A blogger menos in do pedaço #94
É que nem tinha visto alguma vez uma toalha de praia redonda!
(se já é difícil encaixar no areal uma retangular...)
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É que nem tinha visto alguma vez uma toalha de praia redonda!
(se já é difícil encaixar no areal uma retangular...)
[Já devíamos ser melhores. Pessoas que não usam protetor - de todo ou ao fim de uns dias porque já estão morenas (??). Pessoas que só frequentam a praia do meio-dia às três, sem qualquer tipo de chapéu. Pessoas que ensinam aos filhos estes mesmos hábitos. Sei que já disse, mas: já devíamos ser melhores.]
[Não há maior cliché do que que publicar fotos de pôr do sol no verão. Por isso é que não vos martirizo com uma série de quatro que tirei ao fim da tarde na Costa, com intervalos de dez minutos e todas com cores diferentes a pintar o céu. Mas esta, caramba, aposto que aquele casal ia adorar ter esta. Amor de verão sem filtros.]
Os meus pais sempre adoraram praia. Como tal, levavam-nos lá sempre que podiam de forma a desfrutarmos todos desse lugar, no seu entender, paradisíaco.
Eu tinha medo da areia que se mexia debaixo dos meus pés e a minha irmã entrava em pânico com o som das ondas. Adoráveis, certo?
Está bem, não fui a unica, é um exagero - tenho tendência para isso, não tenho? Mas bem sei que há muito boa gente que já em Dezembro começa a suspirar pela praia (aquela altura em que estamos a congelar e começam a aparecer fotos de presuntinhos desnudos na praia na timeline do Facebook) e que em Fevereiro, quando aparecem os primeiros raios de Sol frio, já estão a estender a toalha com os miúdos a reboque (a tremer que nem varas verdes).
Ora eu, que sempre tive a praia à distância de um braço (mais exagero, menos exagero) nunca tive grandes ânsias de pôr pés na areia (na verdade a areia chateia-me em quantidades industriais e o meu sonho são praias relvadas). Também não tenho parcerias milionárias com linhas de fatos de banho que me motivem a ir desfilá-los, já para não dizer que bronze na minha pele é mentira (olá lagosta!), e por isso assim que começam os dias de calor e mesmo depois do romper do Verão, não é a praia o meu primeiro pensamento.
Gosto de passeio, gosto de roupas frescas (aliás, tenho uma tolerância muito maior ao calor que ao frio), gosto de Ginger Ale com gelo e limão, churrascadas e gosto de ir à praia algumas vezes, mas não sou daquele tipo de pessoas (chama-se humanidade?) que aproveita todos os dias livres que tem para se estender na areia e organiza a sua agenda em torno da praia.
Depois o estar na praia horas a fio também me chateia. Eu sou menina para tomar uma boa banhoca, dar um passeio à beira-mar e passar um par de horas a ler numa cadeirinha de pano (como os velhos) com um gelado na outra mão. Depois disto canso-me e acho o meu sofá mais confortável que a cadeira, começo a refilar por já ter areia por todo o lado, inclusivamente zonas do corpo que não conhecia e quero tomar um banhinho de água doce e ir à minha vida.
Se sou uma resmungona com mau feitio? Um bocadinho. Mas no fundo, no fundo, lá naqueles bocadinhos onde a areia chega, até sou boa pessoa. Ponham-me lá num terraço de um hotel de 5* com uma piscina de infinito, a abanicar-me numa espreguiçadeira, a ver se eu me queixo.
#teampiscina
Ainda não fui à praia este ano, não.
A época balnear ainda não acabou e sei que os milhões de pessoas que me seguem (ok, as cinco pessoas que me seguem) estão ansiosos para saber a forma correta de se entrar num mar frio (até porque eu sou da zona centro e levo uma vida a praticar). Portanto, para quem não tem a sorte de se banhar nas praias das Caraíbas, aqui fica um guia muito próprio.
Imaginem que chegam à praia cedinho, o Sol já se apresentou, os seus amigos querem ir à água e uma pessoa também alinha, mas tem alguma dificuldade em entrar de rajada. Siga estes 6 passos para entrar na água - Maria style:
Ao concluir os seis passos o mundo tornar-se-á um sítio melhor e pode relaxar e divertir-se à vontade - fez por merecê-lo! É ainda importante manter a calma e resistir ao posterior gozo dos seus amigos, que entretanto foram almoçar, voltaram, jogaram Uno, bronzearam-se, mergulharam dez vezes, acabaram de ler a Anna Karenina e voltaram para casa. O importante é que conseguiu! Agora dê meia volta que já não são horas de estar na praia, vá.
Uma pessoa anda pelo Facebook ou pelo Instagram e deprime: fotos de gente em Paris, gente em Santorini, gente no Algarve, gente em todas as cidades e praias do mundo, a beber cocktails e de pés na areia, mochilas às costas, plenos de vida e paixão e sol na venta.
E depois existe gente que até nos faz sentir agradecidos por estarmos exatamente onde estamos: obrigada, campistas!
Passar uma semana na praia, mesmo sem esforços para torrar ao sol ganhar uma cor imensa (em comparação com o teu eu praticamente translúcido) e toda a gente apontar que estás na mesma - porque, no fundo, só estás da cor que os outros têm normalmente no Inverno profundo. Estou quase a baixar as calças para mostrar a marca do biquíni.
O meu objetivo de vida no Verão não passa por alapar horas na praia a secar ao sol como se fosse um carapau para disfarçar o tom lula que Deus me deu ficar bronzeada.
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