O mundo ao contrário.
Há um programa na Sic Mulher em que as pessoas ligam a um tipo com nome de salada e ele resolve todos os problemas dos seus cães. E eu não posso contratar humano nenhum que resolva os meus.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Há um programa na Sic Mulher em que as pessoas ligam a um tipo com nome de salada e ele resolve todos os problemas dos seus cães. E eu não posso contratar humano nenhum que resolva os meus.
Primeiro o Moço meio que me obrigou (a custo da minha honra e da dele) a ir ao ginásio. Depois a minha irmã inscreve-se num ginásio e afinal não estará na capital para o frequentar, mas já tem duas mensalidades pagas e mais outras com que está comprometida - e a simpática da senhora da receção diz que pode ser outra pessoa a cumprir o "contrato".
Estão a ver o que vai acontecer, não estão? Há quanto tempo acham que eles têm isto tudo pensado? O Moço, a minha irmã e a senhora da receção do ginásio?
*Homenagem à minha irmã que durante muitos anos achou que se dizia conclôt e não complô.
"Bom dia, tudo bem? Tudo!"
Ou, a história de uma dor de dentes.
Acordei a meio da noite e a princípio não percebi bem porquê. Depois comecei a senti-la. A dor que não mata, mas mói. Ali no dentinho de trás. Já passa. Só que não. Nunca na vida tinha tido uma dor de dentes assim: que não passasse em segundos.
As coisas que me fazem levantar durante a noite são só duas: nada e coisa nenhuma. Nem para beber água por muita sede que tenha, nem para comer, nem para salvar uma espécie em vias de extinção na Patagónia. Mas o Moço satisfez-se, quando praí uma hora depois de ter acordado, eu, louca de sono, mas sem conseguir dormir, anunciei: vou beber água.
Pesquisa: como aliviar dor de dentes.
Passei a lista toda até onde dizia para tomar um analgésico e emborquei logo um ben-u-ron. Odeio tomar drogas por pouco ou nada, mas quem mexe com o meu sono, mexe com a minha vida e o sacana do dente estava a testar-me os limites.
A droga só ia bater daí a um bocado mas eu queria alívio imediato, reli a lista de sugestões com mais atenção:
1) Usar chá de jambu para bochechar. Percebi logo. Foi o karma, por causa deste post. Nem sei o que é jambu quanto mais tê-lo em casa. A sugestão "colocar gotas de óleo de cravinho", a mesma coisa.
2) Lavar os dentes e passar fio dentário. Ok. Nada.
3) Massajar com gelo. O gelo era frio (a surpresa!!), grande (não cabia ao fundo da boca, onde me doía o dente) e sabia mal. Dos 15 minutos que era suposto encostar o dito cujo ao dente, consegui cerca de 15 segundos,. Não funcionou. Já tinham adivinhado, não já?
4) Bochechar com água morna e sal grosso. Uiii...Receitas para executar às 4 da matina? Parece-me complicado (sim, sou um bicho estranho e molengoso durante a noite).
5) Bochechar com whisky. Considerei com muito, muito carinho. Mas pensei que aí sim, acordaria o Moço com o meu bafo. Afastei-me da garrafa, com o ar esgazeado de um alcoólico.
De maneiras que voltei para a cama e tentei dormir sobre o assunto, enquanto pensava que seria muito simpático que um dos zombies do Walking Dead (que tinha estado a ver) me trincasse aquele bocado da cara. Rebolei muito na cama (not in a good way) porque só me apetecia estar na posição em que o dente ficava pressionado contra a almofada (clarooooo....). E quando finalmente adormeci, estava na hora de acordar.
Bom dia pessoal!
PS: O meu dentista do coração (é expressão, ele trata mesmo é dos dentes) está longe, em Leiria. Suponho que ninguém tem um bom e barato para recomendar, aqui pela capital? Parece-me que está na hora da visita anual e ir à terrinha fica-me cada vez mais fora de mão...
Porque são egoístas. Porque há vida para além da dos funcionários do Metro de Lisboa e da REFER e da TAP. Porque andamos todos a tinir, não são só eles, com os problemas da crise ou pseudo-crise. Porque por andarmos a tinir não podemos falhar no emprego por não ser possível chegar lá no transporte que pagamos mensalmente. Porque por andarmos a tinir fugimos sem escolha do nosso país e precisamos da bolsa de fôlego que é voltar no Natal e dar um abraço aos que amamos, sem temer que o avião que pagámos com trocos contados há meses afinal não descole. Porque da próxima vez vamos deixar de contar com estas empresas e depois pode ser que elas nem precisem de funcionários. Porque as greves são um direito, mas há muito tempo deixaram de ser solução.
O Homem já inventou o fogo, a roda, chegou à lua, consegue fazer mutações genéticas nas espécies e operações que mudam o rosto. Conseguiu curar doenças outrora mortais, tem soluções que lhe permitem comunicar em tempo real com pessoas do outro lado do mundo e aceder a toda a informação possível (e mais que a desejável) na ponta dos dedos, criou forma de transferirmos dinheiro com um rectângulozinho de plástico e pôs a voar máquinas que pesam toneladas.
Mas ainda não democratizou uma porra de uma solução mais estética e menos rançosa para o sal ficar solto do que juntar-lhe bagos de arroz?
937 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.