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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

06
Abr15

O Post que escrevi sobre as Mulheres

Maria das Palavras

Ocorreu-me numa qualquer conversa com o Moço e apontei no bloco de notas do telemóvel. O bloco de notas do telemóvel serve essencialmente para duas coisas: lembrar-me do que tenho de comprar (açúcar, iogurtes, alho francês) e do que tenho de escrever (tolices minhas, tolices do moço, tolices dos outros). Quando pude dispensar 5 minutos à frente do portátil bati rápido nas teclas: sabia exatamente o quer queria dizer e terminei-o num momento. Publiquei-o sem pensar muito no assunto. E depois a vossa reação foi fabulosa: muitos comentários simpáticos, muitas partilhas, o post mais favoritado de sempre.

 

E fiquei supreendida porque eu sabia que estava a dizer aquilo que todas nós, mulheres, já sabemos e que os homens até desconfiam.

Mas parece que às vezes é mesmo preciso parar para pensar sobre isto. Nós precisamos de parar e pensar que não estamos sozinhas e que não faz mal sermos assim: complexas e únicas. E eles precisam parar para pensar que todas as mulheres que vão encontrar ao longo da vida são donas desta multiplicidade - e que estão à vontade para ver isso como algo adorável. E que, como sugere a letra desta deliciosa música da Clarice Falcão: loucos somos todos, só temos de encontrar o louco à nossa medida.

 

 

 

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02
Abr15

Mulheres

Maria das Palavras

Mulheres

 

A primeira é uma mulher segura. Sabe o que vale e quem merece. Apaixonada pelos seus objetivos. Sai de casa todos os dias de rimel e batom, mesmo que não use maquilhagem. Faz amigos como quem coleciona esferográficas azuis. Liga quando precisa de alguma coisa, discute de viva voz sem se contentar com menos. É direta. Honesta, sobretudo consigo e não se contenta com nada menor que a sua medida do mundo. E o mundo é a sua casa. A aventura o seu modo de vida.

 

A outra é mais recatada. Pensa no que será o jantar todos os dias. Pensam que é por obrigação, mas fá-lo com gosto: desde de que não a obriguem a usar avental, cozinhar é um gosto. Beija os filhos que vai buscar à escola depois do trabalho. Liga aos pais que quis afastar na adolescência e agora quer mais próximos do que nunca. No dia a seguir, a rotina será a mesma e ela não se importa. Cansa-se, desespera, mas olha para a sua família, assim que o marido acaba de trazer a sopa que fez para a mesa e tudo vale a pena.

 

A terceira é a rainha do drama. Mesmo que não suba o tom de voz, grita muito interiormente consigo e com os outros. Um cabelo em desalinho pode dar-lhe cabo dos nervos o resto do dia. Amua, sabendo que não devia. Mas amua porque pode e sem saber bem porquê isso fá-la ficar aliviada. Cada vez que a colega lhe traz a pilha de papéis para tratar, sabendo que ela vai sair mais cedo, mas lhe está a trazer aquela papelada já tão tarde, chama-lhe "cabra" muito baixinho. 

 

Esta outra é serena. Racional e bondosa ao mesmo tempo. Vive para o bem dos outros e isso fá-la sentir-se tranquila consigo. Queres sempre tê-la por perto quando há problemas: ela vai pegar-te na mão (mesmo que estejas a quilómetros de distância), emprestar-te um pouco da sua calma e ajudar-te a resolver seja o que for, em detrimento do seu próprio tempo. Compreende até aquilo que os dois sabem que está errado: porque o erro faz crescer e ela sabe que também o pratica muitas vezes. A cor dos seus olhos não interessa: são da cor da compreensão.

 

A quinta é envergonhada. Às vezes desejava nunca ter nascido. Para quê, para ter aquele corpo? Para estar sozinha ou mal acompanhada? Não sabe onde ir buscar gente nova, mas sente que a antiga já não lhe presta atenção. Comer chocolates e ver um reality show qualquer: aí está o programa ideal. Acha-se invisível nos momentos que precisa de alguém e só encontra solidão. E acha que têm neon na testa quando se sente mal e é vítima dos seus complexos. Precisa de saber que gostam dela todos os dias, porque mesmo que o saiba não tem bem a certeza.

 

E desengane-se quem acha que estou a falar de cinco mulheres diferentes. Esta é uma mulher só: às vezes a cada semana, a cada hora, outras vezes encontram-se no tempo e no espaço algumas destas. Outras haveria para juntar ao leque. Não somos bipolares ou indecisas. Somos complicadas (mas só em alguns momentos nos ouvirão admitir).

Somos muitas numa e isso pode funcionar para vosso favor ou desvantagem, consoante o saibam reconhecer. Não podem esperar amar uma delas apenas. Não se apaixonem por um ego seguro, esperando que nunca vá gritar convosco por não terem elogiado o tal vestido novo.
Amem-nos inteiras. E poderão esperar o mesmo em troca. 

 

  

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03
Mar15

5 Frases que não acalmam as mulheres

Maria das Palavras

Mad woman

 

1. Não tens motivos para estar assim.

2. Vá, já chega.

3. Já estás mais calma / bem-disposta?

4. Já te passou?

5. E agora, já se pode falar contigo?


Por mais bem intencionadas que vos soem estas frases, aprendam que as vemos como ofensas veladas. Estão a chamar-nos de ridículas, dramáticas e apoquentadas - e muito embora tudo se aplique, não queremos saber.

Sob prisma nenhum nos acalmam, no entanto, podem fazer-nos ficar de todas as cores, emitir sons de chaleira a ferver, gritar impropérios, cuspir serpentes venenosas e chamas ocasionais e intensificar ou recuperar toda a indisposição de que vocês esperariam já se ter livrado. 


Considerem-se aconselhados: nunca na história da humanidade estas deixas resultaram.

 

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19
Fev15

Mulheres que respondem à letra

Maria das Palavras

Este artigo do Mic.com deixou-me a pensar. Eu também sou uma moça sem papas na língua - educada mas de resposta sempre pronta. Mas às vezes, o sexismo, o racismo, a discriminação em geral surgem quase sem nos apercebermos. Há expressões, perguntas, temas que não pomos sequer em causa que se pronunciem ou dirijam a uma fatia de pessoas em particular. Estas senhoras souberam identificá-lo (ao preconceito velado e aceite pela sociedade) e responderam prontamente. Só classe. Talvez com exceção da porca-da-Scarlett (desculpem não consigo dizer o nome dela em acrescentar a-porca-da) que tem sempre aquele ar de ordinária  mesmo quando fala muito a sério e responde bem. Sim, é inveja.

 

É esta a pergunta que fazem à Hillary, depois de ela discutir como as mulheres são mais vítimas de julgamento consoante a sua aparência. Ela não deixa passar em branco o paradoxo.

 

Hillary Clinton

 

Como é que a Jennifer Garner equilibra a vida familiar com o trabalho? Pois, parece que ela não é a única que trabalha e tem família. Palmas para a Jen, a minha eterna Vingadora. E já agora um abraço apertado para o gostoso do Ben.

 

Jennifer Garner

 

Perguntas sobre dietas à vencedora de um Óscar Anne Hathaway? Tudo bem. Toma lá que já almoçaste.

 

Anne Hathaway

 

Ao ator que encarna Tony Stark em Avengers, perguntam como ele se preparou psicologicamente para o papel. à porca-da-Scarlett perguntam se ela fez alguma dieta especial para encarnar a Black Widow. Querem ver a magnífica resposta?

 

Scarlett Johansson

 

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06
Jan15

Dá Deus nozes a quem não tem mamas

Maria das Palavras

Espelho - Maria das Palavras

A minha amiga mais linda de sempre (cara linda, cabelo sedoso, corpo de sonho...) não se ajeita em primeiros encontros. Ela, que é uma graça, carinhosa, inteligente, divertida...perde o jeito, atrapalha-se e engasga-se. Todo um acidente ferroviário logo nos primeiros minutos.

E ela é assim jeitosa como é...porque também há moças de semblante normal, que se acham horrorosas e escondem a sagacidade e tudo o que têm para dar atrás da vergonha, por acharem que são os poros fechados no nariz ou o peitinho arredondado que conferem a alguém o direito de ter orgulho e vaidade. 

Depois há outras todas confiançudas que sem meio palmo de cara acham que podem tudo - e podem mesmo, que é na atitude que está o charme. Ou gente vulgarucha de espírito, com o carisma de um alho porro, que nestas alturas vai buscar o A-game e impressiona. 

Fosse isto tudo mais justo e tínhamos todos metade da beleza no espelho da cómoda e a outra metade no espelho da alma.  

 

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17
Dez14

A minha mala é um kit de sobrevivência

Maria das Palavras

Para quem achou que eu estava a exagerar ao enumerar o que uma mulher consegue transportar cnsigo na mala ou que sou pouco prática, conto-vos que no fim-se de semana ia fazer uma viagem de um par de horas de expresso, à hora de almoço e ainda não tinha botado nada no estômago. Cheguei à pressa, nem tempo para um galão no café rançoso do terminal. Prometi ao Moço que teria qualquer coisita na mala para roer e não me faltarem os acúcares até chegar ao destino.

Não sabia bem o quê, mas confiava que na minha mala sem fundo algo haveria.
Estava certa, mas ainda me consegui surpreender.
Bolachas de água e sal, bolachas de manteiga, Oreos cobertas, Bombom de chocolate, rebuçado Brança de Neve e...espantem-se: uma tangerina. 

"Uma coisita para roer"? Afinal era um atêntico banquete. 

Comida na mala da Maria das Palavras

 

 

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10
Nov14

O que uma mulher guarda na mala*

Maria das Palavras

Carteira com documentos. Porta-moedas. Chaves de casa. Chaves do carro. Telemóvel(éis). Tablet. Máquina fotográfica se os outros dois aparelhos não tiverem qualidade suficiente. Livro de bolso para as horas mortas (hahahaha). Bloco de notas e/ou agenda. Caneta. Óculos de sol e respetiva caixa (nem sempre juntos). Snack saudável (iogurte ou bochinhas integrais). Chocolatinho ou rebuçados para se nos der a falta de açucar. Garrafa de água. Lenços. Toalhitas húmidas (para casos difíceis). Batom do cieiro. Outros batons ou rímel, ou eyeliner ou verniz para retocar, consoante a fêmea. Frasquinho de perfume. Escova. Brincos, fios, anéis ou pulseiras que tirámos porque nos estavam a incomodar e deixamos estar na mala par ver se nos apetece novamente. Creme para as mãos secas. Comprimidos para casos de emergência. Tampões. Pensos para as bolhas nos pés. Écharpe ou casaquinho de malha para o frio que vem de surpresa. Chapéu de chuva pequeno para a chiva que vem de surpresa. A pega mais comprida da mala para quando não dá jeito agarrá-la (normalmente mantém-se lá. Saquinho de pano dobrado para as compras (sobretudo agora com os sacos a 10 cêntimos). A carteira, telemóvel, óculos de sol e chaves DELE. Se for mãe, adicionar tralha de sobrevivência e entretenimento para crianças. Moedas, pacotinhos de açucar Delta e papéis (faturas, cartas, rabiscos, post-its com lembretes) espalhados no fundo da mala.

 

Agora se puderem parar com o "mas o que é que tu tens para aí?" quando remexemos na mala à procura de alguma coisa, agradecia. 

 

*Ou bolsa ou carteira. Cada um diz como quer.

 

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26
Out14

A sociedade e a realidade: para mulheres

Maria das Palavras

Se pertencemos todos a uma sociedade do século XXI, plena de informação e direitos e o diabo a quatro, mulheres e homens em igualdade (ou quase), livre arbítrio, oportunidade de nos expressarmos, direito à escolha, blá blá blá...

 

Porque é que na realidade, só por estarmos emparelhadas, continuamos sempre a ser pressionadas a ter o instinto maternal todo ligado, cheio de sinais luminosos, e a expressar o desejo de casar feitas princesas como um desejo de pequenas (só que não admitem, as estúpidas)?

Tanto que toda a gente acha que só no dia que nos vir de branco somos felizes: se vamos a um casamento somos os próximos, se não vamos também estará para breve, quando é que vai ser? Se o irmão, a amiga, a prima, a vizinha , a apresentadora do programa da tarde na SIC teve um bebé porque é que não nos toca o relógio biológico? Toca de certeza, se estás enternecida com a criança...olha esse sorriso, já estás convencida que queres ser agora mãe?  É que eu vi-te a sorrir para uma criança e a criança por si só nem consegue ser enternecedora se não estivesses cheínha de vontade para não dormir 8 horas seguidas por noite, nesta fase da vida em que está tudo de pernas para o ar. Não, não é o que mais desejas? Não?! De certeza?! E agora, já mudaste de ideias?...E agora?...

 

Quem quer, quer. Quem não quer, não quer. Quem não quer ainda, talvez queira depois.

Mas dá para ninguém meter o bedelho, dá?

Haja paciência...

 

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12
Jul14

A mulher, esse ser inconstante

Maria das Palavras

Dou muito valor aos homens. Sobretudo por nos aturarem.

É verdade que somos altamente evoluídas, responsáveis, sensatas, organizadoras, protetoras, inteligentes, divertidas e...bom, autênticos poços sem fundo de elegância e sensualidade (estou a exagerar na nossa dose, porque a seguir vou ser má).

 

Mas caramba, as hormonas que o senhor nos deu (ou os nossos paizinhos) às vezes tornam-nos impossíveis.
Às vezes quando dou por mim, estou a refilar ou mesmo já chateada com ele por algo tão grave como não ter pousado as compras no sítio certo ou ainda não ter levado dali a camisa...

 

Como se o homem da minha vida, que me dá tanto carinho e me ajuda tanto, merecesse reprimenda ou palavras assanhadas por não fazer as coisas exatamente como eu quero.

 

"Eu?? Eu nunca vou ser assim!" dizia eu, às minhas amigas já comprometidas há anos, que se chateavam com o namorado por tudo e por nada.

É certo que depois dou com a mão na testa, o juízo assenta em mim e peço desculpa, ou emendo-me de outra maneira. Ou a coisa passa. 

 

Bonito, bonito, (não, não são as canções do Tozé Brito) é que mesmo assim ele diz que eu sou a melhor do Mundo.

Nós somos uns tachos quentes, sempre prontos a ferver. Mas eles adoooram queimar as mãos.

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