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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

22
Nov14

Eu que adoro metáforas e futebol

Maria das Palavras

E o Ricardo Araújo Pereira e os comentadores de futebol carismáticos e o Luís Freitas Lobo (pronto, não adoro o Lobinho, mas tenho-lhe uma simpatia porque já o conheci pessoalmente e tem uns olhos azulinhos de respeitar)...deliciei-me com esta crónica da Visão.

(...)
Acompanho com muito interesse as experiências linguísticas do comentário desportivo, e deve registar-se que Freitas Lobo tem contribuído para a consolidação de todos os grandes lugares-comuns sintácticos. É, por exemplo, um ilustre cultor da nova moda que consiste em falar com o verbo no infinitivo. Dá gosto ouvi-lo declarar: "Em primeiro lugar, dizer que Minhoca fez um grande jogo pelo Paços de Ferreira", ou "Antes de mais nada, dedicar este comentário a quem ama verdadeiramente o futebol."

O problema é quando Freitas Lobo resolve ser original. A sua mais recente inovação poética consiste na aplicação da seguinte fórmula: "O [inserir nome de jogador] é um [inserir metáfora] em forma de jogador de futebol." Alguns exemplos célebres são "Ribery é uma carraça em forma de jogador de futebol", "Rooney é um pugilista em forma de jogador de futebol", "Matuidi é um alicate em forma de jogador de futebol" (...)

A minha preocupação aumentou quando vi o próprio Freitas Lobo confessar, na contracapa de um livro, que tinha como objectivo "descobrir Sheakespeare em Bobby Charlton". Nem o facto de Shakespeare estar mal escrito me sossegou: este homem queria mesmo estragar o futebol com alta cultura, e não seria uma gralha a redimi-lo. (...)

Ler mais: http://visao.sapo.pt/freitas-lobo-com-pele-de-freitas-cordeiro=f802030#ixzz3Ji8IurkE

 

 

Que saudades do meu favorito de todos os tempos: Jorge Perestrelo, e das suas expressões a relatar futebol - ripa na rapaqueca.

 

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21
Nov14

O amor está nos detalhes #7

Maria das Palavras

Este post está numa categoria amorosa embora também ficasse muito bem na categoria "Um dia mato este gajo" da Maçã de Eva.

Ontem comprámos mais algumas decorações de Natal e começámos a vestir a casa. 
Para evitar furar a porta da entrada (não julgo que o nosso senhorio tenha muito espírito natalício) comprei contrafeita apenas um enfeite para pendurar na maçaneta.
Não sei se já tinha mencionado que sou meio desligada de pormenores. Por exemplo, nem me lembrava que não tenho uma maçaneta redonda na porta, mas antes uma espécie de pega, onde não dá para simplesmente pendurar o enfeite.

Atei portanto o enfeite na pega da porta - queixando-me ao Moço da minha infelicidade e do nó mal feito que tinha deixado.
E segui para outro lado para pendurar uma árvorezinha prateada no espelho da casa-de-banho.

De facto, reparei que o Moço ficou por perto da porta da entrada. De facto, ouvi movimentações. E de facto, ele chamou-me a determinado momento. Mas eu estava entretida e só voltei à zona do crime uns minutos depois.

Para encontrar a porta toda desmontada! Pronto, a porta toda não. Mas a pega fora do sítio e ele com ferramentas na mão e no chão e...
Tinha desaparafusado a pega da porta para pendurar o enfeite! 
Note-se que o enfeite se pendura com um cordel e a minha solução (assim que voltasse lá) seria tão simples como cortar o cordel e fazer um nó enlaçando a árvore na maçaneta.

Lá fiquei a ajudá-lo, que estava agora atrapalhado para voltar a pôr pega da porta no sítio. Eu a bufar e ele a montar o bocado da porta que tinha tirado por causa de um estúpido de um enfeite de Natal (houvesse assim vontade para já ter arranjado outras coisas lá em casa).

E pronto, fiz o papel que me cabia: queixar-me entredentes da azelhice dele e do aparato que criou por causa de um enfeite.
Mas no fundo sei porque o fez: para me agradar. Para que tudo fosse exatamente como eu queria.

Portanto suponho que este texto está na categoria certa: o amor está em detalhes como este.
Eu sou uma mimada (mas isso já sabiam) e o enfeite está no sítio que eu queria. Portanto nem vou mencionar que ele conseguiu deixá-lo virado ao contrário.

 

Enfeite de Natal na Porta - Maria das Palavras

 

 

 

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21
Nov14

Não há almoços grátis

Maria das Palavras

Odeio esta expressão, por mais que seja verdadeira em 97.5% dos casos.
Paga-se um almoço a um parceiro para otimizar o acordo. 
Paga-se o almoço a um amigo para lhe pedir ou pagar um favor ou agradecer uma ajuda.
Paga-se o almoço à miúda em busca de tu-sabes-bem-o-quê.
Paga-se um almoço ao vizinho porque no outro dia ele nos pagou a nós.

 

Olho por olho, dentro por dente - filosofia execrável. 
Percebo a parte da troca em nome de um bem comum (respeito e uso, não minto). Mas não posso com a obrigatoriedade. A mesquinhez do ele-deu-por-isso-agora-é-a-tua-vez. O "não há almoços grátis" - adoro oferecer "almoços" sem esperar nada em troca e portanto também assumo que me façam bem sem olhar a recompensas.

Isto para dizer que hoje ia a subir as escadas do metro e uma senhora estava lá no cimo com um carrinho de bebé. Nem estava particularmente atrapalhada, mas o rapaz à minha frente prontificou-se para ajudá-la a trazer o carrinho para baixo. E eu pensei: este é dos outros 2.5%. [A não ser que depois tenha pedido à mulher para lhe carregar o passe.]

Escadas do Metro - Não há almoços grátis | Maria das Palavras

 

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20
Nov14

Tenho um Bicho da Madeira

Maria das Palavras

Literalmente.
Na primeira noite na Madeira acordámos todos mordidos. Melgas não vi (nem sei se as há por lá) mas teria sido um bicharoco qualquer. Um Bicho da Madeira.

Apesar de no avião para cá ter visto pela primeira vez os comissários e assistentes de bordo a dar com um spray na bagagem para não transportarmos para o continente insetos exóticos, estou em crer que nos deviam ter dado com o spray no lombo porque continuamos a ser sugados - pelo menos não acho que estas borbulhas sejam fruto de alergia aos rebuçados de funcho.

Uma destas noites ele foi tão mordido nos pés que eu achei que estava a ter um AVC e afinal estava só a coçar-se, aflito. Eu já nem sei se tenho borbulhas novas ou se são as mesmas, mas continuo com algumas representantes e comichões. 
De forma que já tentei revirar os lençóis, como a minha mãe fazia quando trazíamos uma pulga depois de corrermos pela ervas e amachucármos animais da quinta e tudo mais. Mas não vejo nada, não tenho competência para caaçdora de vampiros.

Assim sendo, tenho uma nova técnica: vou deixar que o Bicho da Madeira continue a sugar-nos até atingir proporções que me permitam vê-lo à vista desarmada (vai ter de crescer um bocadinho porque eu cada vez vejo pior). Depois pego nele e telefono ao senhorio e digo-lhe que tenho um "ocupa" lá em casa, enfim, um inquilino que não colabora na renda, e deixo-o tratar da expulsão.

Assunto resolvido.

 

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20
Nov14

Quando NÃO é amor...

Maria das Palavras

Assusta-me ver catraias e mulheres maduras (e também catraios e homens de barba feita) a partilhar este tipo de mensagens, porque o amor não é nada disto:

 

Quando NÃO É AMOR

 

Quando toleramos, em vez de respeitarmos as diferenças mútuas, não é amor.
Quando perdoamos incessantemente, depois de muitas lágrimas derramadas e um sofrimento que não passa, não é amor.
Quando mudamos, mais do que uma pessoa muda por estar a crescer em felicidade e aprender a amar o outro, não é amor.
Quando há sequer espaço para a palavra "insuportável", não é amor.

Não é amor ao outro: é uma obsessão pouco saudável em relação a alguém.

Mas mais grave ainda: é de uma falta de amor inaceitável a nós próprios.


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