Tenho colocado uns poucos anúncios e vendido umas poucas coisas. Sem grande esforço já juntei uns trocos. Criei algumas regras: nada que se venda a menos de 5€ vale o esforço/tempo da entrega. Os livros saem como pãezinhos quentes - não tenho pudor em livrar-me dos que não gostei de ler (mas já estou a ver algumas pessoas de mão no peito e boca aberta porque me desfaço de algum tipo de livro, nem que seja a lista telefónica).
No outro dia tinha acertado a venda de um par de sapatos a uma dona Esperança e a senhora manda-me uma mensagem a dizer que não tinha ainda conseguido fazer a transferência porque tinha tido um acidente. Estava a escrever-lhe já de volta que não fazia mal nenhum e a desejar que estivesse tudo bem.
O Moço, a olhar de esguelha, faz a piada (des)necessária: diz-lhe que não tenha problemas com acidentes, não sabe que a Esperança é sempre a última a morrer?
Desta vez é que é. Tenho mesmo de beber mais que um púcaro de água por dia. Oito copos ou 1,5l, no mínimo. Já tinha experimentado uma aplicação para me lembrar e não resultou. Mas penso que não estava mesmo decidida - e desta vez estou.
Por isso, esta manhã, pus uma garrafa de litro e meio ao pé de mim. ... ...
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São cinco da tarde. Acabei de a abrir. Dois tragos já foram.
No Sábado, depois da visita à Ericeira, fomos ao LX Factory. Estava pejado de turistas e Lisboetas, mesmo sob a chuva insistente dessa tarde. Não passava lá desde que eu e o Moço fizemos um workshop da Nestlé no adorável espaço-cozinha Kiss the Cook. Nunca tinha visitado com olhos de ver. É claramente um "bairro" com a mania que é alternativo e portanto é IN. Muito hipster-coiso-rock-chic, com um travo de pseudo-intelectual e uma onda de I don't care, but really I do, que equilibra o moderno e o rústico, o cuidado com o descuidado. Não consigo rotular, já perceberam? Porque é um espaço cheio de personalidade. Por isso, por hoje, deixo que as imagens falem por mim e vos digam o quanto gostei e quero voltar. E esta é só a primeira parte (são gritinhos de excitação, que oiço?).
Não, o meu blog não foi invadido por um hacker chinês. Isto é fruto do dicionário muito próprio do Moço. Se bem que nunca antes o tinha ouvido dizer isto...e quando ouvi...enfim...eu conto.
Íamos os dois no carro e liguei à minha irmã para lhe dar um recado. O moço pergunta se estou a falar com ela e eu confirmo que sim.
Do lado de lá, a minha mãe pede para ela lhe passar o telefone para me dar uma palavrinha e começo a conversar com ela.
Estou já a despedir-me quando o Moço grita ao meu ouvido (para o telefone):
- XAU, BAZUNZA!!
A ideia era meter-se com a minha irmã, mas...
- Moço, é a minha mãe!
Big oops. Ela levou na brincadeira,claro. Ele vai pensar duas vezes antes de me voltar a gritar para dentro de uma chamada.