É baixo e magrinho de tez amarelada. Veio morar conosco há menos de um ano. Foi de mãos dadas com a minha irmã e nunca mais regressou, embora ela jure que o deixou sossegado num banquinho com ordens para não se levantar. Desapareceu há mais de dois meses, sem me ter dado tempo para o conhecer melhor, e ainda ninguém na CMTV pegou nesta tragédia. Por favor, divulguem. Afonso, se me lês: gostamos muito de ti e queremos-te conosco.
Não sou daquelas apaixonadas por música. Não coloco banda sonora para quase nada do que faço, dou-me bem com o silêncio. Usava a música por companhia nas viagens de Expresso, mas a verdade é que me conseguia isolar sem elas. Gosto de desafinar cantar no carro, é verdade. Praticamente não oiço rádio - só por efeito colateral do Moço. Entre isso, não ver TV e abrir poucos vídeos que me passem à frente no Facebook, quase só gosto de música muito antiga e versões delas, ali na vizinhança do Ray e do Frank. Depois, de vez em quando, num contexto qualquer (um filme, um momento, um anúncio) há uma música nova que me provoca uma sensação. Quase sempre por causa da letra mais do que da música. A letra, que eu sou das palavras.
*E se eu vos disser que este post estava escrito e agendado antes da polémica entrega do Nobel de ontem? Coincidências do diabo. Não quer dizer que seja bem entregue, continuo chocada e dividida, mas mais que isso encantada com a polémica que põe as letras ao centro. E com a minha capacidade de adivinhação, parece-me, ao escrever um post tão em voga hoje....há dois dias.