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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

07
Set16

Uma foto da semana, se me dar na gana #5

Maria das Palavras

tabuleta herdade da sanguinheira.jpg

 

[Encontrei o Fernando Pessoa numa parede da Herdade da Sanguinheira. Logo na sua-minha voz favorita que é a do pragmático pastor Alberto, de apelido Caeiro. Até nas fotos que gosto de rever, são as palavras que (me) ganham. Vou ali sentir o vento e já volto.]

 

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16
Out14

Desculpem, mas ontem vi um documentário sobre Fernando Pessoa

Maria das Palavras

Fernando Pessoa - Ilustração

 

Normalmente chamo-lhe “o bêbado”. Como quem disfarça o génio com a loucura (e o vício).
E ele era mesmo – e sabia! Quando o acusaram de ser uma esponja, até replicou: que não era uma esponja mas sim o armazém de esponjas e o anexo ao lado.

Mas muito mais que isso era um artista, leitor e escritor, sonhador, fã do esotérico, até capaz de traçar a sina em horóscopo, um ser da noite,  escrevinhador de pé, aproveitador de todos os pedaços de papel, um homem de família, amigo e conviva, um passeador da Baixo e do Chiado, um observador do quotidiano, um desiludido com a vida...

 

E tinha todo um  mundo de pessoas dentro de si para lhe caberem todas estas facetas. A minha favorita sempre foi Alberto Caeiro, o mestre dos sentidos, cansado de pensar, o guardador de rebanhos que ditava as coisas tais como eram:

 

Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo...

Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer

Porque eu sou do tamanho do que vejo

E não, do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena

Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.

 

Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,

Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,

Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,

E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.

 

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII"


Ao morrer jovem , aos 47 bem contados, por culpa do vício, perdeu só duas das melhores sensações:  a de ver a sua obra reconhecida por tantos (ele que sonhava ter sido publicado em Inglaterra ou ser o maior poeta português, em competição com Camões) e a de saber amar.

 

Portanto...se escrever, não beba.

 

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