É só para avisar, a quem possa andar distraído com a Casa dos Degredos, que o mais emocionante episódio da saga d'O Conto Pingue-Pongue d'A São e d'A Madalena já está nas bancas!
Carteira com documentos. Porta-moedas. Chaves de casa. Chaves do carro. Telemóvel(éis). Tablet. Máquina fotográfica se os outros dois aparelhos não tiverem qualidade suficiente. Livro de bolso para as horas mortas (hahahaha). Bloco de notas e/ou agenda. Caneta. Óculos de sol e respetiva caixa (nem sempre juntos). Snack saudável (iogurte ou bochinhas integrais). Chocolatinho ou rebuçados para se nos der a falta de açucar. Garrafa de água. Lenços. Toalhitas húmidas (para casos difíceis). Batom do cieiro. Outros batons ou rímel, ou eyeliner ou verniz para retocar, consoante a fêmea. Frasquinho de perfume. Escova. Brincos, fios, anéis ou pulseiras que tirámos porque nos estavam a incomodar e deixamos estar na mala par ver se nos apetece novamente. Creme para as mãos secas. Comprimidos para casos de emergência. Tampões. Pensos para as bolhas nos pés. Écharpe ou casaquinho de malha para o frio que vem de surpresa. Chapéu de chuva pequeno para a chiva que vem de surpresa. A pega mais comprida da mala para quando não dá jeito agarrá-la (normalmente mantém-se lá. Saquinho de pano dobrado para as compras (sobretudo agora com os sacos a 10 cêntimos). A carteira, telemóvel, óculos de sol e chaves DELE. Se for mãe, adicionar tralha de sobrevivência e entretenimento para crianças. Moedas, pacotinhos de açucar Delta e papéis (faturas, cartas, rabiscos, post-its com lembretes) espalhados no fundo da mala.
Agora se puderem parar com o "mas o que é que tu tens para aí?" quando remexemos na mala à procura de alguma coisa, agradecia.
Eu sei que sou engraçadita. Tenho um discurso fluído e cómico e não gosto de me fazer de pateta, mas gosto de brincar e de sorrir e aligeirar a vida no geral.
Mas numa altura em que estou a tentar dar a volta à vida toda, em que ando preocupada comigo e com os meus, num esforço tremendo para não desiludir ninguém, depois de ter estado doente - e ele a levar por tabela nisto tudo, porque não tenho tempo ou sorrisos em determinadas alturas...quando lhe peço em jeito de brincadeira que me dê uma razão para gostar de mim ele responde: hummm...és divertida!
E eu sei que sou (às vezes) ou que era, mas é tão importante que ele o sinta. E é tão bom saber que apesar de tudo sou uma pessoa leve e com disponibilidade para dar uma gargalhada com ele.
São importantes os momentos em que espalhamos brilhantes de uma árvore de Natal vermelha na cara um do outro em pleno hipermercado, ou que me rio desalmadamente porque ele não quer que eu esteja descalça e me leva em cima dos pés dele como o meu pai fazia quando eu era pequena.
Que eu me lembre sempre de aproveitar os momentos bons da vida e centrar-me neles.
Preferiam que fossemos carecas? Não? Então calem-se ou podemos muito bem levar o nosso cabelo (agarradinho ao escalpe e todo o resto de nós) a passear por outras bandas. Inclusivamente sítios onde nos dizem "ah e tal, sim senhor".