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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

03
Mai19

O busílis da expressão

Maria das Palavras

Tirando o meu problema congénito com vírgulas e uma gralha ocasional, expresso-me muito melhor por escrito do que ao falar.
Ajuda-me a organizar o pensamento e a equilibrar os chakras.
Sabem como faz bem às pessoas desabafar com um amigo? Eu não uso disso. Se algo me encanita e não me deixa concentrar em nada, resolvo a problema escrevendo o que acho sobre o assunto ou o que gostaria de dizer a alguém. Depois, às vezes, deito fora o papel. Depois, às vezes, já nem chego a dizer nada. Depois, muitas vezes, o problema perde importância.

Assim sendo, logicamente, gosto mais de trocar mensagens do que falar ao telefone, por exemplo. Não é porque tenho trejeitos de millenial, antes de termos telemóveis como extensões das mãos já escrevia cartas e bilhetinhos para evitar conversas.

Mas a escrita, tem um grande senão: o tal busílis da expressão.
Ainda mais do que quando falamos para alguém, quando escrevemos para alguém, a pessoa interpreta como quer. Lê com o tom que acha que usámos.
A ironia da mensagem não passa. Ou falamos a sério, mas lêem-nos com ironia. Por exemplo.

A conclusão não é nenhuma. Estou a escrever precisamente porque preciso de escrever sobre isto.
Vou deixar de dar primazia à palavras escrita ou lida sobre a falada? Provavelmente não.
Vou deixar de ser mal interpretada? Provavelmente não.
Isso vai criar problemas? Provavelmente sim.
Nesse caso, escrevo sobre o assunto. Como estou a fazer neste momento.

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24
Set18

É muito mais o que nos une, que a chatice que nos separa

Maria das Palavras

Ora bem, eu e o Moço, sim senhor, cinco anos e ainda estrada a ver-se pela frente, extensão de garantia, nada de trocas aos 100 mil quilómetros, apesar de algumas avarias menores, várias revisões obrigatórias e todos os seguros abrangendo terceiros em dia. Agora, se eu tivesse de dizer que nos separamos um dia, tenho a certeza da razão. 

 

1) Temos níveis de ambição diferentes?

2) Só em caso de traição.

3) Ele tem bicho carpinteiro

 

É claramente a última hipótese. Eu até poderia ser adepta do perdão se ele me traísse com alguém que me fizesse compreender bastante bem a tentação da carne (de Sara Sampaio para cima, entenda-se, portanto até podia ser caso para bater palmas e largar um sim senhor!), mas jamais me conformarei com a falta de sossego deste homem. 

 

tenor.gif

Vídeo que captei do moço numa noite relaxada a ver televisão.


A sério, a gelatina Royal inspirou-se nele para criar a inconstância da gelatina. O saltitão foi um brinquedo inventado por um observador que estava no parque infantil a vê-lo quando era criança.  Ele terá sido o bebé mais insistente, se não o primeiro, a pontapear a mãe! O termo "irrequieto" entrou no dicionário por causa dele (e dos caracóis no Alentejo) e o novo acordo ortográfico surgiu por acaso no meio de uma discussão sobre um novo termo que exprimisse mais movimento do que "irrequieto" que pudesse qualificar o Moço.

 

Enquanto dizem: "o rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia" já ele alisou o cabelo, coçou um pé, ajeitou o cinto, mudou de posição, trocou o canal na TV, assobiou, deu um murro no peito, tossiu e andou ao pé-coxinho. Uma coisa de cada vez, que continua a ser um homem que obedece ao cliché da falta de multitasking, apesar de conseguir dançar a lambada enquanto lê um livro.

 

Que faço eu, uma lesma inamovível do pior, que só quer sossego, face a esta problemática? Têm sugestões que não sejam drogas leves ou fármacos fortes?

 

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07
Jan18

Academia para Preguiçosos Social-Awkward, procura-se.

Maria das Palavras

Tenho um metabolismo porreirinho que não me deixa engordar muito, por isso sei que se comer minimamente bem (com influência do Moço) e se fizesse exercício, podia comer umas quantas porcarias de vez em quando e viver feliz e mais rijinha. 

Assim sendo, fico à espera que me sugiram que tipo de exercício posso fazer que preencha os seguintes critérios: 

 

- Nada que dependa apenas da minha vontade de lesma (como fazer exercício em casa ou acordar cedo para ir correr na praia).

- Nada que faça as pessoas olharem de lado para mim (como correr sozinha na rua)

- Nada que envolva grupos de pessoas felizes que gostam de fazer ginástica (como correr acompanhada na rua)

- Nada ao lado de gente suada com roupa colorida (como aulas de grupo)

- Nada onde não possa ficar sempre garantidamente a um canto sozinha (como "fazer máquinas")

- Nada onde tenha de ver gente, especialmente gente nua em balneários (como qualquer ginásio)

- Nada onde tenha de pagar a alguém para me dar ordens, que quem manda sou eu (tipo um PT) 

 

Alguma sugestão? Ou posso já passar a resolução do exercício para 2054?

 

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02
Jun17

Porque é que às vezes falam para mim e eu não respondo (nisto dos blogs).

Maria das Palavras

Terão certamente alguns de vós reparado que por baixo desta aparência simpática se esconde uma blogger que por vezes referenciam nos vossos posts, dos vossos blogs, e ela nem reage, feita snob


É verdade que quando alguém do universo do Sapo Blogs faz uma ligação para outro blog do bairro verde se recebe uma notificação. Mas como vocês terão a gentileza de reparar, esta Maria envaidecida, faz-se ler (também) num domínio próprio. Ou seja além de acederem ao blog através do domínio do Sapo daspalavras.sapo.pt podem fazê-lo para o domínio mariadaspalavras.com

E quando se fazem os links para essa segunda opção, eu não recebo notificação nenhuma. E assim perco algumas pérolas da blogosfera a mim dirigidas (quiçá também algumas ofensas). 

Acresce que seguindo uma imensidão de blogs e tendo pouco tempo útil para lhes dedicar, nem sempre leio todos os posts de todos os recantos e às tantas os que me falham até são os essenciais.

Fica aqui o meu pedido de desculpas pelas chamadas a que já faltei. Podem sempre, independentemente do link usado, virem aqui deixar-me um link do post e eu prometo, que mais tarde ou mais cedo, lá chegarei.

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13
Fev17

Solucionadora Compulsiva

Maria das Palavras

Tenho um problema. É preciso assumir. Sou uma solucionadora compulsiva. Os problemas não me derrotam, mas esgotam-me, porque não descanso enquanto não definir, puser em prática e fechar a solução. E não há nada que me coma mais a cabeça que as situações que eu não posso controlar: quando não sou eu que tenho de definir, quando não depende de mim que seja posto em prática, quando preciso de terceiros com vontade de fechar. Tira-me o apetite, mata-me a vontade de trabalhar ou divertir ou fazer qualquer coisa que não seja revirar os olhos e respirar fundo na esperança do desfecho. E, claro, escrever sobre isso.

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26
Fev16

Um conclô* contra mim

Maria das Palavras

Primeiro o Moço meio que me obrigou (a custo da minha honra e da dele) a ir ao ginásio. Depois a minha irmã inscreve-se num ginásio e afinal não estará na capital para o frequentar, mas já tem duas mensalidades pagas e mais outras com que está comprometida - e a simpática da senhora da receção diz que pode ser outra pessoa a cumprir o "contrato".
Estão a ver o que vai acontecer, não estão? Há quanto tempo acham que eles têm isto tudo pensado? O Moço, a minha irmã e a senhora da receção do ginásio?

*Homenagem à minha irmã que durante muitos anos achou que se dizia conclôt e não complô.

 

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20
Fev15

Episódios Noturnos

Maria das Palavras

Ou, a história de uma dor de dentes

Acordei a meio da noite e a princípio não percebi bem porquê. Depois comecei a senti-la. A dor que não mata, mas mói. Ali no dentinho de trás. Já passa. Só que não. Nunca na vida tinha tido uma dor de dentes assim: que não passasse em segundos. 

As coisas que me fazem levantar durante a noite são só duas: nada e coisa nenhuma. Nem para beber água por muita sede que tenha, nem para comer, nem para salvar uma espécie em vias de extinção na Patagónia. Mas o Moço satisfez-se, quando praí uma hora depois de ter acordado, eu, louca de sono, mas sem conseguir dormir, anunciei: vou beber água.

 

Pesquisa: como aliviar dor de dentes.

Passei a lista toda até onde dizia para tomar um analgésico e emborquei logo um ben-u-ron. Odeio tomar drogas por pouco ou nada, mas quem mexe com o meu sono, mexe com a minha vida e o sacana do dente estava a testar-me os limites.

A droga só ia bater daí a um bocado mas eu queria alívio imediato, reli a lista de sugestões com mais atenção:

 

1) Usar chá de jambu para bochechar. Percebi logo. Foi o karma, por causa deste post. Nem sei o que é jambu quanto mais tê-lo em casa. A sugestão "colocar gotas de óleo de cravinho", a mesma coisa.

 

2) Lavar os dentes e passar fio dentário. Ok. Nada.

 

3) Massajar com gelo. O gelo era frio (a surpresa!!), grande (não cabia ao fundo da boca, onde me doía o dente) e sabia mal. Dos 15 minutos que era suposto encostar o dito cujo ao dente, consegui cerca de 15 segundos,. Não funcionou. Já tinham adivinhado, não já?

 

4) Bochechar com água morna e sal grosso. Uiii...Receitas para executar às 4 da matina? Parece-me complicado (sim, sou um bicho estranho e molengoso durante a noite).

 

5) Bochechar com whisky. Considerei com muito, muito carinho. Mas pensei que aí sim, acordaria o Moço com o meu bafo. Afastei-me da garrafa, com o ar esgazeado de um alcoólico.

 

De maneiras que voltei para a cama e tentei dormir sobre o assunto, enquanto pensava que seria muito simpático que um dos zombies do Walking Dead (que tinha estado a ver) me trincasse aquele bocado da cara. Rebolei muito na cama (not in a good way) porque só me apetecia estar na posição em que o dente ficava pressionado contra a almofada (clarooooo....). E quando finalmente adormeci, estava na hora de acordar. 

 

Bom dia pessoal!

 

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PS: O meu dentista do coração (é expressão, ele trata mesmo é dos dentes) está longe, em Leiria. Suponho que ninguém tem um bom e barato para recomendar, aqui pela capital? Parece-me que está na hora da visita anual e ir à terrinha fica-me cada vez mais fora de mão...

 

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19
Dez14

As greves são graves

Maria das Palavras

Porque são egoístas. Porque há vida para além da dos funcionários do Metro de Lisboa e da REFER e da TAP. Porque andamos todos a tinir, não são só eles, com os problemas da crise ou pseudo-crise. Porque por andarmos a tinir não podemos falhar no emprego por não ser possível chegar lá no transporte que pagamos mensalmente. Porque por andarmos a tinir fugimos sem escolha do nosso país e precisamos da bolsa de fôlego que é voltar no Natal e dar um abraço aos que amamos, sem temer que o avião que pagámos com trocos contados há meses afinal não descole. Porque da próxima vez vamos deixar de contar com estas empresas e depois pode ser que elas nem precisem de funcionários. Porque as greves são um direito, mas há muito tempo deixaram de ser solução. 

 

Metro de Lisboa | A greve é grave - Maria das Palavras

 

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