O amor (verdadeiro) também acaba
E - atenção - que escrevo isto plenamente apaixonada, com a certeza louca dos "para sempres", pelo homem que está neste momento na cozinha a fazer-me waffers.
Da mesma forma que é possível encontrar o amor verdadeiro (e acuso a redundância) é possível perdê-lo. O amor é infinito enquanto dura e absoluto quando não se despedaça. E eis a razão: às vezes não nos esforçamos tanto para o manter, como nos esforçámos para alcançá-lo.
As alegrias, o romance, as surpresas, o calor, as conversas, a saudade, fazem parte do amor. Mas só não morrem, se as renovarmos. Usemos as eólicas dos nossos braços e criemos energia para elas.
As desavenças, as rotinas, os silêncios, as tristezas, os sacrifícios,o desepero, também fazem parte do amor. Mas só o matam, se não lidarmos com eles. Falemos, para plantar canteiros em cima dos problemas em vez de os enterrar.
Esta reflexão, partilho-a convosco, mas faço-a para mim. Quero lembrar-me sempre que o amor (verdadeiro) também acaba. E não deixar que isso aconteça.