A Byfurcação descreveu Romeu & Julieta da forma certa, pensei eu, quando recebi o convite para a ante-estreia. Nunca achei que fosse a história de amor mais bonita. Na verdade, costumo descrevê-la assim:
Eram dois adolescentes parvos que ficaram cheios de pica quando se conheceram numa espécie de baile de finalistas com máscaras porque não tinham a conseguido dinheiro suficiente para a viagem a Lloret del Mar. Quando perceberam que os pais (que eram maus vizinhos) se odiavam e proibiam a relação, ainda mais se empenharam naquilo dando-lhe trejeitos de tragédia épica, porque o que os adolescentes mais gostam na vida é de contrariar os pais (e fazer drama). Depois houve falhas de comunicação no plano que era suposto juntá-los, porque na altura não havia Whatsapp, e a coisa deu para o torto. Morreram. Mais dois adolescentes finados por parvoíce e desta vez não foi nas ondas da Costa. Fim.
Mas, como disse, a Byfurcação descreveu-a como a história de amor mais amada. O que, para mim de forma incompreensível, visto que corre mal de todas as maneiras possíveis, é verdade. Agora, em vésperas de estreia começaram a lançar mensagens cruzadas sobre a a peça na versão deles (que é sempre diferente do cliché) e eu estou deveras intrigada:
Eles são ela e ela é ele?! Vou pegar no Moço (mais ou menos, ele é que vai pegar em mim, salvo seja), e vamos em direção ao micro-clima de Sintra (roupinha quente, calçado confortável, como manda o convite) para ver este Romeu & Julieta e quem sabe...comer um pastel.
O Porto não me é estranho. Já o visitei muitas vezes e ele tratou-me sempre bem - mostrou-me coisas bonitas, gentes simpáticas de sotaque mais ou menos carregado e encheu-me muito bem o bandulho. Em Setembro, vamos para norte novamente e na descida queremos ficar uma noite no Porto, e re-visitar sítios onde já fomos felizes. O Moço até tem esperança que o jogo desse fim de semana no Dragão seja na noite que possivelmente lá estaremos (eu também não me importo de ir ver o Porto a...perder!).
Por falar em perder...ando um pouco perdida à procura de (potencial) alojamento. Para já tenho estas opções, por favor assinalem uma!
a) Hotel Porto Antigo (uma encantadora casa senhorial em Cinfães, sobre uma baía no Douro, com uma esplanada flutuante, vejam)
b) MyStay Porto Bolhão ( para um estúdio bem decorado no centro, a 300 mt do famoso mercado e 200 mt do Coliseu, vejam)
c) Outro bonito e barato que vocês me vão sugerir...?
Quando recebi o email do Clube do Autor esfreguei os olhos. Sabem? De punhos enrolados, um encostado a cada olho e *esfrega, esfrega*. Não sabia e não estava a acreditar: os livros mencionados na série existem mesmo? Foi o mesmo que me perguntaram as pessoas que viram os posts que fiz no Instagram e Facebook quando os recebi.
Quem acompanha(va) a série Castle no AXN sabe bem do que estou a falar. Richard Castle é um escritor engraçado e gabarolas que consegue autorização para seguir o dia a dia de uma detetive da polícia para recolher informação para a sua nova série de livros. A série de livros que a personagem Castle escreve é: esta! Inacreditável.
Claro que quis logo os livros. Já tive oportunidade de ler: são policiais com um toque muito suave de erotismo e que escorregam muito bem. E se são fãs da série (ou de policiais) também não vão querer perder. Três coisas a destacar depois da leitura:
Não consigo parar de imaginar as personagens iguais às da série. Não é suposto. A personagem da série escreve a personagem do livro. Mas o ambiente está tão bem descrito, as personalidades tão bem vincadas e inspiradas nas da série (como é suposto, afinal Castle procurava inspiração) que não consegui evitar. Até a comentar a leitura com o Moço nalgumas partes estava sempre a dizer "a Kate" em vez de "a Nikki".
A minha faceta de pragmatismo fez-me estar até ao fim à procura do nome do autor dos livros. Claro que não é a personagem apesar de ser isso que torna esta coleção única (talvez haja outros casos similares, mas não conheço). Até os agradecimentos, a dedicatória...a máscara nunca cai, o que é ao mesmo tempo delicioso e intrigante.
Esta não fui só eu a destacar, o Moço também: temos um desregulamento de temperatura, certo? Já repararam no nome dos três livros. Quente e Calor. Só promessas? Leiam vocês mesmos e fiquem a saber.