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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

07
Dez17

As pessoas.

Maria das Palavras

No Natal passado estava preocupada com o sítio onde faria a festa em família com a família espalhada por tantos pontos do país, sem imaginar que eu ia adicionar outro ponto geográfico a essa lista. Mais perto de uns, mais longe de outros, compreendo agora que a distância que criamos entre uns e outros muitas vezes tem pouco a ver com quilómetros e mais a ver com tempo. Às vezes a forma como aproveitamos esse tempo. Fazem-me falta algumas pessoas. Mas quando estou com elas, aprecio-as, mais do que nunca. Quando escrevo uma mensagem ponho-lhe tanto sentimento (ou mais) que naquele beijo de "feliz natal" que daria apressado entre dois cafés. E quando se vencem as distâncias todas, cinco minutos podem ser horas a fio. 

Dezembro acabou de começar e já tive de faltar a dois jantares de Natal (almoços, aliás, que a idade já se faz notar). Preferia ter estado, mas não faz mal. O meu Natal são as pessoas. Sem lugar nem hora marcada.

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18
Set17

Comprar casa ou não: eis a questão.

Maria das Palavras

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Pequena sondagem: moram numa casa comprada ou arrendada?

Eu diria que aos 31 seria capaz de responder com a primeira opção, mas a vida é muito poucas vezes aquele que pensámos que íamos fazer dela. O que não significa que seja pior. Quando estava em Leiria sabia que queria ir para fora: não porque não gostasse da minha cidade (#leiriaélinda) ou das minhas pessoas, mas porque sempre tive trejeitos de independência e sabia que queria criar um espaço novo, só meu. 

 

Em Lisboa convenci-me que seria para sempre. Cheguei a considerar trabalhar fora, quando as pessoas ainda o faziam por vontade e não por necessidade, mas não cheguei a dar o salto - e mesmo aí considerava que fosse uma coisa temporária. Na última casa em que morei, cheguei a pensar que se tivesse mais um quarto, era bem capaz de me convencer a nunca mais mudar (e sabe Deus - mais quem já as fez, como as mudanças são custosas).

 

Depois levou tudo uma cambalhota e vim parar ao Norte, onde sempre onde sempre adorei passear, mas nunca considerei poisar. Sou feliz aqui e moro numa casa que me apaixonou assim que abri a porta e depois as janelas para a rua. Não por ser uma casa nova (que não é) ou perfeita (que não é) mas porque tem luz de dentro para fora e de fora para dentro. 

 

Mas mesmo vendo-me a ser fiel tanto a esta casa como à outra, já não sei como garantir que isto vai durar muitos anos, quando há pouco jurava que nunca moraria ao pé da praia (e cá estou eu, um rato de cidade a poucos metros da areia). Suponho que o trauma de não controlar a vida vai assentar e um dia estarei (estaremos) preparados para esse passo. Hoje não é o dia, e por um lado é uma pena, agora que até tenho contactos privillegiados no mundo imobiliário, com uma amiga da maior confiança a trabalhar na agência Comprar Com Arte (aproveitem vocês, se estão nessa fase). 


Ela ajudou-me a escrever um texto no blog Aprender Uma Coisa por Dia, com 5 Dicas para Comprar casa. Não deixem de espreitar!

 

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24
Mai17

O dia em que descobri que não tinha perdido uma casa.

Maria das Palavras

Passei o fim-de-semana em Lisboa a sentir que tinha regressado ao lar. As pessoas, os lugares, a comida. É tudo meu, há tanto tempo. Do Tejo à segunda circular, dos monumentos aos centros comerciais. Casa.

Domingo à noite regressei à nova cidade. Da estação de comboio vi o topo da igreja matriz iluminada. Estou em Casa, pensei outra vez, sem querer, agora numa cidade diferente. 

Lisboa não deixou de ser minha, como Leiria nunca deixou. E tenho uma Casa aqui. Agora. Também.

Também. Não "em vez de".

Liguei ao Moço a dizer que tinha chegado e acrescentei "Sabes? Acho que vamos gostar de morar aqui". Ele nunca duvidou. Sempre soube que a geografia não importa.

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18
Abr17

Carta a quem faz planos

Maria das Palavras

Maria das Palavras - Agenda ConVit 2017

 

Olá caríssimo, 

 

Eu já fui tu. Aliás, teimo em ser. Organizando tudo com trejeitos de obsessão na minha agenda e no meu calendário. Encontrando o melhor momento para isto e a data certa para aquilo. As obrigações e o lazer. O que julgo poder prever segue uma ordem que a logística complicada dos dias me faz assentar no papel para assegurar que tudo ficará bem.

 

Com o passar do tempo fui adquirindo a certeza, já bem cimentada aos 31 de vida, que os planos não são mais que esperanças apontadas. Tentativas de organização, nunca cimento no tijolo. 

 

Há dois tipos de pessoas: as que fazem planos e as que já sabem que não vale a pena fazê-los. Fico feliz que ainda estejas no primeiro patamar. No entanto, não é assim tão mau estar no segundo. As mudanças, às vezes são desgraças e outras vezes são supresas maravilhosas. Na maior parte das vezes, são isso tudojunto. Mas, seja qual for o tipo, fazem-nos crescer, aprender, adaptar, ver coisas a que fechávamos os olhos e descobrir tanto sobre nós, os outros, o mundo, que mesmo quando não podemos dizer que valem a pena, têm o potencial de nos tornarem melhores e de nos fazerem ter as prioridades certas. 

 

Até amanhã.

Ou talvez não.

Uma pessoa sabe lá o dia de amanhã.

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16
Abr17

O meu paizinho fashionista reage ao cadeirão amarelo.

Maria das Palavras

Poltrona amarela IKEA

Compraste isso? Achei que isso era velho...que a senhoria tinha deixado aí e ias devolvê-lo. Não combina com nada. O amarelo desta almofada nem sequer é igual. Pronto, está bem. Como queiras. Mas não fica nada bem.

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14
Abr17

How'bout a date?

Maria das Palavras

O tempo Maria&Moço tem-se reduzido à presença em eventos familares ou de amigos. Minto. Exagero. Normalmente temos algum alone time enquanto viajamos de carro entre cidades e jantares ou almoços ou lanches. Ha ha ha. E não sei dizer que não porque quero (re)ver toda a gente e sentir que as coisas não mudaram assim tanto e chegamos para tudo. Temo-nos esforçado de tal forma que só não chegamos para nós.

 

Acham que estou a exagerar? Lembrem-se que o Moço trabalha por turnos, várias horas de quase todos os fins-de-semana. Et voilá. Começo a achar que quando passar esta fase de desencontro agravado, em que moramos em cidades diferentes, temos de voltar aos básicos: como te chamas? qual é a tua cor favorita? és alérgico a alguma coisa? Ai, odeio que me toquem nos pés.

 

Há que contrariar. Há que transformar minutos em horas. Acender uma vela para tornar especial qualquer jantar de sobras. Há que dizer não a toda a gente e sim só para nós, baixinho, ao ouvido. Há que rodar a chave na porta, silenciar o telefone, apagar a TV e desligar o mundo. 

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13
Abr17

Felizmente não enjoo em viagens.

Maria das Palavras

Querem o resumo das festas? Espinho para Lisboa. Lisboa para Vendas Novas. Vendas Novas para Lisboa. Lisboa para Leiria. Leiria para Espinho. Quem lhe quiser chamar fim-de-semana prolongado está à vontade. Por aqui vai ser mesmo fim-de-semana a correr. Graças aos deuses, já não estou no desafio de comida saudável e vou usar ovos de chocolate e amêndoas açucaradas como combustível humano. Ah, e nem pensem que não arranjo um bocadinho para visitar o Pão Pão Queijo Queijo. Fica desde já o desejo de uma boa Páscoa para todos os visitantes destes humilde canto. Chuac*.

 

*Sabem o que é isto, certo?

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11
Abr17

Confesso que tenho medo.

Maria das Palavras

Tenho tido pouco tempo para o blog. Muito pouco. Tenho de me esforçar para parar um pouco tudo o resto e aceder a blogs.sapo.pt. Não é porque lhe perdi o gosto, é porque estou com um grau de paciência miserável para tudo e assoberbada com tantas mudanças ainda a acontecerem. Tenho listas de posts por escrever, fotos e vídeos por partilhar e ao mesmo tempo que essa possibilidade me entusiasma, nunca é o momento em que finalmente passo à ação. Hoje passou-me pela cabeça se isto passa ou se a vida como se está a pôr me vai tirar o blog ou a regularidade com que nele escrevo. E bem sei que se perder a cadência, aos poucos vou arrastando mais e mais e talvez dê por mim num mês em que não passei aqui. Dá-me medo, que para ganhar coisas novas, perca tantas outras - e não sendo o blog a mais grave, possa ser uma delas. 

 

Não é sequer um pedido de incentivo, porque esta fase não depende do carinho dos leitores, que me surpreende  sempre pela positiva. É um momento de partilha honesto à data em que digito (não, não foi hoje, foi quando deu), que espero que não seja uma previsão. Não sei o que vai acontecer e desconfio o que que já está a acontecer é que por ir adiando os posts que dão mais trabalho, o interesse de quem acompanha desça a pique. Saibam que leio tudo o que me escrevem, mesmo quando quero responder e adio e acaba por não acontecer. Mas que cada visitinha e cada caracter me faz sorrir. Mesmo se for para me chamarem anta da Sibéria. Força.

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10
Abr17

A moeda e o selo e o Murphy e a sua lei.

Maria das Palavras

Por entre as mudanças encontrei uma moeda guardada há anos, de um euro. Uma moeda que tinha um selo do Museu do Sexo, trocada em Amsterdão. E pronto, soa mal, porque a moeda do museu do sexo me faz lembrar as amigas com quem fiz a viagem. Mas não sejam ordinários, é mesmo isso, da forma mais inocente e verdadeira possível. Na altura, sem saber onde arrumar a moeda pu-la...na carteira.

No outro dia quis comprar um selo na máquina dos CTT. Mas não havia meio de a máquina me aceitar as moedas. Experimentei pelo menos três vezes dinheiro trocado e as moedas caíam sempre. Assumi que a máquina estava a funcionar mal e preparei-me para desistir. Antes disso fiz só mais uma tentativa com uma moeda de um euro, em vez de dinheiro trocado. Assim que deixei o tostão escorregar apercebi-me: era a moeda de Amsterdão! 

Mas não faz mal, certo? Porque a máquina não estava a funcionar?
Pois, pois.

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