De como é penoso ficar em casa com o sol a bater nas pedras da calçada e não poderes sair te faz querer bater com a cabeça numa?
De teres de acordar de madrugada para estar nas aulas a horas indecentes e te esforçares para segurar os olhos com palitos imaginários?
Dos calhamaços que se carregam para levares nos braços a matéria toda e da vontade de acender um bico do fogão e queimar as páginas uma por uma?
Da vontade que de repente nos dá de limpar a casa, organizar os copos por altura e ver um documentário sobre o ciclo de vida da traça dos tapetes marroquinos?
De nos desconcentrarmos com as coisas mais básicas: como o som da nossa respiração ou de uma mosca que voa na divisão ao lado?
Não deixem de partilhar também as vossas (piores) recordações dos tempos de estudante - ou vivências presentes, se for o caso.
[O Sapo reuniu algumas das mentiras mais contadas e já me fartei de rir. Desde o nível little white lie ao nível político, contem-me lá uma mentirinha vossa.]
A doutora disse que eu devia usar óculos para descansar a vista: a ver TV, ao computador, enquanto conduzo...Agora os bichos chegaram cá a casa.
O problema é que eu não me consigo levar a sério com eles. Assim que os ponho encarno a personagem e dá-me para fazer beicinhos e poses e sacudir o cabelo, num cruzamento de naughtyteacher com bibliotecária nerd despenteada. Estão a "ver" o problema? Não posso usar óculos ao pé de ninguém...
Mais alguém aqui tem o síndrome do óculo-ordinário?
A inseminação artificial é muito cara e um processo frio de conceção - desprovido de amor no ato de conceber, entenda-se assim. Daí que, segundo esta notícia do nosso caro CM duas meninas se lembraram de inventar um vibrador que pode ser pai. E isto não é mentira (podem ver que a notícia no CM já foi publicada há uns dias).
Tudo muito bonito: o Semenette (quem cruza sémen com uma baionete do Big Show SIC) dá para engravidar sem te deslocares ao médico e no meio de um ato de louca paixão.
Só que estou a ver aqui uma falha no processo. E confesso que fui ver o próprio site da maquineta e procurei outras notícias para ver se me satisfaziam a curiosidade, mas não achei resposta. Tinha esperança que me pudessem ajudar. Diz, a determinada altura, a notícia do CM:
Segundo o site do produto, as clientes procuram o sémen, inserem-no no brinquedo e dão início à fertilização.
E onde é que elas vão buscar p sémen??!!! Procuram onde? Num banco de jardim? Na secção dos frescos do hipermercado? Na farmácia junto aos batons do cieiro?
É que, desculpem-me lá a ignorância, mas a mim parece-me que mais depressa o homem se voluntaria para depositar o esperma diretamente na senhora (e pode na mesma ser durante o ato de amor das duas mães, aposto que não se importa) do que ser abordado para encher o depósito ao Semenette.
[Já de seguida, os níveis mais moderados de badalhoquice do blog serão restaurados, com um post sobre traças. Ou não.]