Quando o filme Her estreou no cinema fui ver com o Moço. Achei fascinante a forma como o protagonista ganhava a vida, naquela sociedade tão tecnológica e desprovida de calor humano: escrevia cartas de amor por encomenda.
Fiquei entusiasmada com a ideia: que sonho seria fazer disto profissão, pensei. Foi nessa altura que abri a página de Facebook Palavras & Cartas, que nasceu antes deste blog - e depois ficou ligada a ele. É por isto que o Facebook deste blog não se chama Maria das Palavras e sim Palavras & Cartas (depois já tinha demasiados seguidores para mudar o nome, quando o quis fazer).
Bem...contava eu que me entusiasmei de tal forma ao ver o filme que achei que queria e podia fazer aquilo: escrever cartas de amor. Mesmo para os outros. Mesmo que não fossem só de amor, mas também de saudade, de amizade, de agradecimento...tudo personalizado, como ele fazia no filme. Criei a página, dei-lhe algum conteúdo, mas não passou disso mesmo, um hobbie por umas semanas (absolutamente secreto, nem o Moço sabia disto - está a descobrir agora).
E caramba, não é que este serviço existe mesmo? Chama-se Biografias por Encomenda e conta as histórias de quem as queira registar ou oferecer. E escrevem cartas de amor personalizadas, como eu queria fazer. À falta de me quererem contratar, porque têm o meu emprego de sonho, pedi-lhes para, nesta aproximação ao Dia dos Namorados, oferecerem uma carta de amor a um dos meus leitores (só penso em vocês, pá!).
O passatempo vai sair no Consultório de Prendas muito (MUITO) em breve - acho que lá faz mais sentido, mas eu comunicarei aqui, não se preocupem. Vão já aguçando a vossa veia menos romântica (não esperavam um passatempo tradicional tipo random.org aqui da Maria das Palavras, pois não?).
Gosto pouco de partilhar vídeos no blog como conteúdo principal de um post, porque apesar de ser um canal multimédia, também não gosto de ter de abrir vídeos noutros blogs (não dá tanto jeito, perde-se mais tempo, sei lá, se calhar é psicológico). Mas quando eu achar que vale mesmo a pena vou partilhar vídeos, sem dó de vocês, identificando com a tag #videomaria. Assim quem, como eu, não gosta muito de abrir os videos, nem precisa abrir o post: vê o título e foge a sete dedos (em vez de pés).
Este vídeo acho importante partilhar porque nos mostra como todas nós, mulheres, já fomos o espelho do ideal da sociedade. E portanto, que esse conceito é tão relativo, como a quantidade ideal de caramelo num sundae. Para mim, ideal, é sempre com extra. Duas vezes.
[A melodia é esta para aí a partir dos 00:45. Eu como blogger do contra que sou, até acho que esta gente só faz o seu trabalho e bem. Mas achei que havia uma falha de expressão em quem se irrita com eles. Esta ode é para vós. Não usem a violência. Cantem para eles.]
Fui fazer uma massagem no fim-de-semana. Quando cheguei, o massagista disse uma coisa muito estranha: pediu-me para deixar as meias. Não percebi, mas obedeci, feliz - porque morro de cócegas nos pés e a experiência de ele me tocar nos pés poderia ser traumatizante para ambos se eu desatasse aos pontapés com um ataque de riso. Descobri mais tarde: foi o Moço que lhe disse para não massajar os pés que eu tinha muitas cócegas.