Comecei ontem e acabo hoje. Vejam lá mais fotos do meu passeio (finalmente!) à Estufa Fria em Lisboa - dizem que é um espaço que reúne centenas de espécies botânicas oriundas de todo o mundo, e um dos espaços mais visitados de Lisboa, mas eu nunca tinha lá colocado os chispes. Não passei lá uma tarde inteira, só uma hora e picos - mas atente-se que levava a minha avó e ela também tem muitos vasos de plantas em casa pelo que valorizou q.b. (estou a brincar).
A verdadeira razão pela qual não pude estar muitas várias horas dentro da Estufa Fria: o senhor dos gelados estava cá fora.
A culpada foi a Isa. Fez-me notar que não é aceitável uma pessoa morar em Lisboa há uma porrada de anos sem ter visitado a Estufa Fria. Para compensar fui eu, finalmente, e levei a família. Não era só a Estufa Fria que eu não conhecia, aparentemente, era toda aquela ala à esquerda do Parque Eduardo XVII onde há bancos de jardim, parques infantis e senhores a vender gelados. Tirei muitas fotos e de facto só elas falam pela beleza do sítio. Deixem-se convencer.
A caminho, aprecia-se a vista já bem conhecida da nossa Lisboa.
A entrada normal custa 3,10€ e estudantes, crianças, reformados pagam 1,5€.
Mas que bela foto, Maria...
As estrelícias adoradas da minha mãe.
Há uma estufa fria e uma estufa quente. E eu já não faço ideia qual é qual...
Para verem que há mesmo plantas de todo o mundo. Até do outro lado do mundo.
Começo a achar que devia ter apontado o nome das plantas que fotografei para vos dizer...
Não, não são os meus pézinhos, que eu estava do lado de cá da lente.
Em tempos, fui a Londres, e trouxe ao Moço duas figurinhas de Game of Thrones de uma loja muito catita para nerds que há nas cavalariças do Camden Market. Ele adorou e ao mesmo tempo chorou. É que aquilo vem em embalagens fechadas, a personagem que calha é surpresa e calhou-lhe um irmão da night's watch e um selvagem, mas nenhum dos bonequitos era o Jon Snow. Não percebo por que raio o Jon Snow dos olhos de peixe pescado ontem é a personagem favorita do Moço em particular e da humanidade em geral. No entanto, vivo para fazer o Moço feliz. Portanto encontrei a figura da personagem no eBay e mandei vir o gaiato de preto há uns tempos, mas ainda não lho tinha mostrado. Esta semana, como ia estar uns dias fora, deixei-lha na prateleira, ao pé dos outros, para que reparasse nela. Uma surpresa e uma micro-companhia inanimada.
E perguntam vocês: mas, Maria, se gostas assim tão pouco da personagem, porque é que arranjaste um, mesmo que pequenino, para a estante da tua sala? E eu respondo. É que na série e nos livros manda o George R.R. Martin. Já na minha casa, quem dita o desfecho da personagem sou eu.
Publiquei ontem esta frase que li num livro com técnicas para reparar corações partidos - é o que faz ter de esperar muito tempo para ser atendida nos CTT. E eu que não tenho trejeito nenhum de feminista (gosto é da igualdade que respeita as diferenças) vi-me a concordar com ela sem pensar muito. Logo depois de me ter rido, claro.
Atenção ao contexto do livro, que é sobre separações amorosas. A frase não quer dizer que a humanidade não precisa de testosterona ou que os homens são uns inúteis (mitos puros que derivam de episódios e espécimes que não servem de exemplo). Não quer sequer dizer - pelo menos da forma que eu a leio - que ficamos tão bem sozinhas, para quê procurar o amor de um homem? Significa apenas que não precisamos que esse amor nos complete. Temos de ser inteiras, por nós. E temos de se inteiras para nos dividirmos. Desta forma o amor é uma escolha e não uma necessidade. O que o torna infinitamente mais valioso.
Uma pessoa podia pensar que assistir a outra peça que é em parte pensada para um público infantil não seria apetecível para dois adultos (um deles de barba e tudo). Mas quando perguntei ao Moço se queria ir ver mais uma peça da Byfurcação, desta feita o Peter Pan, ele respondeu: andamos há dois meses a cantar o Hey, Somos Ratos da Cinderela...achas mesmo que não quero?
É fácil (é tão fácil) gostar destas peças da Byfurcação. Tudo acontece: tudo é cor e luz e movimento e cantorias (de que outra forma manteriam dezenas de crianças atentas e encantadas?) e ao mesmo tempo tem o carisma, o texto, as interpretações, as tiradas (improvisadas?) que tornam qualquer peça uma delícia também para os adultos. E vocês dizem-me: ah e tal, dizes isso porque te convidaram a ir ver e não podes falar mal. É falso. Que me convidaram é verdade, mas eu podia declinar amavelmente e oferecer-vos bilhetes promovendo assim a peça sem ir lá. Só que é verdade como as minhas unhas dos pés não pararem de crescer que nos últimos meses fui a três peças diferentes de outras companhias, peças exclusivamente "para adultos" e quase adormeci em cada uma delas. Das peças da Byfurcação saio sempre com um sorriso tolo de felicidade e nunca por um segundo me aborreço. Penso muitas vezes: meu Deus, como eles se devem divertir a fazer isto!
Este Peter Pan é uma estória ordenada ao sabor da brincadeira, com uma cronologia e um desfecho muito próprios. Igual ao que as crianças querem sentir e não à velha cassete da Disney que eu conhecia. Mas não faltou nadapara ter a mesma magia. Vimo-nos num Sábado de manhã de manta nos joelhos a assistir aos desenhos animados. Só que estavamos no Villaret.
Vão, porque eu digo. Vão fazer as delícias dos vossos pequenos e sejam também crianças outra vez. Como o Peter Pan. Vejam as informações sobre a peça abaixo e sobre outras peças também (vem aí o Princpezinho!) na página de Facebook da Byfurcação (e, se ainda não o fizeram, participem no passatempo que vai a dar um leitor sortudo um bilhete duplo para esta peça).
PETER PAN NO VILLARET | De 14 Maio a 25 Junho, todos os sábados às 11h00 (excepto dias 4 e 18 de Junho). Informações e reservas: reservas@byfurcacao.pt ou 93 810 96 44