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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

06
Jul15

A tradição já não é o que era

Maria das Palavras

A tradição já não é o que era - Maria das Palavras  | Imagem Touro Pixabai Free Images

 

Sou totalmente contra a crueldade animal. Embora não seja uma ativista dos direitos dos animais e até ache que ainda temos muitas causas (des)humanas para gritar antes de pensar em manifestações anti-tourada ou gatos a subirem paus ao toque de fogo, causa-me náuseas saber que tais práticas existam na sociedade sob a fachada da tradição (também era "tradição" que as mulheres não votassem).


Mas há tradições com um cariz mais subtil e que não aleijam tanto (pelo menos põem o animal em condições de igualdade) e que não me chocam. É o caso das "vacadas" - não sei se é este o termo que usam em todo o lado, mas é o termo que usam pela minha zona. É uma espécie de tourada, versão light (não faz mal à saúde). Basicamente lançam umas vacas ou uns touros mais tenros para a arena improvisada e durante algum tempo as pessoas são convidadas a fazer frente ao bicho (nada mais que uma pega, não há objetos afiados envolvidos, até os cornos dos bichos são protegidos). 

Assisti a parcos minutos de uma dessas vacadas abertas ao público este fim-de-semana. Basicamente uma mão cheia de catraios pseudo-corajosos entram e saem da arena a correr assim que o animal se vira para eles. E muito de quando em vez acontece que conseguem mesmo agarrar o animal. A ideia é agarrar e largar - só provarem que são homenzinhos e estão cheios de testosterona para a seguir poderem pagar um gelado à miúda mais gira da aldeia com o peito feito.
Vi mais catraios no chão do que a conseguirem mostrar alguma valentia frente ao animal. Mas houve um momento em que caiu a proteção de um dos cornos do touro e o tipo mais experiente foi organizar a pega. Lá agarrou o touro para ajeitar a fatiota-de-corno, com a ajuda de alguns dos badamecos que para lá andavam a tentar a sorte.

E de facto a tradição já não é o que era. A vacada ficou suspensa durante vários minutos. Porquê? Porque todos quiseram, à vez, tirar selfies com o touro...Graças a Deus ele não se irritou. Ou teriam conhecido o verdadeiro selfie stick.

 

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02
Jul15

Acabei de dar uma de MacGyver

Maria das Palavras

Fiquei trancada numa casa de banho e não tinha como pedir ajuda (pois tinha uma porta trancada para além daquela onde estava...além disso sou demasiado orgulhosa para ceder logo ao berro SOS). Esperteza saloia, não é?Push Up Bra Tezenis
O problema na porta não era o trinco, mas a parte que roda com a maçaneta que não saia do buraco na totalidade (sintam-se à vontade para me corrigir os fabulosos termos técnicos).

Precisava portanto de algo como um cartão que fizesse deslizar o bocadinho que faltava, mas não tinha nada comigo. Nem telemóvel, nem carteira, nem nada. Olhei em volta. Ainda pisquei o olho ao suporte de piaçaba, mas também não servia. Tirei um chinelo do pé, mas a sola, embora fina, não cabia entre a porta e a ombreira. Tinha de ter algo fino, mas resistente e maldisse o facto de não ter daquelas unhas de gel que parecem amêijoas.

 

Olhei para mim abaixo...e se...tirei o soutien por baixo do meu top largo e enfiei a zona da armação naquele espaço exíguo. Rodei mais uma vez a maçaneta, continuei a forçar a peça de roupa interior e...voilá

 

Saí aliviada e a sentir-me uma verdadeira heroína solucionadora. Uma espécie de MacGyver com mamas. 


Com o relato deste episódio, deixo o meu agradecimento à Tezenis, por me ter safo com o seu último modelito. Estão à vontade para me compensar por ter dado um novo sentido à função push up.
 

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02
Jul15

Os homens não se apaixonam. Ponto.

Maria das Palavras

Pixabay - Heart bleeding

 

Não fui eu que disse, foi o Rui - um estimado comentador do meu post sobre casamentos

Assim, sem me preparar, sem me pedir para sentar, sem saber se eu tinha um familiar a quem pudesse ligar caso me sentisse mal e tivesse de ser hospitalizada. Escreve ele:

 

"Os homens não se apaixonam."

 

Felizmente, eu sei que isso é mentira. Não é porque tenho um homem fantástico que mo garante (e ele é péssimo a mentir, cato-o em dois tempos e meio, não chega a três). É porque ele mo demonstra de tantas maneiras possíveis e impossíveis, mesmo sem querer, sem se aperceber, sem fazer por isso.

 

Não quer dizer que toda a gente se apaixone. Que se encontre no momento certo com a pessoa certa. Penso que toda a gente tenha essa capacidade, mas também não posso jurar. Não será, no entanto, coisa que se segmente em género, idade ou credo.

O Rui ainda não se apaixonou, isso é certo. E eu desejo-lhe fervorosamente essa sorte.

 

 


Alguém aqui concorda com o Rui? O que é para vocês uma prova de amor, se não o são as palavras, que de facto são parcas? 
E se fosse verdade, porque é que os homens se continuariam a meter em relações? Só pelo sexo ocasional? Companheirismo a certo ponto?

Update: Parece que confundi amor e paixão e era só desta última que o Rui falava. Também acho que são coisas diferentes, mas acredito que se complementam. Acho que pode haver paixão sem amor, mas não pode haver amor sem paixão - ou não deve, mesmo que apenas em algumas fases da relação. E aí não acho que seja exlusivo feminino de qualquer forma, muito embora sejamos mais dramáticas nos sentimentos (tem dias). 

 

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01
Jul15

Top-Maria

Maria das Palavras

 

E um ano depois, é altura de balanço. De reler posts que marcaram o blog, ou os leitores, ou a mim. Esta é a lista do 15 posts do ano, um mix dos mais lidos, com os mais "favoritados" ou comentados, sem nenhuma ordem especial e à minha vontade. Vocês chamam a isto uma seca de post - eu chamo-lhe uma delícia. Já leram todos?

 

 

Top Blog Maria das Palavras - Imagem Pixabay Public Domain

 

 

  1. Sou a blogger menos IN do pedaço #3
  2. 5 mensagens de texto que enlouquecem um homem 
  3. Mulheres 
  4. Declaração de amor
  5. O amor está nos detalhes #17
  6. A ordinária da vizinhança 
  7. Pedras para que te quero 
  8. 7 coisas que elas sabem fazer, mas vos deixam pensar que não 
  9. A Prova dos Nove: Cocó na Fralda 
  10. Carta de uma candidata a Sra.Reinalda 
  11. Como o Moço me Conquistou: a História 
  12. 15 Perguntas a Fazer à Metade da Laranja antes de Dar o Nó 
  13. Ele não gosta de ler, coitadinho 
  14. Atirei o pau ao gato
  15. Dois dedos de conversa #13

 

 

 

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01
Jul15

Um ano de Palavras

Maria das Palavras

Foi em Julho de 2014 que nasceu a Maria das Palavras. Uma maria-que-não-vai-com as-outras, a blogger menos in do pedaço. Um espaço de reflexão, explosão, tolice e desabafo, criado numa altura em que a vida se torcia e as letras me queriam escorregar dos dedos (digo sempre assim, porque é verdade). Uma montra de bocadinhos dos meus dias, de bocadinhos da(s) minha(s) pessoa(s), um ar da minha graça. Ironia, pragmatismo, humor, amor, realidade e ficção, rubricas organizadas e textos soltos. O blog não obedece a um conceito desenhado por uma agência digital, obedece à minha vontade - e tem fases, como eu as tenho. 

Esperava dois ou dez leitores fiéis. Como tinha tido em tempos, num outro blog, numa outra vida. Não milhares de visitantes, às vezes no mesmo dia.
Não esperava escrever quase-sem-querer mais de 800 textos e ver quase 8000 comentários. Publicar todos os dias, sem falhar, num exercício estóico e de prazer. 


E se é verdade que o faço por mim, também é em verdade que vos digo: isto sem vocês não era a mesma coisa.  

Obrigada - Maria das Palavras

 

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01
Jul15

O casamento é outra coisa

Maria das Palavras

Pixabay Public Domain Photo: Wedding

 

Nunca tive o sonho de casar. Sim, ser casada esteve sempre no meu imaginário de um futuro "bem sucedido", mas isso não tinha nada a ver com papéis ou festas, apenas com ter alguém disposto a prometer-se a ti por toda uma vida e vice-versa - qualquer coisa que começasse com um beijo tímido e acabasse com dois velhotes companheiros à frente da lareira com gatos ao colo. Mas aqui não falo do casamento-relação, falo do casamento-evento. Os ingleses distinguem com duas palavras (wedding ou marriage) e Deus-os-abençoe por isso.

Quando me questionavam sobre o assunto, dizia só que queria ser pedida em casamento, casar era irrelevante. Ou então que preferia saltar logo da despedida de solteira para a lua-de-mel - torrar o dinheiro que custa a cerimónia numa bela viagem era algo para me dar muito mais prazer.


E não é que eu tenha mudado de ideias, mas de repente tive uma epifania sobre o que de facto interessa no casamento [que é a festa e não o estado conjugal]. Não interessa tanto o dia em si, como o facto de ele ser um culminar de um processo a dois. Não interessa tanto que esteja lá a tia-avó que já não viam há dez anos como o facto dos noivos terem tomado essa decisão em conjunto. Não interessa tanto que estejam dez convidados sentados na mesa "Malibu", como terem-se sentado meses antes, copo de vinho na mão, a acertar o tema do casamento. Não interessa que as damas de horror vistam amarelo canário, a dar com a decoração da igreja, ou que os guardanapos tenham forma de cisne, que o bolo seja de chocolate, que a música de entrada da noiva fosse o She entoada por um cantor lírico ou os brindes que ninguém usa sejam charutos cubanos, alfinetes de peito com a foto dos noivos e saquinhos de gomas para os petizes. Nada disso interessa tanto como o processo que fez com que nesse dia de celebração tudo acontecesse exatamente dessa maneira. As decisões difíceis, as horas de planeamento, as discussões por cima dos lírios frescos que ocupam a banheira na véspera...O dia do casamento é o dia mais importante da vida dos noivos porque é o concretizar do seu primeiro grande projeto a dois., com tudo o que isso envolve.


O casamento é outra coisa. São todos os dias antes do dia.


E se esse dia for um sucesso...então porque não será o casamento, enquanto relação? (pensará a cabecinha apaixonada dos noivos)
É por isso que é tão importante. 
....
É por isso que é tão importante?

 

 

 

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