Sou a blogger menos in do pedaço #62
Não sou contra o acordo ortográfico. Outra vez fora da corrente Maria-Salmão.
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Não sou contra o acordo ortográfico. Outra vez fora da corrente Maria-Salmão.
"Gostavas que te levasse o pequeno-almoço à cama?"
Quando é que me levas o pequeno-almoço à cama?
Será que bateram ao miúdo porque ele não usou o novo acordo ortográfico?
Vou comentar o vídeo do momento, sobre as duas miúdas que batem no rapaz, só porque vejo muito boa gente no Facebook a atirar rapidamente um "a culpa é dos pais".
Queria dizer que, sim, somos produtos do meio em que fomos criados, mas há muita coisa que contribui para a nossa formação e gosto de acreditar que há algo de nosso na forma como bebemos e vivemos o mundo. Isto sem querer entrar em teorias psicológicas e sociológicas de geração de personalidade, onde há correntes para todos os gostos.
Mas uma coisa é certa: já conheci pessoas, com quem inclusivamente andei na escola, filhos de gente malcriada e violenta, outros literalmente criados entre as vacas. E não tinham o mau génio destas catraias (e dos que os acompanham). E já conheci gente de berço de prata (ouro é demais para mim) que são filhos da mãe do pior. E conheço irmãos, filhos dos mesmos pais e da mesma educação em que um é mais que decente e o outro uma besta.
Com isto não quero excluir que a culpa seja dos pais. Não quero dizer que não possa haver ali muita educação em falta. Mas já agora, só por brincadeira, vamos por a hipótese que até pode não ter nada a ver. Que a maldade também pode ser inata ou aprendida noutros circuitos - já que as crianças não crescem em bolhas.
[Nota adicional: Aquele vídeo é deveras estranho, só a mim é que parece que o garoto estava a alinhar numa espécie de brincadeira para a câmara? Pelo menos de início?]
Em como os mesmos 99% da população vão continuar sem usar o Acordo Ortográfico (e bater com a mão no peito jurando para nunca)?
Tenho uma capacidade invejável de sonhar. A dormir, não acordada, que o mundo não gira movido a ilusões.
Numa noite só, sou capaz de: escalar os Himalaias com o meu pai, fugir de uma multidão enraivecida de vampiros romenos com cenas daquelas em que estamos a correr e as pernas parece que travam, estar numa despedida de solteira com amigas onde o stripper - atrevido - beija a futura noiva (na boca!) e eu fico chocada a pensar se aquilo é aceitável e eu é que sou uma puritana, ver o nascimento do bebé de uma amiga após lhe rebentarem as águas no adro da igreja da minha terra (não me perguntem o que ela estava lá a fazer). Isto foi só hoje e é o pouco que me lembro.
Às vezes gostava de fazer aquilo que alguns psicólogos sugerem: uma espécie de "diário de sonhos", onde anoto logo ao acordar as aventuras e desventuras que ainda estão frescas na memória. Depois penso que se alguém lesse aquilo me ia internar e travo o impulso. Isso e porque me dá a preguiça de manhã. Sobretudo a coisa da preguiça.
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