Afinal o dinheiro fala mais alto. E não foi para os assaltantes.
(quase poético, depois de ter escrito e publicado ontem esta razão número 3)
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(quase poético, depois de ter escrito e publicado ontem esta razão número 3)
1
Foi o vício mais recente. Logo, tal como quando se trata da paixoneta mais recente, parece sempre a mais forte e dolorosa de todas e que nunca encontrarei outra que a substitua. Ainda tenho o coração em sangue.
2
O bom e o mau não têm os limites estanques que somos ensinados a crer. E a série diz-nos isso. Nem tudo o que obedece ao padrão pré-estabelecido é o lado certo da vida. E não, não estou a pensar assaltar um banco com este raciocínio. Neste caso o mau é tão bom que quero tatuar Berlin na coxa.
3
Acaba. Sim, é boa porque acaba. Porque não se arrasta por via do sucesso até ser uma série morta-viva (extamente como The Walking Dead) até testar os limites de paciência do espetador que ou desiste ou resiste estóicamente com a memória do que a série foi um dia.
4
É imperfeita. Sim, tem aqueles momentos em que dizemos "pfff...isto na vida real não seria assim, isto está mal feito". Mas o ser humano adooooooooora criticar. O facto da série nos permitir fazer isso dá bónus de má-língua.
5
Marca. Há músicas e imagens que não nasceram na série e a partir de agora vão sempre estar associadas à série para todos os que a viram e permitir aquelas inside jokes especiais.
Adenda: #oraporra
Antes desistia de uma série que não gostasse quando não era conquistada nos primeiros três a seis episódios. Hoje, se não adormecer nos primeiros 3 a 6 minutos.
Só falta um dia para a segunda temporada da Casa de Papel entrar na Netflix. Não estou certa que não seja hoje que me rendo de vez e vou começar a segunda temporada num site pirata qualquer.
Vão às gravações automáticas da Sic Radical e desfilem episódios de Practical Jokers. Um grupo de quatro paspalhos amigos que se desafiam e pregam partidas uns aos outros. Eu acho vagamente divertido, ao género consigo desligar a mente da mesma forma que se estivesse a ver um mau episódio de Kardashians ou outro pedaço de trash TV. Mas o Moço fica com os níveis de serotonina ao máximo. Ri-se muito, de cada vez que respiram uns para cima dos outros, das partidas mais inteligentes aos desafios mais parvos.
#teamJoe
Sabem quando andamos a seguir algumas séries que gostamos, mas sentamo-nos à frente da TV e não apetece realmente começar um episódio de nenhuma? Conhecem a sensação? É assim que ando - igualmente com livros. Quero, mas não consigo.
E depois, num desses dia em que queria ver qualquer coisa para me ocupar a cabeça, mas não me apetecia ver nada, botei play na série Designated Survivor (Netflix, pois claro). Uma história que se descreve de forma absolutamente aborrecida, mas se vive de forma absolutamente intensa.
Não prometo que gostem, mas juro que deviam experimentar.
"Os humanos passam a vida a tornar as coisas muito boas um bocadinho menos boas, para poderem consumir mais" in The Good Place, Netflix
Quem é que acha inacreditável eu nunca ter visto Seinfeld?
Note-se que falo do alto do quinto episódio e, portanto, estou longe do desfecho. Mas até agora a série do momento (este 13 Reasons Why, que está na Netflix) divide-me muito.
Se por um lado acho os diálogos demasiado trabalhado ao ponto de tirar qualidade à série e torna-la mediana, por outro lado a forma como os episódios estão estruturados deixa-nos sempre com vontade de ver só mais um (sabem como é, certo?).
Se por um lado é importante mostrar como pequenas ações podem desencadear grandes tragédias, por outro lado se as razões que tenho visto até agora forem como as dos restantes episódios…metade da população escolar (mais) cometeria suicídio e faltariam candidatos às universidades.
Não estou a falar de ânimo leve e a desvalorizar bullying ou depressões (lá vai o tempo em que era inocente ao ponto de pensar que era só uma questão de se ser mentalmente forte para conseguir desvalorizar o que não tem de se definidor para nós et voilá: adeus depressão). Mas levante a mão a miúda que não foi apalpada sequer uma vez ao longo dos anos de escola? Podemos dizer que quem apalpa deu uma razão para ela se matar, por muito desprezível que seja? E sim, talvez seja inevitável dizer isso se for essa a gota de água, de um mar de pequenas grandes misérias, mas continuem a ler que já chego onde quero.
Temos – sobretudo - de atuar do lado dos agressores (sensibilizando, castigando), mas também de fortalecer a autoestima das vítimas para que saibam lidar com, responder a, denunciar quando necessário, desvalorizar quando possível. E nesta série em particular parece-me que se cultiva algo muito perigoso: a ideia de que o suicídio é justificável a ponto de ser uma resposta válida para calar e dar o troco aos agressores. Uma qualquer forma de vingança.
Agora vou calar-me e continuar a ver. Talvez seja agora que vem a razão que me faz perceber tudo. A que me faz mudar de ideia acerca da mensagem da série.
Uma coisa é certa. Todos temos um lado B. E nunca podemos assumir que conhecemos alguém ou que sabemos o impacto que uma palavra simples terá nessa pessoa, medindo pelo impacto que teria em nós.
É fácil fazer um top de séries fantásticas para nos entreter ou relaxar, fazer rir ou emocionar, deixar-nos de cabelos em pé ou a resfolegar pelo próximo episódio. Mas se não fosse eu quem é que vos conselhava uma série ideal para embrulhar prendas? Aquela que tem só interesse suficiente para servir de barulho de fundo enquanto encetam noutra atividade? Que não precisa de muito para perceberem a história e ainda vos deixa soltar um eheh ou um oh de vez em quando? Pois, é claramente uma falha existente na blogosfera. Não temam, que a Maria chegou para vos ajudar.
A série eleita para embrulhar prendas é Lovesick, do Netflix. Não têm de quê.
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