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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

27
Mar17

Foi na Oprah.

Maria das Palavras

Já foi há muito tempo. Mas vi num episódio da Oprah, numa tarde preguiçosa qualquer, estendida no sofá dos meus pais, uma coisa que me marcou. Não tenho a certeza se fazia parte daquele livro chamado O Segredo que foi um fenómeno mundial. Sei que alguém falava da vantagem de se ser positivo. Que na vida, como num restaurante, temos o que pedimos. Se num restaurante pedirmos sopa, trazem-nos sopa. Se na vida pedirmos coisas boas, em vez nos focarmos nas más, a vida traz coisas boas.

 

O que sei é que uma vez, num restaurante, pedi um café e me trouxeram um pêssego. Agora pensem.

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22
Mar17

31 e o ano que tem sido

Maria das Palavras

O futuro é quase sempre diferente do que temos na cabeça. Quando eu tinha dez anos imaginaria, sem pensar muito no assunto, que aos 30 estaria casada e com dois filhos nos braços (podia ser um casalinho, aquela coisa de capa de revista). Aos 20 isso que imaginava aos 30 talvez fosse apenas lá para os 40. Aos 30 tinha a certeza que dois filhos nos braços (dois?!) me parecia mais do que o recado que consigo dar conta numa vida inteira. Mas estava bastante sossegada na minha vida com problemas q.b., mas estável q.b.. Imaginava que, com algumas situações finalmente resolvidas e o acalmar das intermitências, 2017 se desenhasse como um ano calmo, sem grandes novidades, talvez o que precisava para depois querer dar umas mexidas. Não completamente, afinal sabia, por exemplo, que era naquela mesma rua de Lisboa que me via a morar para sempre. Como se o para sempre existisse. O fim de Janeiro trouxe o fim da vida como a conhecia. Não o digo no mau sentido, embora também não o diga no ótimo. E perdoem-me se estão cheios de que fale destas mudanças, mas estes quase dois meses foram quase dois séculos, num percurso novo que agora está outra vez cheio de buracos por preencher. O que vale é que com os meus 31 também já ganhei alguns calos. E a calma de saber que nada sei. E com ou sem sapatos, ora porra, vamos a eles. 

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12
Mar17

Sou estranha de saudades.

Maria das Palavras

Na primeira semana e meia que passei a norte, longe da casa que ainda sentia como minha, não tive saudades. Os dias pegaram-se todos como se fossem um só. Correram. Não senti falta do Moço, da casa, das coisas, das pessoas, que continuavam sempre lá, eu sabia. Não pensei nisso, estava tudo "longa da vista, longe do coração". Estava bem, ocupada, em adaptação. 

Depois cheguei. Cheguei a Lisboa. À minha (sempre) Lisboa. Vi um amigo, vi o Moço, entrei na nossa casa. Olhei-me no espelho da casa-de-banho onde nunca mais porei batom. Senti as saudades todas juntas, acumuladas, fortes. Queria agarrar tudo e não me despedir. Houvesse tempo, talvez chorasse, mas nunca há tempo. Só os dias que se seguem.

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27
Fev17

Se agora fosse solteira, morria solteira.

Maria das Palavras

Sozinha na cidade nova, cansada da exigência dos dias e das precupações com [inserir TUDO] passo as noites a vegetar. Tenho até com quem jantar ou combinar qualquer coisa, ou podia aproveitar os finais de tarde cada vez com mais luz para apanhar a brisa do mar e dar de comer aos olhos cansados de ecrãs. Mas só quero o sofá e distrair-me do mundo. Até demoro a olhar para o telemóvel e ver as mensagens. Tenho as primas Preguiça e Inércia cá comigo a passar uns dias e são companhia constante (nem as quero deixar sozinhas). Sou uma gosma pespegada na almofada amarela e nem me importo. 

 

Se agora fosse solteira, morria solteira. E da maneira como estou a fazer para ganhar mofo nos braços, talvez fique em breve.

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13
Fev17

Solucionadora Compulsiva

Maria das Palavras

Tenho um problema. É preciso assumir. Sou uma solucionadora compulsiva. Os problemas não me derrotam, mas esgotam-me, porque não descanso enquanto não definir, puser em prática e fechar a solução. E não há nada que me coma mais a cabeça que as situações que eu não posso controlar: quando não sou eu que tenho de definir, quando não depende de mim que seja posto em prática, quando preciso de terceiros com vontade de fechar. Tira-me o apetite, mata-me a vontade de trabalhar ou divertir ou fazer qualquer coisa que não seja revirar os olhos e respirar fundo na esperança do desfecho. E, claro, escrever sobre isso.

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08
Fev17

Velas acesas em mim.

Maria das Palavras

Hoje é (mais um) dia de torcer pelo melhor nas coisas que não posso controlar. Acendo as velas todas da alma e rezo ao Deus em que não acredito. No fundo, não faço nada senão levar o dia como tenho de levar, mas com uma sensação de vácuo no peito. Sabem como é, não sabem? Uma moínha entre os dois pulmões? E fazer o meu melhor para permanecer na calma de que as coisas graves não são estas. Que a gravidade dos problemas é relativa. Que a vida se resolve, mas se não se resolver, há sempre meio de continuar, melhor, pior, de maneira diferente. Que as coisas pequenas nunca terão de mudar. Como ele a olhar para mim, despenteada, mal-humorada, de remela nos olhos, a dizer que sou linda. E eu a abençoar a sua miopia que desponta. 

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27
Jan17

Como correu a tua semana, Maria?

Maria das Palavras

Deixem-me contar-vos isto. Juro que tem um propósito. Desde a adolescência que a minha cara é molestada por borbulhas. Nunca tive acne daquele agressivo, mas tenho a pele oleosa com tendência à borbulhagem (desculpem as imagens mentais, não é tão mau como soa) sobretudo em determinadas alturas do mês (women will know) e em alturas de stress.


Desde há praí meio ano que consegui bater esta tendência (abençoados 30). Finalmente encontrei uma rotina simples de limpeza da pele que RESULTA comigo. O problema nunca foram tanto os produtos, era mais a minha fidelização a processos morosos. Mas talvez também os produtos, porque os usava por um par de semanas, mas depois sem ver logo resultados desanimava e pronto - rotina de limpeza pró beléléu.

Assim sendo, há meses que não tenho borbulhas evidentes. Esta semana? Tenho o Vesúvio em erupção no buço (volto a pedir desculpa pela imagem mental). E não é essa altura do mês. Isto só para saberem como foi a minha semana. Quase irónico, para quem começou a segunda-feira com uma afirmação arrojada.

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26
Jan17

Como quem não diz nada e diz tudo.

Maria das Palavras

Enquanto o mundo tropeça, tento entusiasmar-me com as vitórias recentes de quem me é caro e com os planos para dias que já não vêm tão longe que não se alcancem com a vista. Espero saber sempre ver como as coisas pequenas são maiores que as grandes, mesmo que a semântica da frase esteja bêbada. 

 

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Este fim-de-semana, por exemplo, vamos a Sintra. Cometi a proeza de incentivar o Moço a deixar o carro quieto e usarmos o comboio, partir à aventura de mochila já que a estadia é tão curta quanto um dia a passar para o outro e a viagem não demora. E esse detalhe que até me vai custar nas pernas (e provavelmente na paciência), faz-me feliz. Quase que adivinho o arrependimento, mas não me importo.

 

E tive outra ideia, coisa de ser tonta e irrequieta e me darem vontades de experimentar coisas e não conseguir esperar. Esta tem a ver com o blog. Ocorreu-me num impulso. Quem sabe não achem graça nenhuma. Quem sabe até gostem. Mas que tento, lá isso, já ninguém me tira. 

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20
Jan17

Memórias ao dia 20

Maria das Palavras

Daqui a pouco tempo já terei vivido tantos anos com o meu avô quanto sem ele, o que me parece francamente inacreditável, tal é a importância que teve na minha vida. Fazíamos quadras os dois (ele também era "das palavras" mesmo com a 4ª classe), íamos buscar àgua à fonte, ele deixava-me alimentar os coelhos à boca e carregar os baldes (vazios) até à parte afastada do quintal onde corria água e cresciam as favas. Ao fim do dia, eu lia com a cabeça pousada na barriga dele enquanto dormia ou via televisão.  Mostrou-me mais do nosso país, os três no carro, a ficar em pensões numa altura em que o Booking era mesmo chegar e ver se havia lugar para nós, do que tenho visto ultimamente (e não é por falta de passeio). Fomos a Salamanca e quando ele pediu um café solo trouxeram-lhe um pêssego. Coisas pequenas que ocupam um espaço grande na minha memória. 

Hoje ele faria 83 anos, apesar de não ter chegado a celebrar os 70. Foi-se embora pouco antes dessa ocasião, na passagem de ano, e os anos nunca mais passaram para ele. A vida continua para quem fica, porque tem de continuar. E todos os anos que vivi ao lado dele foram prenchidos de tudo, pelo que não me podem entristecer, só deixar saudade. Só há uma coisa difícil de aceitar: que ele, um dos (três) homens da minha vida, não tenha conhecido o Moço, para saber que tenho quem tome bem conta de mim e me deixe ler em cima da barriga.

 

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