos Baltimore é o livro da história familiar de Marcus Goldman, que já conhecemos (e quem não conhece deve parar já o que está a fazer e tratar disso), mais uma vez escrito da perspetiva do autor-protagonista. Está relacionado com o anterior (cronologicamente, passa-se antes), mas é possível ler um sem o outro. Fala-nos do presente, do passado e do ainda-mais-passado dos Goldman de Montclair e sobretudo dos Goldman de Baltimore. Fala-nos da infância dos primos Goldman, onde me prenderam particularmente os episódios de violência escolar vividos (e provocados?) por Hillel A.W. (Antes de Woody). Fala-nos de um Drama (um dia D) em particular do qual rapidamente conhecemos as consequências, mas os contornos apenas no final. No entanto considero injusto chamar Drama ao drama, assim com maiúscula, quando, a meu ver, outros se sucedem ao longo das páginas - de igual importância ou que, pelo menos, levaram a esse. Ao longo do livro todo consegui sentir a nostalgia do Marcus, que nos escreve, a sua admiração, a sua revolta, a sua generosidade.

 

Ambos me deliciaram. Ambos são grandes livros. Ainda assim, não há amor como o primeiro. E, para mim, não destronaram A Verdade sore o Caso de Harry Quebert.

 

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