Bem Bom #4: Brunch na Fábrica
Dos Sabores, entenda-se. Eu bem sei que o brunch é uma coisa demasiado na moda, para uma blogger que tem fama de pouco in. Mas se pensarem bem não é assim uma coisa muito glamourosa: é para preguiçosos que nem querem acordar cedo, nem fazer o almoço. Ou como dizem os autores do blog Uma Vida Para Dois, na melhor definição de brunch que já li: é a refeição que diz bom dia e boa tarde. Pronto, melhor assim.
Eu, como pessoa preguiçosa que sou (sim, ainda tenho a árvore de Natal montada), e como adepta da poupança, gosto disto de combinar duas refeições numa. Além disso, sou uma doida [ler com entoação aguda e abichanada] por pequenos-almoços de hotel e um brunch tem muito disso.
Um bom brunch, com variedade suficiente e qualidade que valha a pena, nunca é muito barato. Mas também não tem de ser uma fortuna. Depois de experimentar alguns aqui pela capital o meu favorito manteve-se por muito tempo o Pão de Canela, no Príncipe Real. O espaço é pequeno, o preço cresceu dos 15€ para os 18€ assim que começaram a ganhar fama, mas é tudo uma delícia infinita entre doces e salgados, quentes e frios, ao estilo buffet.
Um belo dia - porque o Moço é da saúde, já vos disse - aconselharam-nos um sítio que tem pão biológico e leite de soja e tudo e tudo. A Fábrica dos Sabores. Não comecem já a pensar que é só sementes e sumos verdes, porque assim que entram no espaço ali ao pé do Saldanha, batem com o nariz numa vitrine de bolos, tartes, croissants, empadas e outros pecados que nem posso continuar a descrever que se me escorre a baba. É bom sítio para qualquer lanche ou pequeno-almoço, mas tem aquele que para mim é o rei do brunch. Tem aliás três tipos de brunch: um é continental, outro é veggie e o terceiro é a festa total! Tem scones, croissants, ovos mexidos com salmão (que eu peço sempre para trocar por bacon), três tipos de pão, manteiga, compota, queijo, fiambre, e remata com iogurte com fruta ou panquecas/waffers do mais fofo que já viram na vida (e que eu peço para lambuzarem de Nutella e morangos). A acompanhar pode vir uma bebida quente (atirem-se de cabeça ao Capuccino que vem numa chávena linda) e uma fria (e eles têm sumos naturais muito bons).
As minhas fotos, tiradas da primeira vez que fui à Fábrica, porque estava impressionada, e não porque ia partilhar convosco, não fazem jus nem ao espaço, nem à comida (em quantidade ou qualidade), por isso, para aguçarem o apetite espreitem aqui.
E o espaço também é do mais agradável que há: amplo, tudo com aquele ar entre o artesanal e o moderno que se usa agora, e tem vista para o espaço da fábrica mesmo, de onde saem os croissants quentinhos e para a cozinha onde a senhora mexe os nossos ovos ao ponto da perfeição. É bom ir a dois e assentar arraias num cantinho com almofadas, juntar um grupo e ocupar a mesa grande ao centro ou ir sozinho com um livro ou um portátil para despachar trabalho - que tem wifi.
Podem dizer que é caro - 16,50€ pela versão mais cara, que descrevi. Mas sei de gente que divide um por dois. Escusado será dizer que eu sou uma lambona, quero um só para mim e depois acabo a trazer pão e croissants para comer em casa ao lanche. Entro sempre a andar e saio sempre a rebolar. Mas com um sorriso de orelha a orelha.
Resta-me dizer que este post não é patrocinado, mas desejava do fundo da minha alma que fosse. Assim em vez de ir lá uma vez quando pode ser, ia lá uma vez por mês. Por semana. Quem é que estou a enganar? Todos os dias...