[Para a A., para a Mafalda, para a Xana, para quem já quase não acredita.]
É uma infelicidade que o amor não chegue como queremos. E que, tantas vezes, não chegue em quem queremos. É uma infelicidade que nos tolda a esperança, o otimismo meio fingido que exibimos em sorrisos. É uma infelicidade que nos faz sonhar a cada esquina e desanimar a cada golpe de realidade.
Porque um dia é aquela a pessoa. É aquele o momento. E nós não fizemos nada de diferente, nem somos outro ser que não o que sempre fomos. Mas vamos deixar de ter dúvidas e passar a ter certezas.
O homem certo no momento certo não engana: quer saber, rir, chorar, estar e ficar conosco - uma coisa de cada vez e, às vezes, tudo ao mesmo tempo. E não nos deixa duvidar por um momento - um só - que é ele.
Entretanto não fechem o vosso coração. Vão precisar de o ter preparado para esse dia. Confiam em mim?
Este artigo do Mic.com deixou-me a pensar. Eu também sou uma moça sem papas na língua - educada mas de resposta sempre pronta. Mas às vezes, o sexismo, o racismo, a discriminação em geral surgem quase sem nos apercebermos. Há expressões, perguntas, temas que não pomos sequer em causa que se pronunciem ou dirijam a uma fatia de pessoas em particular. Estas senhoras souberam identificá-lo (ao preconceito velado e aceite pela sociedade) e responderam prontamente. Só classe. Talvez com exceção da porca-da-Scarlett (desculpem não consigo dizer o nome dela em acrescentar a-porca-da) que tem sempre aquele ar de ordinária mesmo quando fala muito a sério e responde bem. Sim, é inveja.
É esta a pergunta que fazem à Hillary, depois de ela discutir como as mulheres são mais vítimas de julgamento consoante a sua aparência. Ela não deixa passar em branco o paradoxo.
Como é que a Jennifer Garner equilibra a vida familiar com o trabalho? Pois, parece que ela não é a única que trabalha e tem família. Palmas para a Jen, a minha eterna Vingadora. E já agora um abraço apertado para o gostoso do Ben.
Perguntas sobre dietas à vencedora de um Óscar Anne Hathaway? Tudo bem. Toma lá que já almoçaste.
Ao ator que encarna Tony Stark em Avengers, perguntam como ele se preparou psicologicamente para o papel. à porca-da-Scarlett perguntam se ela fez alguma dieta especial para encarnar a Black Widow. Querem ver a magnífica resposta?
Juro que não entendo, passados 5 anos da sua implementação, a resistência de algumas pessoas ao acordo ortográfico. Vamos lá ver, entendo a resistência na utilização - também não foi assim que eu aprendi a escrever e não sei todas as regras do novo acordo. No entanto, não desejo que cresçam verrugas a quem usa o novo acordo ortográfico - como muito boa gente.
Facto nº1: a língua está em constante transformação. Primeiro, a língua portuguesa sempre esteve em evolução. Também nunca escrevi Pharmácia assim com PH e o meu avó nunca me chamou nomes por isso (e no tempo dele era assim). Pode ser verdade que nem sempre se evolui para melhor, mas ao menos esta é uma daquelas "coisas dos tempos modernos" que não nos tira saúde nem dinheiro. Agradeçam aos céus.
Facto nº2: ninguém morreu. Calma, calma, a língua portuguesa continua - vocês também mudam coisas na vossa vida e faz-vos bem não faz? Está tudo bem. Faz parte do ciclo da vida e não têm que sofrer assim tanto, como se vos tivessem arrancado um bocado de pulmão. Há pessoas que parecem autênticas meninas apegadas ao ex-namorado com isto da nova grafia. Ai o acordo antigo é que era tudo de bom. Eu com este nem sei lidar. Mas depois vai-se a ver o que escrevem e erram em palavras que são exatamente iguais ao que eram antes. Sabem o que estou a diser, não sabem?
Facto nº3: sempre houve palavras ambíguas. As pessoas pegam muito com o facto que agora é fato, e sei lá se estou a falar de uma verdade ou se do que hei-de vestir. Como é que distinguem? Já sei. Da mesma maneira que distinguem tantos outros milhares de palavras ambíguas que já existiam no dicionário português. Quando eu digo mora, estou a falar da localidade, dos juros de mora ou do verbo sinónimo dehabitar? Vamos lá por aquela coisinha...ai, como é que chama?..Contexto! Ou se eu disser que, de fato, estou cansada, vocês pensam que eu estou cansada enquanto visto um fato?... (facto não altera necessariamente, na verdade: pode ter dupla grafia - escrever-se com ou sem "c". Confiram aqui qualquer dúvida. Eu estou sempre a aprender e ainda agora reparei, ou recordei, que deixamos de usar hífen no hás de)
Facto nº4: há legislação mais grave para contestar.
Passamos todos a escrever opiniões indignadas (com ou sem acordo ortográfico) para fazer finca-pé em questões mais graves, como o facto de não ter sido aprovada a coadopção por casais homossexuais ou outras. Eu percebo...perder letras numa palavra, ou tracinhos, ou escrever estações do ano com minúsculas, é uma grande dor de cabeça e reaprender palavras é desgastante, mas se calhar crianças sem um lar é maçada pior...não?
Pronto, já estou mais aliviada. Já sei que ainda vos dói muito, ainda por cima porque no Brasil eles mudaram menos palavras que nós e os tugas odeiam ficar por baixo (mas de vez em quando é bom ficar noutras posições, para variar, sim?). Que sim, senhor, houve algumas vantagens em termos económicos e culturais, mas houve ainda mais interesses comerciais e políticos por trás. Aí tenho novidades: é o dinheiro que faz mover o mundo. Não, não é o amor. O amor é o que faz o mundo parar. No melhor sentido possível.
Disclaimer: Este artigo não tem origem científica, vegetal ou nuclear. É uma opinião da-boca-para-fora de alguém que nem sabe todas as regras do novo AO mas tende a adaptar-se a ele ao invés de espernear, ou mais que isso, ofender as pessoas e entidades que já o implementaram.