Fui ao Brasil, adoeci e descobri a cura.
Para quem não sabia que fui ao Brasil: é bem feito, acompanhassem o Instagram! Muito haveria a dizer sobre a belíssima jornada que fiz nesse belíssimo país com bons amigos, mas o facto importante é que vim de lá doente.
A DOENÇA
Eu explico. As rádios do nordeste brasileiro só passam 1) religião, 2) debates favoráveis a Bolsonaro e...3) música brasileira. Em particular, música sertaneja. A pessoa começa por reclamar, depois desdenha e quando dá por si está a cantar o "sofázinho de dois lugares" com alma (não pesquisem). Felizmente é uma doença cuja consequência máxima são abanicos de corpo e microfones invisíveis nas mãos. Chega até a ser agradável embora ainda se tenha algum pudor em contar à família: "olá, eu sou a Maria e consumo Luan Santana".
Conclusão: viemos todos de lá com a impressão que íamos Ludmillar o Natal, pois os batuques e letras sui generis não nos abandonavam a mente e o White Christmas estava claramente a perder, debaixo do sol e do ritmo brasileiro.
A CURA
Ontem, como combinado mesmo antes da viagem, eu e o Moço fomos ver o Bohemian Rhapsody. E esse filme magnífico do qual não é suposto gostarmos curou-me complemente. Afinal, ninguém pode passar duas horas a ouvir Queen e ainda ceder a Wesley Safadão.
PS.: Poupem-me o hate por dizer que a música sertaneja é doença. É brincadeira de quem se deixou viciar. Dizem que o amor também é e ninguém se chateou com o Espadinha por isso. Além disso, já fiz uma playlist no Spotify...do Moço.