Qual o melhor acessório para reuniões importantes?
Seis pessoas levavam gravata. Eu, acabada de acordar há 15 minutos, por ter o telemóvel no fuso horário errado, levava remelas nos olhos. Venha o diabo e escolha.
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Seis pessoas levavam gravata. Eu, acabada de acordar há 15 minutos, por ter o telemóvel no fuso horário errado, levava remelas nos olhos. Venha o diabo e escolha.
Não quero tornar isto uma questão regional e por isso não o farei. Mas ultimamente, mais do que nunca, desde que me mudei, noto uma propensão crónica de toda a gente para não chegar a horas. Tanto que já deixei de considerar ao quarto de hora de atraso que se tenha passado alguma coisa de errado. É só normal. Há os que avisam, os que se desculpam quando chegam, os que só consideram atraso se for mais de meia hora e os que assumem que chegar a horas está fora de moda e pronto.
Eu, salvo raras exceções que me dão cabo dos nervos, sou pontual. Prefiro chegar antes e esperar do que cometer a indelicadeza de fazer os outros esperarem por mim. Depreendo, pelo resto do mundo, que estou errada. Que sou aquele condutor que vai em contramão, mas diz inocente: elá, mas vão todos ao contrário na estrada hoje? Só pode ser isso. Houve uma convenção mundial em que se estipulou que o pontual é corno e como eu não tenho visto o telejornal todos os dias falhou-me a notícia. Ou toda a gente atrasou o relógio uma hora e eu fiquei, sem querer, no horário de Verão. Ou agora Portugal rege-se pelo arquipélago dos Açores e isso passou numa daquelas mensagens em corrente no Facebook que eu nunca dou seguimento e fiquei adiantada ad eternum.
Um dos amigos que mais prezo no mundo é um desses atrasados crónicos. E o pior é que já tem a lata de assumir isso como feitio em vez de defeito e mesmo que não esteja atrasado por motivos de força maior, consegue descontrair o suficiente, só porque já ninguém espera que ele chegue a horas. A ele queixo-me. Noutras circunstâncias, com outras personagens, sou habituada a fingir que não faz mal. Mas faz.. Significa que não se respeita ou valoriza o tempo dos outros. E portanto, mesmo que o erro agora já seja chegar a horas, assumo-me eu como a que precisa de arranjo, mas não tenciona ir ao mecânico.
Não chego atrasada aos compromissos, mas chego atrasada a esta conclusão: a pontualidade é que é agora um defeito.
... que no outro dia, atrasadíssimos em praí 20 minutos para algo marcado com um grupo de pessoas, me ocorreu por um milésimo de segundo que mais valia que alguém nos batesse no carro para ao menos termos justificação. Sim, passou-me logo.
Parece que é um flagelo da humanidade em geral e português em particular. Quem nunca fez snooze dez vezes seguidas ao despertador que atire a primeira pedra. O Observador, com base em sugestões de Diane Gottsman, divulga 9 dicas para acordar melhor e depressa (e não parecer uma lesma em decomposição no processo de se estar pronto para sair).
Eu resumo tudo em 3 dicas bastante mais eficazes:
Agora, se já vos chega de parvoíce, com licença. Vou ali a Mira, falar com a filarmónica para saber o preço do serviço de despertador.
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