Sou a blogger menos in do pedaço #32
Não gosto de bolo rei. Nem rainha, nem princípe, nem ninguém da realeza. Para Nobre, chega-me o fiambre.
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Não gosto de bolo rei. Nem rainha, nem princípe, nem ninguém da realeza. Para Nobre, chega-me o fiambre.
Toda eu tremia quando tinha de me dirigir ao Pingo Doce. Suores frios. Tiques nervosos. Encaminhava-me para a caixa como para o momento do juízo final. Teria sido boa o suficiente? Teria conseguido o equilíbrio perfeito entre não gastar mais do que devia, mas o suficiente para o Jerónimo ficar contente e me deixar pagar as minhas compras em paz, com o meu método favorito? E tremia, contando e recontando as compras, fazendo contas mentais, pensando se deveria acrescentar algo vital ao cesto (como um Snickers ou assim) para perfazer os vinte euros - o número da perfeição deixou de ser o três. Olhares fugidios à caixa Multibanco com uma cruz em cima do símbolo do dinheiro.
O ato corriqueiro de fazer compras tornou-se um pesadelo. A pressão, senhores, apertava-me o peito de cada vez que faltava detergente.
Foi um ano de terror e momentos vários de ansiedade. Mas felizmente, terminou.
Muito mais haveria a dizer sobre isto. Mas a excelsa comentadora na página do Sapo resumiu tudo em 3 palavras.
Um bem-haja, Maria. Foi o que pensámos todos - só não o conseguimos exprimir tão francamente.
[Página de Facebook Maria das Palavras. Like it.]
Vem o ouro, incenso e mirra, vai-se a magia da época natalícia. Adeus e até para o ano. Há quem diga que o Natal devia ser no pico do calor e não no Inverno. Eu digo que precisamos que seja assim para não sermos cinzentos nos dias todos, a dar com esta longa e fria estação.
Mas não se tenha o dia de hoje como apenas o final da época natalícia. Festejem-se os reis da nossa vida, que podem não trazer fortunas, pauzinhos para queimar ou ervas aromáticas, mas que nos dão sorrisos, amor (e, presentemente, no caso do meu moço, talvez o vírus da gripe).
A quem brindam (com este copo imaginário) no dia de hoje, enquanto desligam as luzes da árvore de Natal?
Não tenho papel de parede em nenhuma divisão casa.
Chegar antes também não é ser pontual.
A minha amiga mais linda de sempre (cara linda, cabelo sedoso, corpo de sonho...) não se ajeita em primeiros encontros. Ela, que é uma graça, carinhosa, inteligente, divertida...perde o jeito, atrapalha-se e engasga-se. Todo um acidente ferroviário logo nos primeiros minutos.
E ela é assim jeitosa como é...porque também há moças de semblante normal, que se acham horrorosas e escondem a sagacidade e tudo o que têm para dar atrás da vergonha, por acharem que são os poros fechados no nariz ou o peitinho arredondado que conferem a alguém o direito de ter orgulho e vaidade.
Depois há outras todas confiançudas que sem meio palmo de cara acham que podem tudo - e podem mesmo, que é na atitude que está o charme. Ou gente vulgarucha de espírito, com o carisma de um alho porro, que nestas alturas vai buscar o A-game e impressiona.
Fosse isto tudo mais justo e tínhamos todos metade da beleza no espelho da cómoda e a outra metade no espelho da alma.
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