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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

23
Out14

Dois dedos de conversa #9

Maria das Palavras

Ou "despromoção em sete segundos e meio". 

Estou eu a conversa com um amigo:

 

Ele: Ontem tive um azar do caraças. Pisei uma pastilha com os sapatos novos.
Eu: Ah, que mau.
Ele: Mas a minha mulher foi uma princesa. Vê lá que cheguei a casa e esteve a tratar disso. Lá tirou a pastilha toda do sapato.
Eu: Não sei se princesa é a palavra certa, mas...muito querida.
Ele: Sim, a minha mulher é mesmo muito querida para mim.

(pausa)

 

Ele: Quando quer....cabrona!


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22
Out14

Serviço Público: O Observador

Maria das Palavras

A correria é constante, o telejornal da manhã passa quando nos preparamos para sair, à hora de almoço há sempre pressa a acompanhar a refeição em vez de arroz e pelas oito nem se fala de disponibilidade (e quem é que faz a sopa?).

Durante o dia o tempo também não abunda e mesmo estando a par das notícias através de várias plataforma digitais (seja o Sapo ou via links partilhados no Facebook) muitas vezes ficamo-nos pelos cabeçalhos que não há tempo para mais. É ou não é?

Observador

E é aqui que se torna útil o Observador. Quer-me parecer que é o novo diário digital da moda, mas tem tudo para ficar.

Quando recebo aquele resumo de notícias pela manhã: que nem é redutor, nem me faz perder tempos com o acessório, fico encantada. Não é uma newsletter xpto, é um texto leve (para leitura e para descarregar no servidor de email) com links que posso seguir se me interessarem. Passa pelos principais eventos da atualidade e tem espaço para uma ou outra curiosidade que queriamos ler.

Falo da newsletter 360º (e desta não abdico) mas subcrevendo as 4 disponíveis temos um pacote de informação bastante completo e que se adequa às nossas necessidades e preferências: 

Newsletters Observador

 

Conheci-o (ao Observador) quando a Sónia Morais elogiou o projeto, destacando a área de Explicadores - que é basicamente cada assunto "para totós". Não se riam que é útil. Ah não sabes nada do que se passa na Tailândia? Ainda não apanhaste a essência desta tramóia do BES? Eles explicam de forma sucinta e rica ao mesmo tempo. 
E não são preconceituosos. Mencionam outros meios de comunicação sem pudor e redirecionam-nos para fora do site sempre que é preciso.

Já disse que tenho um vício novo? 

You're welcome.

 

 

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22
Out14

Descruza as pernas, Maria!

Maria das Palavras

Tenho a mania de estar sempre assim: de pernas cruzadas. Se me sento ponho automaticamente uma perna sobre a outra (sem a elegância ou grau de sedução de uma Sharon Stone) e é assim que me sinto bem. Próprio de uma donzela, dirão alguns. Próprio de alguém que quer ganhar varizes cedo, adivinham outros.

Não são poucas as vezes que fico com as pernas dormentes, pela má circulação de sangue que este meu gesto automático provoca. Normalmente espero que passe, rodo um bocadinho o pé da perna meio-que-morta e num bocadinho esqueço-me: levanto-me e volto a sentar-me na mesma posição.

 

Mas se acham que isto é mau só para a saúde, oiçam (que é como quem diz: leiam) este relato que já tem uns anitos:

 

Maria segue formosa e bem segura. Vai ter com a paixoneta da altura, mas já está um bocado farta de andar a reboque dele: para ele era aquilo e mais nada, para ela (e a partir de certo ponto) antes nada que aquilo. Portanto vai decidida a acabar com a brincadeira. Vão juntos até uma esplanada da moda, bem catita. Aí se dá a conversa. Ela explica que é a última vez que se encontram assim com aquele status de pseudo-coisos e que é mais ou menos um adeus - também não eram bons amigos antes e a probabilidade é que não ficassem bons amigos depois. A conversa desenrosca-se, ele não faz promessas que ela também já não quer ouvir. Fica tudo bem, mas é claro que já ninguém está ali a fazer nada, nem com vontade de permanecer e decidem dar a noite por terminada. Ele diz "eu pago". Ela replica "não, eu pago". E de um ímpeto se levanta...e quase cai. Tinha estado de pernas cruzadas e tinha uma das pernas tão dormente, tão morta, que por pouco não encontrou o chão com o nariz. Teve de se sentar outra vez num instante e assitir impávida a levar a cabo a sua intenção. Não chegou a ferir os joelhos, mas feriu o orgulho. Ele mal reparou, que também se estava a levantar para ser ele a pagar como tinha dito. E ela que tinha dito "não, eu é que pago" com a assertividade a que já o tinha acostumaso...estava ali presa à cadeira, sem se poder levantar. E serviu de lição? Não, claro que não. 

 

Adivinhem lá como tenho as pernas agora?
Descruza as pernas, Maria!

 

 

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21
Out14

Acusaram-me de presunção...e agora?

Maria das Palavras

a) Vou buscar uma sandes para dar de comer ao ego que ja é grandito e tem que se alimentar para sustentar o tamanho.
b) Choro desalmadamente enroscada num canto da sala.
c) Sigo com a minha vida.

De notar que se já tenho comentários menos simpáticos no blog (com cerca de 10 palavras seguidas, pontuação bem colocada e tudo), estou no bom caminho para ser famosa e cumprir o sonho de uma vida*. 


O que eu queria esclarecer era...eu nunca na minha vida afirmei ser humilde: nunquinha!

Para que fique até bem assente: tomo presunção todos os dias ao pequeno-almoço como parte de uma alimentação saudável (só água benta é que não). A modéstia fica-me tão mal como roupa muito clara. Serve-me a carapuça, pronto. Eu nesta coisa da vida sou como diz a marca de manteiga: se eu não gostar de mim, quem gostará?

 

Presunçosa, convencidona, sua gostosaaaaaaa. [digo eu para o espelho]


*Depois lembrem-me de criar mesmo uma petição para acabar com o flagelo dos comentadores incapazes de ler ironia. 

 

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21
Out14

Carta ao Tempo que Faz

Maria das Palavras

Caro tempo-que-faz, 

Começo por te fazer notar que te respeito: não te chamo S.Pedro, como outros. É ridículo que te tomem por entidade religiosa, quando és obviamente laico: bem reparo que às vezes chove nas procissões lá da terra - e ensopar as santas só pode ser piada de ateu.

 

Depois, ao contrário de talvez todos os outros seres no Universo, não quero reclamar contigo ou insultar-te. É que até te compreendo. Eu própria ando numa fase mais confusa da vida. Uma pessoa nem sempre se sente no seu melhor, nem sempre se sente capaz de seguir as regras, nem sempre se reconhece a si mesmo. É uma espécie de adolescência na vida madura, em que nada parece fazer sentido no que somos ou fazemos – muito menos sabemos para onde vamos e não há plano que nos valha. Juro que percebo.

 

E agora que mostrei que te compreendo, gostaria que me compreendesses também. Não é que a alternância irregular entre o frio e o calor, a chuva e a seca, me faça assim tanta diferença...
Mas hás-de entender que só tenho um armário para pôr a roupa toda que fui juntando ao longo dos anos . Que desde que juntei os trapinhos (literalmente) nem desse armário me posso servir por inteiro. Que as três gavetas bem negociadas  na cómoda não chegam para a roupa de todas as estações ao mesmo tempo. E nem me ponhas a falar de sandálias e sabrinas a conviver com botas no pouco espaço útil reservado ao calçado. É que assim, com estes teus novos hábitos (ou falta deles) não posso mandar roupa da estação passada para os cantos escondidos e inalcançáveis(ou para a casa da mamã). Por aqui também há crise – e é económica – as casas são pequenas e não consegui convencer ninguém que a cozinha devia ser substituída por um closet e jantávamos sempre fora.

Por isso queria pedir-te com muito jeitinho que resolvas de uma vez por todas essa tua indefinição...ou ME DIGAS ONDE É QUE ACHAS EU POSSO PÔR A PORRA DA ROUPA TODA.

Um beijinho,
Maria

 

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21
Out14

3 Tipos de Homens a Evitar*

Maria das Palavras

Podia falar dos ciumentos, dos playboys, dos agarrados às mães, dos preguiçosos, mas esses vocês já sabem de cor que devem evitar (e gostam deles na mesma), não é?

Eis o que posso acrescentar:

 

1. Os vaidosos
Estão no restaurante e ele não pára de te fitar. Até coras um pouquinho, embaraçada. Mas reparas que ele está com os olhos um pouco torcidos. Pensas avisá-lo do ligeiro estrabismo, mas primeiro olhas por trás de ti. Um espelho. Tens um espelho atrás de ti no restaurante. Ele não esta estrábico e também não te está a admirar, está a desviar os olhos de ti para o espelho para se namorar.

 

2. Os fanáticos por uma equipa

Faz likes no Facebook a homens em tronco nu. Vê programas sobre homens. Antes de duvidares acerca da sua orientação sexual reparas no ponto em comum entre todos os homens para os quais ele olha com um brilho na córnea: são jogadores ou ex-jogadores do Futebol Clube do Porto.

 

3. Os almofadeiros

Decidem ver um filme em casa. Enquanto ele prepara tudo vais à casa de banho. Esperas voltar para te aninhar no colo dele e começar a ver o filme. Excepto que não podes. Porque além de pôr o filme a dar ele rodeou-se de almofadas e construi uma fofa e larga muralha à volta dele onde tu não cabes. Olhas para ele (ou para o que sobra  visível dele por trás daquele algodão processado todo), de pé, e ele estranha  que não te sentes ao pé dele: "o que foi?".

 

*Qualquer semelhança entre estes tipos de homem e o meu namorado é pura coincidência.

 

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20
Out14

As memórias que avivam cheiros

Maria das Palavras

Dizem que os cheiros são capazes de avivar memórias de forma mais eficaz que qualquer outro sentido. É bem capaz de ser verdade e sou bem capaz de já ter experimentado isso. 

Mas gosto ainda mais do contrário: das memórias que avivam cheiros.


Naquele dia vieste almoçar comigo. Foi numa segunda feira - e sempre que penso nisto deixo de entender porque ninguém gosta de segundas-feiras. Lembro-me que me deste logo a mão (e eu nem sabia se já estávamos autorizados a fazer isso). Prendeste-me a mão e naquele bocadinho entre o carro e o restaurante fomos tentando encontrar como se entrelaçavam melhor os dedos e qual era o passo que servia aos dois. Meio desajeitados, meio seguros. A desajeitada era eu. O seguro eras tu.

Fomos ao Nepalês que sugeri - para grande estranheza do nosso amigo que me disse mais tarde que tu não eras de alinhar em sabores exóticos. Sei que gostaste genuinamente porque já lá voltamos uma mão dada de vezes (em vez de mão cheia). Ou talvez não gostes assim tanto do sabor e gostes mais da recordação também.

Conversámos muito e demorámos pouco - eu tinha minutos contados para voltar ao trabalho.
Deixaste-me na rua certa. Eu subi para o escritório meio a pairar nos degraus.
A mão que te dei manteve o teu cheiro. Lembro-me de tentar senti-lo a tarde toda e ao mesmo tempo não inspirar muito, para não o gastar. Coisas da paixão.

 

Ainda hoje o sei de cor. Lembro-me sempre dele quando me lembro deste primeiro almoço.

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