Primeiro o Moço meio que me obrigou (a custo da minha honra e da dele) a ir ao ginásio. Depois a minha irmã inscreve-se num ginásio e afinal não estará na capital para o frequentar, mas já tem duas mensalidades pagas e mais outras com que está comprometida - e a simpática da senhora da receção diz que pode ser outra pessoa a cumprir o "contrato". Estão a ver o que vai acontecer, não estão? Há quanto tempo acham que eles têm isto tudo pensado? O Moço, a minha irmã e a senhora da receção do ginásio?
*Homenagem à minha irmã que durante muitos anos achou que se dizia conclôt e não complô.
Está escuro, tenho frio, preguiça de me fazer um chá e nenhuma lareira para acender. É só o vidro, da janela que tenho à frente, que me separa do temporal que mora na rua. Tenho mil coisas para fazer e o que me apetece é escrever. Sobre nada ou coisas pequenas. Escrever isto. Dizer-vos que estou a beber água de uma caneca porque os copos me aborrecem e tenho mesmo de me habituar a beber mais água se não quero ficar com o Grand Canyon nos rins. O Moço trabalhou durante a noite e tenho saudades dele, mas agora não posso fazer nada quanto a isso. Tenho dado por mim sempre a querer ler o livro que pensei que ia ler a seguir e não apreciar o que estou a ler agora, já vos tinha dito? Tenho de corrigir isso. Acho que faço o mesmo na vida. Estou a pensar no almoço de amanhã, mas não tomei o pequeno-almoço hoje. Nem sempre tomo - é um hábito antigo. Quando tomo, com tempo, compenso os outros todos e quero bacon e croissants e torradas de três tipos de pão. Não gosto de pequenos-almoços apressados, acho que é isso. Estou a balbuciar, não é? Eu calo-me. Apetece-me maçar-vos. Querer fazer alguma coisa de útil é que 'tá de chuva...