Sou a blogger menos in do pedaço #55
Nunca fiz férias na neve. No máximo fiz bonecos em "tufos" de neve suja na Serra da Estrela.
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Nunca fiz férias na neve. No máximo fiz bonecos em "tufos" de neve suja na Serra da Estrela.
"Era um sábado triste, tão triste como qualquer sábado que não seja feliz. Foi assim que ela o explicou e tinha razão. Os sábados nunca são dias assim assim. Só têm duas hipóteses: ou são felizes ou são tristes. Depois sorriu, mas foi um sorriso triste. Concluí que os sorrisos, pelo menos os dela, eram como os sábados."
Do meu favorito, Bagaço Amarelo, no seu Não compreendo as mulheres.
Estou com medo de ir buscar a roupa de Verão que está guardada e estar tudo feito numa passa enrugada.
Mas o João era tudo o que ela conhecia. Já lhe conhecia os humores, os hábitos, as ronhas, as manias. Sabia as piadas de sempre de cor. Não só ela: a família dela. Adoravam o João e o seu charme descontraído. Também sabiam de cor as piadas dele, mas não se poupavam a rir de todas as vezes que ele as repetia. O que a irritava verem-nos a rir-se uma e outra vez da mesma frase batida.
Acabar com ele estava fora de questão. Continuar com ele também.
Assim terminei a primeira parte deste conto que é publicado mensalmente no blog d'Arrumadinha. Corram para ler a continuação - já nas bancas!
Uma mensagem a todas as pessoas que só falam comigo quando querem alguma coisa, mas não conseguem ir diretas ao assunto: saibam que assim me incomodam (potencialmente) de duas maneiras: enquanto fazem a conversa preparatória da chacha e depois com o pedido (que era afinal o objetivo).
De maneiras que vos peço que vão descaradamente diretos ao assunto, cortando nos irrelevantes: está-tudo-bens, e a vidinha, como estás e (o tão certo como nunca acontecer) "temos de marcar um café".
Ganharão o meu respeito, por pouparem o meu tempo - e o vosso. É que ao favor até sou capaz de aceder, mas enquanto estão ali no gira-gira com as palavras de fingida simpatia (como se de facto vos interessasse se tenho uma dor ou quando nos voltaremos a ver) a minha imaginação fértil visualiza uma mão virtual que entra no ecrã do meu lado e sai do vosso e vos arranca das goelas aquilo que estão a tentar dizer.
Portanto vou afixar uns sinais.
A gerência agradece.
Estou eu a comprar bilhete na maquineta do metro (num daqueles dias em que o metro não está em greve) e chega-se uma pessoa com ar chupadinho da droga ao pé de mim:
- Tem uma moedinha?
Eu, impassível nestas coisas (a não ser que possa dar comida):
- Não.
Nesse preciso momento caem as moedas todas do troco do bilhete acabado de pagar como se tivesse ganho um jackpot: TLIM TLIM TLIM TLIM TLIM.
Obrigada karma.
Não dei em doida (não mais do que o costume).
Estou só entusiasmadíssima a trautear a música dos X-Files.
Diz que os Ficheiros Secretos vão voltar e com eles todo um pedaço da minha infância.
Lembro-me de obrigar o meu pai a ficar a ver comigo cada episódio para não ter medo (para depois ter de lidar com o episódio sozinha enquanto ele ressonava ao meu lado no sofá, tornando tudo mais assustador com aquele troar).
Desejava secretamente ser como a Scully, mesmo quando ela teve um OVNI na barriga. E admirava o Mulder ao ponto de não conseguir levá-lo a sério em Californication (o que não é problemático, porque ele também não se levava a sério).
Os X-Files vão voltar e nem me importo que os atores estejam encarquilhados e a qualidade da série seja reduzida a um décimo. Sei, aliás, que jamais corresponderá à série do meu imaginário infantil.
Mas, caramba, cantem comigo:
Tu ru ru ru ru ruuuuuuuuuu.
Eu: Então, vamos dormir?
Ele: Sim.
Clic.
Ele: És linda.
Eu: Não pude deixar de notar que disseste isso só depois de apagar a luz.
A pessoa que inventou os vestidos com fecho nas costas contava certamente nunca ter de despir um sozinha.
Quem nunca passou o dia a pensar que tinha de dar os parabéns à pessoa X que faz anos. Só que nunca o chega a fazer.
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