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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

03
Mai16

Taras e Manias

Maria das Palavras

Não ponho açúcar no café mas exijo a colher para o mexer na mesma.

A minha roupa interior combina sempre com a roupa visível.

Só a expressão "limar as unhas" arrepia-me.

Gosto de ter tudo alinhado - mesmo que esteja desarrumado, está em ângulo reto e paralelamente.

Leio sempre a última frase de um livro que vou começar.

Prefiro ouvir sempre as mesmas músicas a ouvir música nova.

Não suporto que me toquem nos pés.

Gosto mais de ouvir sempre a mesma música, que conhecer músicas novas.

Bebo melhor água da garrafa que de copos.

Não gosto que os elementos do prato toquem uns nos outros (arroz para ali, salada para acolá).

 

Mas ao menos já consigo estender roupa com molas de cores diferentes.

Evolução da espécie?

 

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05
Abr16

Talvez, afinal, eu seja mesmo uma besta.

Maria das Palavras

Comunicação - Imagem Pixabay

Depois desta acusação do Moço e de me terem linchado em praça pública por não querer que me digam "bom dia" quando estou a trocar de roupa no ginásio, passou-se outro episódio. E eu, que acho sempre que sou encantadora (às primeiras, pelo menos, depois torno-me irritante porque quando vou ganhando confiança não me calo e abuso na brincadeira e na ironia e já não me suportam), tive de me render às evidências: sou uma besta (e é mesmo logo às primeiras). 


Estava com uma amiga e o Moço liga-me. Falo com ele, desligo e vejo-a muito séria a olhar para mim.

 

Amiga: Afinal não é só a mim que fazes isto!!

Maria: Isto, o quê?

Amiga: Tu nunca te despedes ao telefone!

Maria: Não é verdade...

Amiga: É, é! Qual foi a última coisa que o Moço te disse?

Maria: Tchau? Beijinhos?

Amiga: Tu não respondeste nada! Só desligaste! Fazes o mesmo comigo. Até já te fiz o mesmo para ver se gostavas, mas tu nem ligaste nenhuma e eu fiquei a sentir-me mal a achar que podias ter mais alguma coisa para dizer e eu cortei a chamada...

 

Pois, meus caros, isto é assim: eu não quero retirar poder a ninguém. Se o Moço (ou a minha amiga) dizem "adeus" estão a terminar a chamada e não precisam da minha validação. Não é preciso eu autorizar. Eles despedem-se e eu limito-me a obedecer. Se dissesse "adeus" também estaria a dizer que eles sozinhos não têm poder aos meus olhos para deter a decisão do fim da chamada - e eu respeito-os muito. 

Pelo menos foi assim que racionalizei a questão e a expliquei. Porque tenho sempre resposta para tudo - inventada na hora. 

 

A verdade é que nunca me apercebi que fazia isto. Que vivi anos a fio sem noção que não respondia ao "adeus" telefónico. Logo eu que sou toda "por favores" e "obrigados". Uma besta, afinal. Peço desculpa à humanidade. Por existir, enfim. 

 

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01
Abr16

Boa tarde, meus Pinóquios.

Maria das Palavras

Vou casar e estou ansiosa para começar a organizar tudo?
Estou grávida de trigémeos?
Enjoei de comer gelados?
Vou tirar uma formação de coordenação de moda?
Tiro sempre a maquilhagem da cara à noite?
Uso maquilhagem todos os dias?
Voltei a provar sushi e adorei?
Finalmente pus unhas de gel?
Deixei de comer hidratos?
Já consigo beber três litros de água por dia?

 

Esqueçam...acho que já não vos consigo enganar...Bom dia das mentiras!

 

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01
Mar16

Caixa de Rascunhos #2

Maria das Palavras

Sou este tipo de pessoa.

 

Já fiz isto mais de uma vez por isso nem posso alegar insanidade temporária - só se for insanidade temporária recorrente.

O primeiro passo é ir distraída e passar a estação de metro onde queria seguir. Ora uma pessoa fazendo isto tem de sair de um lado da plataforma, subir as escadas, fazer a curva para o outro lado, descer as escadas e esperar pelo metro no sentido inverso.

É o verdadeiro walk of shame para mim. Eu, Maria orgulhosa, a mostrar ao mundo que falho e me engano e tenho de meter o rabo entre as pernas e voltar para trás?

 

Então não faço bem isso. Ou não faço só isso. 

 

Pego telemóvel e faço toda uma simulação - sem público, porque no fundo ninguém quer saber. Como se tivesse ficado de me encontrar com alguém ali que afinal não apareceu, nem vai aparecer. E, aí sim, de forma pseudo-justificada para o meu público imaginário, dou a volta. Felizmente não há estações de metro que levem diretamente a Júlio de Matos. 

 

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18
Jan16

Planning Freak

Maria das Palavras

Agenda Con-Vit - Maria das Palavras

 

Olá eu sou a Maria e sou uma planning freak. Ainda  não larguei a agenda ao dia 18 e tenho-a preenchido com tudo e mais alguma coisa - inclusivamente post-its que são outro vício meu, quando não sei bem a que dia ocorrem eventos importantíssimos na minha vida (sim, pus um lembrete para em Março começar a pensar em ir ao cabeleireiro a ver se não chego ao estado ninho-de-rato-cor-de-burro-quando-foge como da última vez). Apesar de normalmente as agendas não me durarem tanto nas mãos (entretenho-me a preencher ao início e gradualmente vou largando) desta vez a coisa parece estar para durar e está a piorar um pouco a minha mania de planear e organizar tudo com antecedência. Uma pequena obsessão, que junto no pote de peculiaridades da Maria como "os comandos têm de estar alinhados uns com os outros e com o telemóvel".

Eu digo que tenho uma necessidade de controlo que advém da reação ao facto de saber conscientemente que as coisas verdadeiramente importantes escapam ao meu poder, a minha irmã resume isto numa palavra: Hitler.

 

Não quero deixar a impressão que vivo na ilusão de que posso, de facto, agendar o dia de amanhã. As circunstâncias da minha vida (nomeadamente algumas) fazem com que queira ao máximo reservar tempo para tudo, sem me esquecer de nada. Apontar e marcar dias dá-me a segurança de que o conseguirei fazer. Mas adapto, reajusto e volto atrás, com a a agilidade e rapidez que for preciso. Tanto ao marcar um dia para jantar com aqueles amigos, como nas coisas grandes da vida. Sei que aos 10, aos 15, aos 20, aos 25 tinha ideias distintas de quem seria hoje, aos 29. E sei que a vida de hoje, aos 29, não se parece com nenhuma das coisas que imaginava em qualquer dessas idades. Para melhor? Para pior? Só diferente. 


E não pude deixar de pensar nisto ao  ler este parágrafo de Joyland, de Stephen King. Eu sei disto tudo. E mesmo assim, continuarei a querer agendar a vida. Com espaço para todo o tipo de surpresas, entenda-se. Uma vez que de qualquer forma são inevitáveis. 

 

Quando se tem vinte e um anos, a vida é um mapa de estradas. Só quando chegamos aos vinte e cinco, mais ou menos, é que começamos a desconfiar que temos olhado para o mapa de cabeça para baixo e só depois de fazermos os quarenta é que temos a certeza absoluta. Quando chegamos aos sessenta, acreditem, estamos completamente perdidos. 

 

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01
Jul15

Um ano de Palavras

Maria das Palavras

Foi em Julho de 2014 que nasceu a Maria das Palavras. Uma maria-que-não-vai-com as-outras, a blogger menos in do pedaço. Um espaço de reflexão, explosão, tolice e desabafo, criado numa altura em que a vida se torcia e as letras me queriam escorregar dos dedos (digo sempre assim, porque é verdade). Uma montra de bocadinhos dos meus dias, de bocadinhos da(s) minha(s) pessoa(s), um ar da minha graça. Ironia, pragmatismo, humor, amor, realidade e ficção, rubricas organizadas e textos soltos. O blog não obedece a um conceito desenhado por uma agência digital, obedece à minha vontade - e tem fases, como eu as tenho. 

Esperava dois ou dez leitores fiéis. Como tinha tido em tempos, num outro blog, numa outra vida. Não milhares de visitantes, às vezes no mesmo dia.
Não esperava escrever quase-sem-querer mais de 800 textos e ver quase 8000 comentários. Publicar todos os dias, sem falhar, num exercício estóico e de prazer. 


E se é verdade que o faço por mim, também é em verdade que vos digo: isto sem vocês não era a mesma coisa.  

Obrigada - Maria das Palavras

 

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15
Jan15

A inauguração do Consultório de Prendas

Maria das Palavras

Estão todos convidados para a inauguração de um projeto que eleva a minha pretensão a outro nível.  Além de achar que escrevo relativamente bem [cof cof, essa pontuação é uma lástima, Maria] tenho a mania que sou boa a escolher presentes.

Consultório de Prendas

 

Já por mais de uma vez aconselhei sobre o assunto neste blog e a Framboesa deu-me [sem querer coitada, se soubesse não me tinha elogiado] o impulso final para o toque de saída.

É um tema que não cabe tão bem neste blog, que é mais sobre palavras e ironias da vida em geral – de sentido prático tem pouco, coitadinho. Por isso vai de proliferar blogs e criar um específico para este tema. Se a coisa correr mal há sempre um botão de "apagar blog".

 

No Consultório de Prendas vocês pedem-me sugestões quando não sabem o que oferecer a determinada pessoa em determinada ocasião e eu ajudo. "Ó Maria a minha enteada faz 20 anos, odeia-me e nem faço ideia o que o raça da miúda gosta que está sempre fechada no quarto a ouvir música em altos berros". E eu respondo no blog com uma ou mais sugestões: no caso seria claramente uns auscultadores para a miúda ouvir a música sem incomodar ninguém.

Debati-me seriamente com o nome porque aprendi recentemente que dizer “prendas” em vez de “presentes” não é bem. Mas depois escrevi como me soava melhor porque...o blog é meu!

Estejam à vontade para testar a minha (in)capacidade, lá no Consultório novo.

 

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