Uma pessoa passa a vida a cultivar a ideia que não é cá de modas e que às vezes quem lhe dera mas não tem nada a ver com as bloggers upa upa da cena tuga e depois depara-se com coisas destas. Juro que foi sem querer. Aliás, diria que fui eu a lançar a tendência - se ao menos tivesse mostrado do que estava a falar há umas semanas atrás.
Os chinelos de que falei aqui? São estes, porra. Pior: adoro-os.
O Moço voluntariou-se para me ir trocar a malfadada chinela, porque precisava de passar lá perto e assim eu seria poupada a ter de voltar à loja. Conta que estava lá a rapariga que me vendeu o par e o seu supervisor que lhe deu forte e feio na cabeça. Não tomam atenção ao que fazem. São umas cabeças de vento. O supervisor desculpou-se muito e tratou da troca. O Moço pega no saquinho e sai da loja.
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O supervisor esqueceu-se de tirar o alarme. Cabeça de vento. Não toma atenção ao que faz.
Depois da pesquisa online, da ida à primeira loja, à segunda e à terceira, finalmente encontrei os chanatos ideiais, exatamente como procurava - preço certo e tudo. Odeio compras difíceis, sou de tipo de ver, pegar e levar (ou de preferência, encomendar online), por isso este percurso todo até me deu dor de cabeça. Peguei no par, paguei, vim para casa. Finalmente acabou, não imaginam o que estes circuitos de compras me custam, não fui feita para ser mulher.
Sujeito: Sabes lá o azar. A minha empregada tem estado doente.
Eu: Ah, sim?
Sujeito: Sim, mas não é tudo. Pedimos à XPTO que já conhecemos para ir lá a casa substituir a nossa empregada enquanto está doente. Foi lá hoje...Caiu-lhe uma gaveta em cima do pé. Ficou com o pé todo desfeito a deitar sangue.
Eu: Txiii. Que azar. Tens um mau olhado qualquer lá em casa para as empregadas.
Sujeito: Coitada. Olha que ela nem se conseguia calçar, teve de pedir umas havaianas emprestadas à minha mulher.
Sabes que é gente fina quando até a empregada pede havaianas, em vez de chinelas.
O que me lembra de mais um post para a minha rubrica favorita...