Estão todos convidados para a inauguração de um projeto que eleva a minha pretensão a outro nível. Além de achar que escrevo relativamente bem [cof cof, essa pontuação é uma lástima, Maria] tenho a mania que sou boa a escolher presentes.
Já por mais de uma vez aconselhei sobre o assunto neste blog e a Framboesa deu-me [sem querer coitada, se soubesse não me tinha elogiado] o impulso final para o toque de saída.
É um tema que não cabe tão bem neste blog, que é mais sobre palavras e ironias da vida em geral – de sentido prático tem pouco, coitadinho. Por isso vai de proliferar blogs e criar um específico para este tema. Se a coisa correr mal há sempre um botão de "apagar blog".
No Consultório de Prendas vocês pedem-me sugestões quando não sabem o que oferecer a determinada pessoa em determinada ocasião e eu ajudo. "Ó Maria a minha enteada faz 20 anos, odeia-me e nem faço ideia o que o raça da miúda gosta que está sempre fechada no quarto a ouvir música em altos berros". E eu respondo no blog com uma ou mais sugestões: no caso seria claramente uns auscultadores para a miúda ouvir a música sem incomodar ninguém.
Debati-me seriamente com o nome porque aprendi recentemente que dizer “prendas” em vez de “presentes” não é bem. Mas depois escrevi como me soava melhor porque...o blog é meu!
Contratar a Banda Filarmónica Ressureição de Mira para a alvorada. Não há nada que diga "acorda e põe-te andar" como um trombone nas orelhas. Esta em particular, porque se eles conseguem ressucitar uma aldeia inteira (é o que diz o nome), também vos hão-de conseguir despertar de um sono simples.
Ir à Decathlon comprar um saco-cama. E passar a noite logo no sítio onde têm de estar no dia a seguir. Se for no trabalho, até podem pagar um café ao tipo que passa a vida a fumar do outro lado da estrada do edifício onde labutam para vos avisar quando a primeira pessoa entrar no prédio e só se levantam e põem à secretária nessa altura. Aconselhado que se deitem já com a roupinha do dia seguinte. Pijama opcional.
Adotar uma pantera (ou semelhante). Apadrinhem um animal selvagem do zoo e obtenham autorização para levar o bicho para casa nas vésperas de acordar cedo. Não alimentem o animal. A jaula onde a fera pernoita, estrategicamente posicionada no vosso quarto, do lado inverso à porta, deve ser programada para abrir automaticamente 10 segundos após o toque do despertador iniciar (peçam ajuda ao vosso engenheiro local). Na primeira manhã, talvez se deixem ficar a dormir, mas nunca mais se vão esquecer daquela vez em que adiaram o toque do despertador e por causa disso ficaram sem o braço esquerdo. Uma lição para a vida que nunca mais vos permitirá acordar ums egundo depois da hora - e talvez traga pesadelos horrorosos sobre amputação de brinde.
Agora, se já vos chega de parvoíce, com licença. Vou ali a Mira, falar com a filarmónica para saber o preço do serviço de despertador.