Sobre as doenças que não se vêem
A Ana diz aqui o que eu digo muitas vezes: é pena não ser um braço partido para as pessoas perceberem que é igualmente incapacitante. Na verdade chega a ser como ter os dois braços partidos.
Desvaloriza-se, como eu, sempre cética, pragmática, terra-a-terra, também desvalorizei ("ultrapassa-te, isso é psicológico"). Até sentir mais de perto, - não em mim, mas nos meus, - o poder de algo assim.
E da depressão ainda se fala (embora não se compreenda)...mas há todo um mundo de patologias desconhecidas do público e muitas vezes de médicos que drogam por default para a depressão sem se esforçarem mais que fazem as pessoas passar por "preguiçosas" ou "irresponsáveis" quando têm sobre elas um peso que poucos de nós [felizmente] alguma vez entenderemos. Mesmo quando sorriem às adversidades quando se cruzam contigo.