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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

29
Set15

Falemos sobre sexo

Maria das Palavras

Não aqui, talvez não agora. Que este espaço não é dado a ordinarices (ou pelo menos pretende passar-se por inocente, embora tenha sempre a barra da saia cinco dedos acima do recato). Mas fiquei deveras preocupada com algo e queria partilhar este conselho convosco: falem sobre sexo.

 

Falemos sobre sexo | Maria das Palavras - Pixabay Image

 

Fui a uma despedida de solteira que envolvia -  não strippers (oohhh) mas o parente mais próximo tolerado pela noiva - uma sessão de tuppersex. Para quem não sabe, é basicamente uma senhora que vai lá a acasa, ou outro sítio pré-definido, espalha em cima de uma mesa uma quantidade de brinquedos sexuais, acessórios, cremes e cenas para todos os gostos e feitios (e tamanhos, meu Deus!) , fala sobre aquilo, explica, aconselha e, se tudo correr bem, vende alguma coisa.


Eis o problema: ao invés de surgirem questões sobre os objetos mais estranhos e rebuscados em cima da mesa, as meninas tinham muitas dúvidas sobre as coisas mais simples, como lubrificantes, bolas ou balas. Outro problema: se era assustadora a quantidade de meninas (mulheres, aliás) que nunca ouvira falar de quase nada ou nunca tinha entrado numa sex shop (online, que fosse), era igualmente preocupante como muitas vezes a amiga do lado (e nem sempre a "especialista" que comandava a reunião) sabia acudir e responder a dúvidas - só nunca tinham falado sobre isso. Dúvidas que, bem esclarecidas, podiam estar a fazer toda a diferença no estado da relação desta ou daquela (com o/ respetivo/a ou consigo mesma).


Concluí que as pessoas não falam suficientemente sobre sexo. Não se sentem à vontade nem para colocar questões a amigas próximas, nem sequer para falar com os pares, para explorar, ou para pesquisar sozinhas (há por aí uma coisa chamada internet) - algo que podia estar a despoletar muitos...sorrisos.
Os homens vêem pornografia a rodos (sim, todos vêm) e por isso (sim, mesmo o vosso namorado que jura que não) de uma forma ou de outra lá vão conhecendo coisas que podem não se sentir à vontade para vos propor. E nós não queremos morrer estúpidas, certo?

Por isso deixo o conselho de amiga: se pensam que o objeto abaixo se usa no dedo, ...juntem umas amigas e marquem já uma reunião de tuppersex. Ou simplesmente partilhem com alguém próximo as vossas questões e problemas, ou conversem simplesmente. 

 

sex-toys-378988_640 (1).jpg

 

Mesmo que tenham uma vida sexual plenamente satisfatória e saibam que este objeto não é bijuteria de mau gosto comprada no chinês da esquina, falem sobre sexo. Há sempre qualquer coisa para aprender. 

 

E agora retomamos a programação normal do blog, que isto - parecendo que não - é uma casa de família.

 

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12
Set15

Pessoas nossas

Maria das Palavras

Na vida, há quem passe e há quem fique. Tem pouco a ver com tempo ou geografia. Tem pouco a ver com ADN partilhado. Tem tudo a ver com identificação. Momentos criados, alegrias comuns, dores divididas, gargalhadas em crescendo, objetivo paralelos (mesmo que não se cruzem), feitios que combinam (mesmo que não se pareçam). 

 

São as pessoas com que conversamos tão bem que nem faz mal que se façam longos silêncios. Pessoas onde temos sempre o nosso lugar bem marcado, como na almofada meio afundada do sofá de casa que nos conhece a forma. Pessoas parece-que-estivemos-juntas-ontem, mesmo que tenham passado meses sem trocar uma palavra. 

 

Pessoas nossas, de pertença mútua, sem contrato, mas inquestionável. Laço que não desata, vidro que não quebra, papel que não rasga, pessoas que não se separam. Parece tudo impossível e, no entanto, tantos anos depois, cá estamos nós.

 

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02
Jul15

Os homens não se apaixonam. Ponto.

Maria das Palavras

Pixabay - Heart bleeding

 

Não fui eu que disse, foi o Rui - um estimado comentador do meu post sobre casamentos

Assim, sem me preparar, sem me pedir para sentar, sem saber se eu tinha um familiar a quem pudesse ligar caso me sentisse mal e tivesse de ser hospitalizada. Escreve ele:

 

"Os homens não se apaixonam."

 

Felizmente, eu sei que isso é mentira. Não é porque tenho um homem fantástico que mo garante (e ele é péssimo a mentir, cato-o em dois tempos e meio, não chega a três). É porque ele mo demonstra de tantas maneiras possíveis e impossíveis, mesmo sem querer, sem se aperceber, sem fazer por isso.

 

Não quer dizer que toda a gente se apaixone. Que se encontre no momento certo com a pessoa certa. Penso que toda a gente tenha essa capacidade, mas também não posso jurar. Não será, no entanto, coisa que se segmente em género, idade ou credo.

O Rui ainda não se apaixonou, isso é certo. E eu desejo-lhe fervorosamente essa sorte.

 

 


Alguém aqui concorda com o Rui? O que é para vocês uma prova de amor, se não o são as palavras, que de facto são parcas? 
E se fosse verdade, porque é que os homens se continuariam a meter em relações? Só pelo sexo ocasional? Companheirismo a certo ponto?

Update: Parece que confundi amor e paixão e era só desta última que o Rui falava. Também acho que são coisas diferentes, mas acredito que se complementam. Acho que pode haver paixão sem amor, mas não pode haver amor sem paixão - ou não deve, mesmo que apenas em algumas fases da relação. E aí não acho que seja exlusivo feminino de qualquer forma, muito embora sejamos mais dramáticas nos sentimentos (tem dias). 

 

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01
Jul15

O casamento é outra coisa

Maria das Palavras

Pixabay Public Domain Photo: Wedding

 

Nunca tive o sonho de casar. Sim, ser casada esteve sempre no meu imaginário de um futuro "bem sucedido", mas isso não tinha nada a ver com papéis ou festas, apenas com ter alguém disposto a prometer-se a ti por toda uma vida e vice-versa - qualquer coisa que começasse com um beijo tímido e acabasse com dois velhotes companheiros à frente da lareira com gatos ao colo. Mas aqui não falo do casamento-relação, falo do casamento-evento. Os ingleses distinguem com duas palavras (wedding ou marriage) e Deus-os-abençoe por isso.

Quando me questionavam sobre o assunto, dizia só que queria ser pedida em casamento, casar era irrelevante. Ou então que preferia saltar logo da despedida de solteira para a lua-de-mel - torrar o dinheiro que custa a cerimónia numa bela viagem era algo para me dar muito mais prazer.


E não é que eu tenha mudado de ideias, mas de repente tive uma epifania sobre o que de facto interessa no casamento [que é a festa e não o estado conjugal]. Não interessa tanto o dia em si, como o facto de ele ser um culminar de um processo a dois. Não interessa tanto que esteja lá a tia-avó que já não viam há dez anos como o facto dos noivos terem tomado essa decisão em conjunto. Não interessa tanto que estejam dez convidados sentados na mesa "Malibu", como terem-se sentado meses antes, copo de vinho na mão, a acertar o tema do casamento. Não interessa que as damas de horror vistam amarelo canário, a dar com a decoração da igreja, ou que os guardanapos tenham forma de cisne, que o bolo seja de chocolate, que a música de entrada da noiva fosse o She entoada por um cantor lírico ou os brindes que ninguém usa sejam charutos cubanos, alfinetes de peito com a foto dos noivos e saquinhos de gomas para os petizes. Nada disso interessa tanto como o processo que fez com que nesse dia de celebração tudo acontecesse exatamente dessa maneira. As decisões difíceis, as horas de planeamento, as discussões por cima dos lírios frescos que ocupam a banheira na véspera...O dia do casamento é o dia mais importante da vida dos noivos porque é o concretizar do seu primeiro grande projeto a dois., com tudo o que isso envolve.


O casamento é outra coisa. São todos os dias antes do dia.


E se esse dia for um sucesso...então porque não será o casamento, enquanto relação? (pensará a cabecinha apaixonada dos noivos)
É por isso que é tão importante. 
....
É por isso que é tão importante?

 

 

 

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30
Jun15

Os homens sentem-se excluídos

Maria das Palavras

AHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!
(estou a aproveitar que agora sei rir-me por escrito de forma correta para abusar da gargalhada).

 

Os 3 Erros que as mulheres portuguesas cometem - Jornal I

 

Já foi há uns dias que li esta notícia mas há uma parte do artigo que ainda me faz largar a rir sem limites.

Parece que, segundo o bom do Quintino, uma das coisas que faz das mulheres portuguesas assassinas de relações é...(recostem-se que isto vai ser bom):


Não dividir as tarefas de casa. Isto porque cria um sentimento de desigualdade. Na opinião de Quintino Aires, isto faz com que o homem se sinta excluído da organização da sua casa e da sua própria vida.


Eu sei que vocês já os viram: homens tristonhos, a beber e a cair aos cantos por aí. Finalmente percebemos porquê: queriam ter sido eles a lavar a loiça. Provavelmente esses avistamentos ocorrem depois de um diálogo deste género:


Ela: Está tudo bem querido?
Ele: Estou um bocado sentido contigo.

Ela: Então o que se passa?
Ele: Sinto que me deixas de fora das tarefas domésticas...

Ela: E o que posso fazer para melhorar isso?
Ele: Não sei...deixa-me por a carne a descongelar de vez em quando...coser uma peúga...esfregar a travessa da lasanha...limpar os vidros, ao menos, como vi fazer no Karate Kid, para ganhar músculo.

Ela: Desculpa, querido, mas isso é algo que eu gosto de fazer sozinha. Podes fazer outras coisa...ver futebol, criar um buraco no teu sítio do sofá...mas eu gosto mesmo muito de me matar a trabalhar em casa depois de me matar a trabalhar no escritório, está bem? É que é mais coerente...Se eu não estragar as unhas a pôr cera no chão, como é que justifico a conta da manicure?
Ele: Tudo bem, tu lá sabes o que é melhor....(e sai de casa cabisbaixo)


Ai Quintino, não me amoles. Quem me dera a mim sentr-me excluída da organização da casa! Era um "viva a desigualdade!". Em todo o caso, eu divido as tarefas, mas não me parece que isso seja a bem da longevidade da relação (é mais da minha longevidade).

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01
Jun15

Os casais de casais

Maria das Palavras

Um fenómeno que começo a verificar nesta idade em que me encontro (comecei a contagem decrescente para os trinta) são os casais de casais. Pares de pombinhos que arrulham em conjunto e não vivem uns sem os outros. Que vêem naquelas duas outras pessoas "o casal da sua vida".

 

Courtesy of Toronto Public Library

 


Como reconhecê-los?

  • Andam os quatro em linha, de mãos dadas, dois a dois.
  • São avistados em Sintra, nos passeios pedestres ou nas imediações das praias.
  • Fazem posts no Facebook com locais a visitar ou restaurantes a provar, com referência à cara metade e...a mais dois (sempre os mesmos).
  • Quando sozinhos (em casal solitário) têm olhos perdidos e mãos nervosas a clicar compulsivamente no telemóvel para fazer refresh à conversa de grupo no WhatsApp.


Como escolher o casal adequado para si?

  • Visto que vão andar sempre com este casal e nunca considerar sequer uma ida ao cinema sem eles é importante verificar a compatibilidade de horários e dias da semana livres.
  • Certifiquem-se que eles gostam ou não de sushi consoante as vossas próprias preferências. A partir do momento em que escolhem o casal do casal que são, vão passar a jantar sempre fora a quatro, excepto aniversários de namoro/casamento e primeiras comunhões da prima.
  • Façam pesquisas em fóruns de swing para comprovar que não é apenas essa a intenção do casal ao dar-se convosco. A não ser que queiram alinhar.
  • Certifiquem-se que eles não são daquele tipo de pessoas que vos faz descalçar para entrar em casa deles. 

 

As consequências a longo prazo deste fenómeno ainda não são completamente conhecidas na sociedade, mas há estudos pouco científicos que apontam para a perda de identidade do casal ou a escassez de selfies a dois (que passam sempre a albergar os quatro membros numa frame). 

 

Se fazem parte de um casal de casais e não sabem como travar a vossa dependência não deixem de enviar email para a linha de apoio naoqueroestarsocomomeunamorado@casaldecasal.com.

 

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22
Abr15

7 Frases a Evitar no Primeiro Encontro

Maria das Palavras

Avançar para um strip em cima da mesa no meio de um restaurante aberto ao público durante o primeiro rendez-vous é lastimável, mas ainda assim preferível a proferirem qualquer das seguintes frases:

1. O/A meu/minha ex não era nada assim.
Mesmo que a comparação seja para melhor só de mostrarem que estão a pensar no/a falecido/a já estão a perder pontos. Se a comparação for para pior acho que nem tenho de explicar, não é?

 

2. Tu não te calas!

Está bem, disseste isto a sorrir e depois? Achas que foi bonito? A pessoa está a falar que se desunha porque está nervosíssima...mas depois deste comentário, upa upa: vai ser a serenidade em pessoa. NOT.

 

3. Então, não dizes nada?

Vou virar o disco para tocar o mesmo. A pessoa está nervosíssima e não sabe o que há-de dizer. E o teu comentário ainda ajuda menos que os silêncios constrangedores que já se tinham registado até ao momento. Vai ler sobre desbloqueadores de conversa, mas nunca, minha alminha, digas isto. Ficas com a companhia muda na mesma e vermelha que nem um tomate de brinde.

 

4. Deixa-me só ligar à minha mãe.

O problema não está em ter mãe ou manter o contacto com ela. Mas se nem um primeiro encontro é motivo para te esqueceres dela por um bocadinho...diria que há aí qualquer coisa de pouco saudável nessa relação. Prepare-se a companhia: se quiser apanhar esse comboio, vai sempre na carruagem trás.

 

5. Tens aí uma borbulha, não é?

Obrigada! Não estava nada consciente e brutalmente complexado/a com este vulcão que esperava ter disfarçado convenientemente. Vale para qualquer defeito físico a apontas, tipo: És tão pálida! Ou: a tua barba parece pelito de rato, não é?

 

6. És contra ou a favor de sexo no primeiro encontro?

Se era a favor acabou de ficar contra que não é assim que se fazem as coisas. 

 

7. Nem acredito que ainda é tão cedo.
Sabem aquilo de "quando nos divertimos o tempo passa a correr"? Acabaste de denunciar o quão terrivelmente aborrecido/a estás. Se não era isso que querias dizer, pelo menos foi isso que se ouviu do outro lado.

 

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20
Abr15

Morar junto é...

Maria das Palavras

Ter dois pares de chinelos sempre a passear no quarto (mas usar invariavelmente os que não são nossos). Temer as prendas que outros lhe dão porque vão ter de ir morar lá em casa. Lutar pelo mesmo espaço premium no sofá da sala. Cozinhar a conversar. Ver o correio e deixar a publicidade para ser o outro a tirar. Ter quem nos passe a toalha quando entramos no duche à pressa. Juntar coisas que não gostamos à lista de compras. Operar milagres para dividir o roupeiro. Beber água do copo meio-cheio que era de um dos dois, não interessa. Telefonar e usar a palavra "traz-me" seja o que for. Abanar a cabeça em reprovação quando ele deixa cair o comando e fazer o mesmo a seguir. Demorar horas a escolher a nova série para acompanhar. Fazer sempre chá para dois. Ter alguém a espreitar enquanto me penteio ao espelho. Apaixonarmo-nos todas as manhãs. Dividir os problemas por dois e multiplicar as alegrias por mil. 

 

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16
Abr15

Homens que me lêem

Maria das Palavras

Imagem: patheos.com

 

Estão aí?! Vénus para Marte? Alô?! 


Alguns homens comentaram em reação ao post Mulheres dizendo que também eles são seres múltiplos em funções, sentimentos e estados de espírito. Que nem sempre nós, por entre a nossa complexidade, achamos espaço para reciprocar essa compreensão e atenção que pedimos.

 

E, que raios, estão corretos! O post não intencionava, de forma nenhuma, armar barricadas de géneros, só falar a uma voz, que era a feminina, por esta vez. Dito isto, gostava muito de publicar um texto semelhante ao Mulheres, mas dedicado a Homens. E para isso gostava de contar com a vossa colaboração, meus rapazes.

Enviem o vosso ponto de vista para daspalavras[at]sapo.pt e eu lerei tudo para compôr (com os devidos créditos) uma defesa da vossa personalidade - sem pressupor que há ataque. E/ou escrevam sobre isso nos vossos blogs, se são donos de um e dexem aqui o link. Vamos adorar ler - atrevendo-me a falar pelas outras mulheres também (só mais esta vez).

 

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