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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

12
Jul20

Não foi o Instagram que me ensinou.

Maria das Palavras

Tenho ideia que as pessoas se esquecem que não aprenderam tudo nas redes sociais, não querendo eu desfazer do valor da partilha útil. Da mesma forma que a mesquinhez da vizinha virtual, já existia às janelas, da mesma forma que antes de serem as Youtubers a esgotar vestidos, o faziam as atrizes de Hollywood, também algumas das maiores tendências desta era nasceram muito antes.

 

Hakuna Matata - Suricate - Pixabay

 

O conceito de Mindfulness por exemplo, foi a Disney que me ensinou. Mais propriamente um porco, acompanhado de um suricate e um leão que comia insetos. Hakuna Matata, diziam eles. Que era preciso viver no momento. Como todos os conselhos dados (por isso não vendidos) têm de ser levados com sensatez. Esquecer os problemas para sobreviver, como diz a canção, faz-se se de facto já não há nada que possamos fazer senão remoer neles e dar cabo da possibilidade de desfrutar do presente. Até pode ser um life coach a lembrar-me disso no Instagram, mas essa lição ouvi-a repetida e cantei-a mil vezes ainda antes dos 10 aninhos. Hakuna Matata. Atira o passado para trás das costas.

 

E a #gratidão? Apreciar as pequenas coisas diariamente para nos sentirmos bem. Foi um livro de auto-ajuda? Não. Foi a Maria, a freira cantora que foi tomar conta dos 7 miúdos Von Trapp que me deu uma canção favorita e um mote. Bigodes de gato, invernos que derretem para primaveras, tudo detalhes que devemos apreciar para não ficarmos a marinar nas grandes e inevitáveis desgraças com que nos cruzamos na vida. O Gustavo Santos austríaco, aquela menina. 

 

E sei que desta influencia não sofri (ainda, será que algum dia?), mas também não foi o PT Paulo Teixeira que me tentou cativar para o exercício através de um ecrã pela primeira vez. O meu primeiro PT foi o Gualter, na Rua Sésamo, acompanhado dos seus amiguinhos. Claro, que hoje não poderia dar essas aulas num live, porque as fazia em pelo e seria censurado!

 

 

Nem foram as 7665 publicações de nutricionistas (reais e pseudo) os primeiros a alertar-me para fazer uma alimentação rica em nutrientes, através da ingestão de legumes. Este foi o primeiro rapazinho a debitar-me o seu What I eat in a day , com algumas influências vegan. Tinha uma poupa (para rimar com sopa?) e era um visionário quanto à pandemia: diz que nem se importa de não poder sair de casa porque gosta de sopa, do seu paladar, ao almoço e ao jantar...

 

 

Como estas, muitas outras lições que o Instagram até me vai recordando, mas foi muito antes que me entraram na cabeça. E de todas elas, só há uma que me esforço muito para não interiorizar e cantar a plenos pulmões...(esperem pelo refrão, se não conhecem)

 

 

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23
Jan19

O Instagram vota à direita

Maria das Palavras

Porque claramente não esta alinhado com aquela ideia de sermos todos iguais e termos direito ao mesmo, partilhando as riquezas entre todos. A pessoa que não tenha dez mil seguidores não pode deixar links nos stories

 

 

Really-gif.gif

 

 

Ou seja, se eu quiser recomendar algo a alguém tenho de lhe explicar como chegar lá ao invés de ter a capacidade mágica e misteriosa de a fazer chegar lá com um toquezito no ecrã. Ah, se ao menos tivessemos ao dispor tecnologia suficiente, instrução superior e todas riquezas necessárias para CRIAR UM LINK. Eu sei que não é um direito básico da humanidade, mas tirem-me antes a água, porra, que eu já bebo pouca mesmo (brincadeirinha, 'tá Deus?). O "link na bio" não satisfaz, só pode ser um, não interessa qual é o post, e obriga ao labirinto de Hatfield House para lá chegar, numa época em que as pessoas até usam Google Maps para os caminhos que conhecem, só para terem a certeza que seguem o melhor atalho.

 

A outra dizia "Salvem os velhinhos", eu digo "Salvem os pobrezinhos do Instagram". 


Links para todos é o que eu quero. Sobretudo para mim (não minto, que se o egoísmo é feio, a desonestidade é mais). Portanto, se ainda não seguem a minha página de Instagram, façam-me esse grande favor, a ver se eu chego ao objetivo, que não é conseguir números para ter uma parceria com a Prozis, mas conseguir expressar-me de uma forma direta neste canal. Digam também a amigos, colegas, familiares, vizinhos, à pessoa que vos corta o cabelo e a estranhos com quem se cruzem na rua para me seguirem, por favor.

 

Ainda por cima estou tão perto! Mais oito mil e tal e PUMBAS!

 

 

Riso nervoso

 

#linksparatodos

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20
Set18

Você (não) decide

Maria das Palavras

Quem já viu aqueles magníficos vídeos de Youtubers em que durante um dia, os seguidores votam no Instagram para decidir o seu dia? Entusiasmante, certo?! Não. 

 

nick-tiemeyer-109668-unsplash.jpg

 

Há uns tempos li uma sugestão que me pareceu bastante pertinente acerca de amenizar birras infantis. Dar escolha à criança, condicionando essa escolha. Por exemplo, querem que a cria se sente na cadeira "da papa". A escolha parece ser sentar ou não sentar e a criança 98% das vezes não se quer sentar. A partir do momento que ela compreende, pode apresentar-se outro tipo de opção: queres sentar-te com a tua boneca na mão ou preferes o carrinho? E queres o arroz com o garfo ou a colher? A criança entretém-se a pensar na decisão que lhe cabe e nem repara (tem dias!) que não se sentar ou não comer o arroz não é uma escolha. 

 

Sinto que sou a criança na cadeira da papa sempre que me deparo com esses vídeos ou sondagens de "controla o meu dia" (que, atenção, só vejo, se quiser, porque de facto sigo as Youtubers com gosto). Visto este vestido que gosto muito ou aquele vestido que gosto muito? Corto o cabelo ou não corto o cabelo? (o que significa fico igual, ou fico igual com menos um centímetro de pontas?)

Claro que não têm de nos dar o poder de lhes pintar o cabelo de roxo ou tatuar "amor de mãe" na virilha, mas caramba, gostava por uma vez de escolher realmente, se a proposta é decidirmos qualquer coisa. Em vez papas de aveia ou crepioca para o pequeno-almoço, iam ver se não acabam a comer francesinha às 8h para abrir a pestana (#tudonapaz).

 

E daí talvez seja só a minha veia controladora a querer atingir novos limites. Ignorem-me, sim?

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19
Jun18

#eleouela

Maria das Palavras

Na Sexta passada, lancei um desafio. Uma votação no Instagram para que decidissem quem faria o quê no dia seguinte: eu ou o Moço? Desde quem fez o pequeno-almoço a quem cantou para o público, houve um pouco de tudo. Recebi algumas mensagens a dizer que tinha sido divertido de ver, mas penso que mesmo assim não terá sido tão divertido como para nós. Ou pelo menos, para mim, já que na maior parte das vezes deram a fava ao Moço - ele magoou um pouquinho, mas alinhou em tudo. 

 

tenor (2).gif


Isto tudo para dizer duas coisas: 

 

1. Se ainda não me seguem no Instagram (@mariadaspalavras), saibam que estão a perder novidades (mas é só mais conteúdo fraquinho, ao menos nível daqui do blog, nada de relevante). Mesmo quem não tem conta de Instagram consegue acompanhar as fotos e os Stories que têm menos de 24 horas aqui.

 

2. Se estão curiosos com o desafio, não precisam pedir mais: guardei nos destaques do Instagram Stories, é só irem ao meu perfil de Instagram e clicarem onde assinalei na imagem abaixo. 

 

Perfil de Instagram de @mariadaspalavras | Blogger Portugal

 

Considerem-se desafiados, se quiserem fazer igual (ou parecido). Só não se esqueçam de me chamar também para votar (e ver!). 

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08
Mai18

As influenciadoras fazem mal à saúde?

Maria das Palavras

Imagem Pixabay - Joy

 

Acho que este novo fenómeno de se achar que as "influenciadoras" fazem mal às pessoas é um pouco como não querer que as crianças vejam desenhos animados "com lutas". Ou seja, sim, reconheço que devem ser ambos consumidos com moderação (tantos as fotografias das últimas viagens patrocinadas pelos produtos da moda, como a cena do pontapé do Rato de Marte no Power Ranger vermelho), mas no final é só uma questão de nos munirmos de bom senso e ensinarmos a nós mesmos e às nossas crianças que os dois casos têm ficção a não ser aplicada à vida real. O que significa que não só não é 100% verdadeiro - é filtrado ou fingido - como nem sequer é desejável (ser pleno a tempo inteiro deve ser mesmo muito cansativo e pouco saudável).

 

Os blogs acabam por ser um bocadinho mais francos do que os Instagrams e os vlogs, porque às vezes as palavras transmitem dores de uma forma mais bonita do que uma imagem. A blogger pode dizer que chora de forma poética, mas ninguém quer ver uma foto dela com ranho a escorrer numa rede social da moda.

Ainda assim, ninguém tem uma vida perfeita, ninguém tem zero problemas, ninguém acorda penteado e maquilhado como se fosse para uma gala, as malas da Prada não dão saúde eterna. E se todos soubermos isto, não faz mal ver todos os dias fotos glamourosas de felicidade irradiante da fulana tal, porque sabemos que algumas dessas imagens são publicadas em dias em que ela não está bem e foi ao arquivo. Porque é humana, como nós. Só que, exatamente como nós fazemos - tirando aquela prima que todos temos que até publica fotos da unha do pé encravada e vídeos dos curativos -,  tenta aparecer sempre no seu melhor.

 

Treinemos o nosso sentido de noção e realismo. Domemos a nossa inveja. Vejamos o entretenimento exatamente apenas como aquilo que é. Aspiremos exclusivamente ao que sabemos que é real. Admiremos as pessoas que não estão dentro do ecrã do tablet, mas que se cruzam conosco na vida real. 

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29
Mar18

Definição de corta-mocas.

Maria das Palavras

Publiquei no Instagram Stories uma imagem de uma pizza de ar guloso e ovo estrelado pregado no meio, de uma pizzaria perto de Espinho cuja arte ia provar pela primeira vez. Ainda ia eu na primeira fatia com queijo e gema de ovo a escorrer pelo queixo abaixo, embevecida, quando recebo mensagem da invejosa, que devia estar a trincar um bróculo: 

 

Screenshot_20180329-113223.jpg

 

Olhei para a pizza desconfiada (uma carbonara, nada menos, portanto além do risco do ovo, o risco das natas), a pizza olhou para mim e disse "confia". Apaguei da memória as mensagens seguintes da Fatia Mor que mencionavam expressões do demo como "maldição da pizza" e "o culpado é o ovo". E eu que sou uma espécie de São Tomé dos tempos modernos, comi para crer

 

@Fatia Mor, está tudo fino. Acordei com uma dor de costas invulgar, mas em princípio não é disso, será já da idade. À pizza, sobrevivi!

giphy (1).gif

 

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18
Fev18

Instagram, pode ser?

Maria das Palavras

A dona do blog foi viajar com seu Moço. Promete que o blog estará devidamente alimentado por ocasião da sua ausência - aliás, fiquem atentos porque escrevi sobre um medo que me assola para publicar esta semana, - mas informa que o conteúdo mais fresco estará a ser publicado no Instagram (assim haja wifi e paciência). No fundo, não se promete nada, mas está-se naquele momento em que as expectativas estão no teto. Pela imagem de ontem, já arriscam para onde fui? 

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22
Ago17

O flagelo das Pituchas.

Maria das Palavras

Clips de vídeo que consistem em pessoas a sorrir para a câmara com bigodinhos e orelhas de gato (ou cão), enquanto balouçam a cabeça para a esquerda e para a direita. Vamos falar sobre isto?

 

Ariana Grande on Snapchat

Eu sei que falo porque sou uma invejosa: não tenho o tipo de beleza que me permite ostentar bigode. Isso está reservado para as mais fortes: aquelas que até a fazer caretas são bonitas. Agora, em podendo, em sendo dessas que ficasse sexy com orelhas a despontar do cabelo, ou estrelinhas a cintilar nas bochechas, ou (literalmente já vi isto) um chifrinho de unicórnio colorido a enfeitar-me a testa, continuo sem ver o propósito.

 

Parece a regressão evolução da selfie. "Agora estou farta de ser bonitinha numa foto vou ser bonita e balouçar ligeiramente o tronco e o pescoço enquanto pespego troços de cartoon em cima de mim."

 

Não consigo deixar de imaginar a conversa entre quem se lembrou disto e quem aprovou a ideia, possivelmente o pessoal do Snapshat, agora migrado para o Instagram Stories:

 

Inventor: Então chefe, agora a ideia era máscaras flutuantes para as pessoas parecerem gatinhos ou outros animais. Com olhos gigantes! Ou terem tipo setinhas de cupido a atingir-lhes a cara e corações a sair da boca em jeito de arroto…

Chefe: Humm…isso é só parvo. Que mais tens?

Inventor: Há aquela ideia antiga de as pessoas terem de resolver um problema matemático para verem cada post, para incentivar o raciocínio...

Chefe: Ó Costa*, isso não nos convém. Que mais?

Inventor: Temos a hipótese de integrar aquela funcionalidade que mostra como fica o mesmo prato de comida publicado ao fim de três meses para combater o excesso de publicações do género alimentício. Ou um filtro para vegans que sobrepõe alternativas vegetais às imagens de postas mirandesas**. Ou podemos repetir a ação de curar uma doença nefasta por cada like.

Chefe: Diz lá qual era a primeira outra vez?...

Inventor: Cenas na cara…

Chefe: Epá, parece-me brilhante. Põe isso. Pelo menos as crianças vão gostar. E se não pegar dizemos que foi uma daquelas ações de charme em que a empresa põe os filhos dos funcionários a ter ideias. A imprensa vai adorar. A NiT já partilhou e tudo.

Inventor: Ok, chefe. Mais alguma coisa?

Chefe: Olhos gigantes. Faz isso aumentar os olhos das pessoas. A minha mulher tem os olhos encafuadinhos na cara, pequeninos e malinos e faz-me espécie. Cada vez que olho para as pessoas de olhos pequenos parece que a oiço refilar comigo. Tratas disso?

Inventor: Vou caprichar!***



*O original em inglês é Coste.

**O original é hambúrgueres do Mac.

***O original é Gonna caprichate!

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14
Ago17

Aprender uma coisa por dia: As Hashtags

Maria das Palavras

Para que servem, afinal? O que estou a fazer de errado? Isto interessa-me para alguma coisa? Provavelmente as respostas são: pouco, nada e não. Mas ainda assim, por gentileza, sigam este link para a minha contribuição de hoje no blog Aprender uma coisa por dia, sobre hastags de Instagram e erros crassos que custam a vida às bóias de flamingos. 

COMO (NÃO) USAR AS #HASHTAGS DO INSTAGRAM | Maria das Palavras para o Blog Aprender Uma Coisa por Dia

 

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