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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

05
Nov19

Make Blogs Great Again

Maria das Palavras

Somos todos um bocadinho culpados disto: facilitismo. Ler um blog exige mais concentração do que pôr um vídeo do Youtube, um Podcast ou uma série de Stories a "tocar". Logo numa sociedade em que já não sabemos fazer uma coisa de cada vez. 

Escrever também exige mais esforço do que publicar um foto ou falar dez minutos para o microfone do telemóvel. Sobretudo escrever no próprio telemóvel, que hoje em dia é o nosso computador pessoal. 

Mas mesmo que o meu tempo de consumo em redes sociais diga outra coisa, mesmo que o meu tempo de produção de conteúdo também...eu continuo a preferir expressar-me a escrever e interpretar a ler. 

Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras, mas talvez quem o disse nunca tenha tido a oportunidade de ler as palavras certas. 

Além disso, um blog é tudo. Um blog tem a palavra escrita, mas também pode ter a imagem, o audio, a combinação em vídeo. O blog é a plataforma que permite integrar todas essas coisas numa só e ter um espaço onde não somos limitados a exibir conteúdo se pagarmos publicidade porque a plataforma quer rentabilidade - ao contrário, é-nos dada visibilidade porque assim se chegará à rentabilidade da plataforma. 


Em todas as plataformas de Blogs? Não. No Sapo Blogs. Uma platafoma viva, dinâmica, evolutiva, que escuta, que comenta, que responde, que faz mais e melhor, que "tem gente dentro". [Que hoje apresentou uma nova homepage e mais uma série de melhorias para a comunidade.]

É por tudo isto que os blogs não morrem, nem vão morrer. E lá chegará o tempo que o facilitismo passa de moda e queremos voltar a concentrar-nos numa coisa de cada vez, com mais significado. Que custa mais a produzir e a consumir, porque também tem mais para oferecer. 

#makeblogsgreatagain

(fiquem à vontade para espalhar a hashtag) 

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02
Jul19

Descobertas do Mês | Junho 2019

Maria das Palavras

Em Maio não houve descobertas do mês essencialmente porque...eu é que mando. Em boa verdade não senti que tivesse algo de relevante a partilhar e o meu paizinho ensinou-me que se não temos nada a acrescentar, ficamos calados a ouvir. Já em Junho, talvez por me ter apercebido das poucas experiências novas que tive no mês anterior, podia ter 30 descobertas de valor nesta lista. Fiz o meu melhor para as reduzir a sete, mas valem mesmo a pena!

1. Local: Pateira de Espinhel

Pateira de Espinhel, Maria das Palavras


Mesmo com eventos marcados em cada fim-de-semana nos lugares do costume esforcei-me para pôr no mapa do caminho de todos eles a descoberta de algum sítio novo. Assim conhecemos a Pia do Urso, ou a Praia Fluvial de Burgães. Mas o meu sítio favorito, foi mesmo a Pateira de Espinhel, em Águeda. Um parque lindo, inpirador, bem equipado. Tanto este como os outros que menciono, mereceram destaque no Instagram. Vão espiolhar por lá.

2. Brunch: Fauna e Flora

fauneaflora.jpg


765 anos depois de toda a gente, foi conhecer um dos "novos" emblemáticos espaços de refeições saudáveis em Lisboa. O Fauna e Flora correspondeu e superou todas as expectativas que levava. Rebolámos dali para fora satisfeitos e a desejar que também abra um Fauna e Flora no Porto.


3. Série: When They See Us, Netflix

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Pensei que ia recomendar Chernobyl (HBO), porque de facto foi uma série que comecei a ver sem vontade e à qual me rendi completamente. Mas mais para o final do mês assisti a When They See Us (Netflix) e fiquei ainda mais impressionada. Desde o argumento real e brutal, ao desempenho fabuloso dos atores, à necessidade de partulhar a mensagem da série, tem de ser a minha recomendação. Para mais, espero que esteja para ficar esta tendência das mini-séries documentais, tão bem realizadas e produzidas.

4. Restaurante: Chão do Prado, Loures

Quando vou a Lisboa, fico muitas vezes na zona acima da Expo e é daí para norte que tento marcar quando almoçamos com amigos ou família por lá. Mas nenhum restaurante da zona me tinha apaixonado como o que visitei este mês. Chama-se Chão do Prado, fica em Bucelas (a terra tem nome de doença, mas ultrapassem isso, que a envolvência também é bonita) e come-se bem, mas bem. Desde as entradas, com croquetes de touro e chamuças de pato, às imperdíveis fatiotas de coelho ou frango (o melhor coelho que já provei) até à mousse de chocolate mais leve da minha vida...vão. Vão. Vão! Pagámos 20€ por adulto, lembrando que não bebemos álcool, mas com entradas e sobremesas.

5. Experiência: Casa da Viúva, em Quintadona

 

Casa da Viuva - Quintadona | Maria das Palavras

 

Tive de criar a categoria da experiência para falar de outro restaurante. Mas na verdade, não é um restaurante, segundo logo nos informaram à chegada: é um Winebar. Deixámos que escolhessem o menu de petiscos por nós (podíamos recusar algo que não quiséssemos) e o Moço salvou a honra do convento alinhando no vinho tinto à refeição e do Porto para acompanhar o melhor pão de lá da nossa vida. Foi uma sucessão de petiscos bem portugueses, às vezes reinventados, tão bem confecionados e em quantidade tal que tivemos de recusar os secretos de porco preto. Alem disso o cenário da refeição é lindo. O Winebar Casa da Viúva está perfeitamente integrado na aldeia de Xisto de Quintadona (Penafiel, Porto) e tirei só 1000 fotografias ao espaço (Instagram, gente, todas estas descobertas estão mais do que documentadas por lá). O pessoal também é super simpático, além de me fazer lembrar o meu pai, porque obrigam as pessoas a provar de tudo e a comer de tudo. Não me arrependi, mas saí sem saber de que terra era, de tão cheia.

6. App: Crazy Taxi



Ainda estou de mal com quem sabia que existia o jogo para smartphone e não me disse. Quem sabe do que falo (Are ya ready!?), pode fazer download gratuito do jogo na Play Store (também há para iCenas) e conferir como é exatamente igual ao que jogou nos idos tempos dos jogos para PC que vinham nos cereais (eu tinha um demo). E a jogabilidade no telemóvel é fantástica. A premissa é levar passageiros ao seu destino no menor tempo possível. Experimentem.

7. Futilidade: Macacão da ASOS

 

 
 
 
 
 
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A Asos é o meu site favorito para ir buscar vestidos para casamentos, com a garantia que pagarei pouco (há peças para todos os preços) por uma peça original, com o meu estilo e com muito pouca probabilidade de ir vestida de igual a alguém. Além de que chega muito rápido às nossas mãos! Para o casamento de Junho, foi esta a minha escolha. Um macacão às riscas, bonito, prático e que poderei usar em tantas ocasiões quanto queira (enfio-lhe uns ténis e dá para ir passear em qualquer Domigo).

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16
Mai19

Este blog não é sobre livros #21 - Memórias de Uma Vida em Guerra

Maria das Palavras

Livro Uma Vida em Guerra - Opinião Maria das Palavras

 

Este livro começou por me irritar bastante. No mau sentido mesmo. Não me consegui identificar com personagem nenhuma, muito em especial com a potencial protagonista que em tempo de guerra quer coser vestidinhos de noiva. No entanto, tinha lido reviews no Goodreads (este livro foi finalista do Prémio Goodreads para melhor romance histórico) e muita gente fala mal do livro por uma coisa que me parece idiota de criticar: A autora é americana e a história passa-se no UK. Ela usa expressões americanas nalgumas situações, o que irritou muito os ingleses. Como se uma escritora brasileira não pudesse usar palavras do seu português, ao escrever uma história a passar-se em Lisboa. Então, como eu sou do contra e queria chatear os britânicos (um país inteiro que já nem dorme com as cócegas que lhes fiz com isto...) continuei a leitura.

E valeu a pena ser teimosa. Começa a ser muito bom quando acontece "a" tragédia e nos deparamos com a importância das escolhas que fazemos todos os dias. Não podemos deixar de nos pôr nos sapatos da Emmy, em pleno Blitz, durante a Guerra e pensar: o que faria? Eu sei o que teria feito no lugar dela, mas...sei mesmo?

Depois a forma como a parte da história que ficou para trás nos é revelada - não posso ser mais clara, para não vos dar pistas - é surpreendente. E eu gosto da forma tanto como do conteúdo.

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Posto isto: leiam este bocado do início e decidam se querem o resto. Começa com Kendra a recolher uma entrevista para fazer um trabalho. E é nessa entrevista que mergulhamos para chegar à história de duas irmãs a viver em tempo de Guerra. Prometo que o melhor vem depois.

 

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09
Mai19

GOT tornou-se uma miúda do Instagram

Maria das Palavras

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Vou começar por dizer duas coisas. Game of Thrones é uma série épica que desde a primeira temporada se revelou a melhor a que alguma vez tinha assistido. E. Espero que nos próximos dois episódios, os que faltam para terminar a temporada e a série, eu seja obrigada a trincar a língua por este post. Um último aviso:  parem agora se não querem spoilers. 


Já não é desta temporada. GOT perdeu a sua personalidade. Perdeu a sua característica mais própria que era a de nos surpreender. Só nesta série um protagonista ainda no pico da sua popularidade, na primeira temporada, morreria. Era a série sem medo. Era baseada nos livros. 

 

A determinado momento, perdeu-se. Já não sei em que temporada foi, mas sei que os dois momentos em que senti isto acontecer com mais força foram quando a Arya quase morre, mas afinal não, e  quando o Jon morre, mas afinal não.

 

Porquê? Porque as pessoas gostavam deles. E assim, num ápice, a série tornou-se numa caça-likes que queria agradar ao público (e ao fazê-lo, desagradou ao seu verdadeiro público). GOT tornou-se a miúda que vive dos likes no Instagram e portanto tira as fotos como mandam as regras: sorrisos dão mais likes, casalinhos dão mais likes (e de repente é o Casados à Primeira Vista), cãezinhos dão mais likes (com poucos frames inseridos à bofetada em cada episódio), monocromático dá mais likes. 

 

Eu vejo a série sem tremeliques, hoje em dia, porque sei que o anão pode estar em frente à irmã com um exército e ninguém vai morrer (ah, a personagem secundária fica sem cabeça, ok).  Sei que pode vir o Sir Bronn com uma besta e vejo a cena com a calma de quem vê uma cena na manicure. Ninguém vai morrer. Mais dragão, menos dragão. O favorito das pessoas chegará ao trono, certamente.

 

GOT tornou-se numa daquelas miúdas do Instagram que a pessoa não quer deixar de seguir porque sempre seguiu, mas sabe perfeitamente que todas as fotos seguintes serão pitch perfect. Terão o atrevimento de os por a ser felizes para sempre?

 

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11
Abr19

Este blog não é sobre livros #20 - A Guerra Aqui Tão Perto

Maria das Palavras

A Guerra aqui Tao perto.jpg

 

Este livro começa como uma fotografia com a abertura de diafragma no máximo. Sabem quando o fundo da imagem é uma mancha de cores quase indistinta porque talvez não interesse? Foca-se na vida e nas experiências de duas jovens - a Margot e Haruko, que vivem uma amizade improvável, num contexto improvável. E é aos poucos que o fundo da imagem se vai tornando mais nítido e a foto fica completa com a revelação desse contexto. A história não é só sobre elas. A história é sobre a visão delas num mundo que parece de faz-de-conta, mas é bem real. Onde as famílias são postas numa casa de bonecas, mas não é porque alguém está a brincar, é porque alguém está em guerra. 


Gosto de conhecer perspetivas novas. E a perspectiva da Segunda Grande Guerra nos Estados Unidos da América, para as famílias originárias do Japão e da Alemanha foi completamente nova para mim. 

Tantas vezes acusamos os norte-americanos de não saberem distinguir Paris de Praga - é tudo ali do outro lado do mar, num sítio velho chamado Europa, e afinal somos nós (era eu) que não sabemos tanto sobre o que se passou lá, historicamente. 

A história das duas jovens é crucial, próxima, terna e tensa (adorei a revelação final). Mas o que mais gostei foi precisamente de expandir os meus horizontes, com os factos baseados na realidade. 

 

Não se fiquem pela minha palavra, leiam as primeiras páginas aqui e digam-me se ficaram com vontade de mais.

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22
Ago17

Quem lê sem comentar, tem dois minutos e meio de azar.

Maria das Palavras

Já sabem que é regra da casa (está escarrapachado no template, ali à direita) e este post em particular deve ser comentado. 

 

Eu explico: é que agora é mais fácil fazê-lo. Temos uma caixinha nova de comentários no Sapo, que (entre outros bloggers da casa) me dispus a experimentar. As grandes diferenças? O Sapo explica: 

O novo formulário de comentários é mais simples e fácil de usar, sobretudo para quem não tem conta no SAPO. Os visitantes sem conta no SAPO passam a poder comentar com o seu perfil Facebook, se não quiserem preencher os seus dados. E aquela caixinha com letras e números, a que chamamos anti-SPAM? É algo que vai tornar-se cada vez mais raro encontrar ao tentar comentar um blog SAPO.


Não deixem de testar e dizer se gostam, se não gostam, se têm alguma dificuldade. Se não souberem o que dizer, fica a proposta: comentem dizendo qual foi a última coisa que comeram. Go go go!

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06
Fev17

Os 7 tipos de pessoas que não devem ver La La Land

Maria das Palavras

La La Land imagem: http://www.traileraddict.com/la-la-land/trailer

 

1. Pessoas que não sonham e nunca sonharam, nem por um segundo da sua vida, nem acordadas, nem quando dormem e passam diretamente da noite para a manhã sem darem por isso.

2. Pessoas que não gostam de filmes, ao ponto de nem terem TV na sala e não pisarem uma sala de cinema desde que roubaram gomas no centro comercial na adolescência e foram obrigadas a varrer a sala 7 como serviço comunitário.

3. Pessoas desprovidas de quaisquer tipo de sentimentos, apelidadas de Grinch durante 365 dias por ano, sem um milissengundo de comoção ainda que vejam um filme de um gatinho bebé com cancro a sorrir muito.

4. Pessoas que não gostam de música e acham que os sons dos intrumentos são o canto do diabo a chamar por nós.

5. Pessoas que têm fobia grave em relação a olhos desproporcionalmente grandes (por causa da Emma Stone, 'tadinha).

6. Pessoas que levam tão a sério a sua veia alternativa que jamais quereriam ir ao cinema ver um filme comercial (quanto mais um que homenageia tantos outros), ainda mais nomeado para os óscares, mesmo que se roam de vontade de deixarem de ser a única pessoa que nunca viu o Titanic. 

7. Quem já o viu. Mas só enquanto está apenas no cinema, para não gastarem mais dinheiro, depois podemos repetir.

Todos os restantes, por favor, dirijam-se à bilheteira. 

 

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24
Ago16

O Livro Literalmente Bonito

Maria das Palavras

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children | O Livro (capa)

 

Já o tinha em casa há algum tempo, foi-me oferecido talvez pelo Natal, talvez pelo meu último aniversário, nesta bonita versão em inglês, bem como o segundo volume da saga. Já tinha ouvido falar dele pelo mundo dos blogs e, sem esperar, veio parar cá a casa. Sabia que era uma história com o seu lado negro (ou achava saber), mas ao mesmo tempo, um conto para crianças, comparado a Harry Potter. Desde cedo me apaixonei pelo livro e não consegui refrear a vontade de partilhar convosco (no Instagram) como o livro era - além de encantador - bonito. Literalmente bonito.

 

 

 

Muito menos assustador ou mórbido do que algumas fotos (nomeadamente a capa) querem fazer parecer. É verdade que a determinado momento, sozinha em casa, comecei a ouvir barulhos e a encolher-me. Mas é sobretudo uma história que saltita entre a fantasia e a realidade e durante muito tempo não sabemos qual é que predomina. E muito bem escrito. Não consegui largar. Não descansei enquanto não o li todo, na esperança de saber afinal o que se passava e como se desenrolava. E não era de todo o plano lê-lo de um trago. Mas a mística deste livro é inegável e prendeu-me desde logo - aliás considero que a primeira metade do livro é até melhor que a segunda, para verem como logo de início o livro é empolgante.

 

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children | O Livro (carta)

 

E depois...as imagens. Toda a estética do livro aliás, desde os títulos, aos rodapés, faz como que seja um livro literalmente bonito. E as fotos e recortes são o casamento perfeito com as palavras. São 50 fotografias que eu julgava encenadas para ilustrar a história. Só no fim, na entrevista com o autor que faz parte do livro, fiquei a saber que as fotos já existiam todas. São fotos antigas, de colecionadores e compradas em feiras. Algumas procuradas propositadamente para ilustrar determinada parte. Outras deram mesmo origem ao livro e a episódios do mesmo - apaixonaram de tal forma o autor que ele as integrou.

 

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children | O Livro (foto)

 

Eis as boa notícia (para mim): ainda tenho o segundo livro da saga para ler, Hollow City. A má notícias é que não tenho os restantes (são quatro). Entretanto, este livro que já tem trejeitos de cinematografia e foi escrito por um cinematógrafo - Ransom Riggs - vai mesmo dar em filme. E, claro, com a mão de Tim Burton. Não sei quando chega às nossas salas mas a estreia mundial está marcada para Setembro e eu acho que vai ser quase tão bom como o livro - da sua forma distinta. Eis um dos trailers já disponíveis por essa internet fora:

 

 

Recomendo. Muito. Entrem neste mundo da Miss Peregrine. 


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22
Ago16

O problema dos novos Youtubers

Maria das Palavras

Eu nunca me deixei apanhar pelo fenómeno Youtube, confesso. Sei de muito boa gente que se entretem a ver vídeos de enfiada. Começa com algo pertinente como "como escamar peixe" e acaba com o vídeo de um gato a roubar comida a um bebé, ou cabras a entoar a banda sonora do Game of Thrones em loop. Eu vejo sobretudo trailers de filmes ou um tutorial específico - e mesmo assim, se der para ler o tutorial em vez de o ver: prefiro. Ah! E tenho um vídeo de emergência. Sabem quando os haters começam a chatear muito o Nuno Markl e ele põe a foto de uma ponta da carpete para acalmar as hostes? Quando eu e a minha irmã entramos em stress, este vídeo é a nossa ponta da carpete:

 

 

No entanto o Youtube é um fenómeno inegável e fonte de riqueza para uns sacanas com excelente timing e sentido de entretenimento. Bloggers de moda, diários virtuais, pessoal que se grava a jogar PC ou consola, pais que tiveram sorte e apanhar os seus catraios num momento chave (como o homem que ficou zigimilionário ao publicar este video dos filhos) - há uma coisa que a maior parte destes canais de sucesso tiveram, que fez com que as pessoas os começassem a seguir: a naturalidade. Os vídeos estavam longe de serem profissionais, de terem guiões (muito estudados) ou efeitos psicadélicos. Hoje em dia, esses mesmos Youtubers evoluiram e já têm algumas dessas coisas - até porque não querem perder o seu quinhão e têm de se aperfeiçoar, mas fazem-no como uma progressão natural das coisas.

 

E depois há os novos-Youtubers. Os que sabem que é um canal que "dá" e forçam a entrada do blog (por exemplo) nesse mundo. Nada contra. Nunca pensei em fazer Youtube porque acho que aguento que me critiquem a gramática mas não o nariz, mas até já pensei em fazer uns podcasts pseudo-engraçados. Só que, dizia eu, esses novos-Youtubers começam logo de uma forma tão profissional, tão estudada, com entradas bem produzidas, banda sonora própria e textos limados, que perdem a tal naturalidade que acho que é o segredo dos outros. Gostamos (quem gosta) dos vídeos porque nos sentimos a entrar no mundo das pessoas de uma forma diferente. Mas se fosse para ver uma grande produção estaríamos no Netflix e não num canal com uma série de vídeos amadores. Digo eu. Talvez seja mesmo só mariquice minha. Mas, mesmo sem acompanhar a sério nenhum Youtuber, continuo a preferir ver o vídeo de um com o quarto desarrumado atrás do que um croma.  Manias minhas.

 

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27
Jul16

Distintamente bons

Maria das Palavras

Joel Dicker e o Caso de Harry Quebert mantêm-se como a dupla imbatível nas minhas leituras dos últimos tempos. Encantada que estava com o autor suiço, depois de ter devorado o seu best seller e de o ter conhecido na Feira do Livro, li os seus outros dois livros numa semana e considero-os distintamente bons - nenhum dos três livros se parece com o outro, a meu ver, mesmo aquele em que o protagonista é o mesmo. 

 

Joel Dicker - Os Dias dos Nossos Pais e O Livro dos Baltimore

 

Os Dias dos Nossos Pais é um romance sobre as emoções da guerra dentro de uma pequena unidade de elite formada na Inglaterra e, paralelamente, um foco muito especial na relação entre um pai e um filho que parte para a linha de combate (uma das linhas de combate, que a guerra nem sempre é tudo o que se vê e sabe dela). É aliás um livro sobre o amor sem limites: entre amigos-irmãos, entre um homem e uma mulher, entre pai e filho, para com o país e o Homem, no seu âmago. O final é absolutamente emocionante e sem ter a intriga complexa dos outros dois, leva-nos até ao fim sem esforço. 

 

O Livro dos Baltimore é o livro da história familiar de Marcus Goldman, que já conhecemos (e quem não conhece deve parar já o que está a fazer e tratar disso), mais uma vez escrito da perspetiva do autor-protagonista. Está relacionado com o anterior (cronologicamente, passa-se antes), mas é possível ler um sem o outro. Fala-nos do presente, do passado e do ainda-mais-passado dos Goldman de Montclair e sobretudo dos Goldman de Baltimore. Fala-nos da infância dos primos Goldman, onde me prenderam particularmente os episódios de violência escolar vividos (e provocados?) por Hillel A.W. (Antes de Woody). Fala-nos de um Drama (um dia D) em particular do qual rapidamente conhecemos as consequências, mas os contornos apenas no final. No entanto considero injusto chamar Drama ao drama, assim com maiúscula, quando, a meu ver, outros se sucedem ao longo das páginas - de igual importância ou que, pelo menos, levaram a esse. Ao longo do livro todo consegui sentir a nostalgia do Marcus, que nos escreve, a sua admiração, a sua revolta, a sua generosidade.

 

Ambos me deliciaram. Ambos são grandes livros. Ainda assim, não há amor como o primeiro. E, para mim, não destronaram A Verdade sore o Caso de Harry Quebert.

 

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