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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

27
Out16

O flagelo dos filhos na escola (na perspetiva de quem não os tem)

Maria das Palavras

Estou assustadíssima. Lembrem-se os mais desatentos que não tenho filhos, mas muitos amigos à volta já os têm - alguns já em idade escolar ou pré-escolar. Uma amiga minha partilhou no Facebook a guitarra artesanal que fez para a filha. A GUITARRA, senhoras e senhores. Isto são coisas que me encolhem o útero, confesso. Deixem-me partilhar convosco alguns flagelos de ter filhos pequenos que frequentam escolinhas com que me vou deparando e que me assustam mais que beber azeite coalhado diretamente da garrafa. 

 

1. Manualidades em casa

Coisas que eu faço bem em casa, à mão: nem lavar a roupa. Nunca achei graça a fazer colagenzinhas, recortezinhos e construções. Não quero ter cola nos dedos, não quero construir caixinhas e guitarrinhas de cartão. Teria de fazer muito esforço físico e mental para ficar uma coisa decente e prefiro brincar a outra coisa, pode ser? E NÃO QUERO sentir que tenho de me esforçar porque os paizinhos dedicados vão chegar lá com autênticos retratos renascentistas quando o TPC for levar de casa um desenho da família feito com os pais. 

 

2. Ai que pedra bonita.

Tenho na cabeça uma pedra (não literalmente, tipo tumor, só que me lembro) pintada que dei ao meu pai num Dia do Pai, precisamente. Eu sei que se faz o que é possível com crianças pequenas para tornar estas ocasiões especiais e as educadoras ou professoras primárias também não têm de ser artistas, nem têm dinheiro para certas coisas. Mas que porra, então parem de tentar ser uma secção de papelaria do IKEA a fazer pisa-papéis e calendários rabiscados. Ou bonecos com rolos de papel. Prefiro que ensinem as crianças a esquecerem-se de celebrar o dia da mãe (ou que lhes ensinem que o carinho é que deve ser a coisa especial) do que criar-lhes o hábito de oferecerem lixo e coisas recicladas. São esse tipo de crianças que depois tentam criar empresas que vendem colares feitos com cápsulas Nespresso usadas, minha gente!

 

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3. Trabalhos para onde?

Trabalhos para casa? Deixa cá ver quando é que achava aceitável fazer trabalhos de casa...Hummm...Ah, já sei, quando era eu que andava na escola. Portanto já andei uma vez na escola (check!), já fiz os TPC todos que tinha de fazer (check!). Então podíamos fazer um acordo que era: mandavam TPC para as crianças em quantidade e qualidade moderada de forma a que sejam coisas para as quais não precisam da ajuda dos pais, nem lhes tomam muito tempo. Ou então, nem mandam (oh Deus, ajuda a que esta medida vá para a frente antes de eu ter filhos) e essas coisas fazem-se na escola onde até já passam uma boa quantidade de horas. Pode ser? 

 

4. Cada menino traz um lanchinho para partilhar.

Lembro-me logo das séries americanas com as mães bullies pseudo-perfeitas. Aposto que por cá também há. A divisão entre as mães que compram croquetes do Pingo Doce e chegam lá todas transpiradas e despenteadas, a bufar, porque mesmo conseguir comprá-los foi um feito, e as que fazem Muffins de Noz de Macadâmia e Mirtilo caseirinhos, ainda quentes, até usaram o forno da instituição de freirinhas cegas onde são voluntárias para os cozinhar a baixa temperatura enquanto remendavam meias e só se atrasaram um minutinho porque estavam a acabar a manicure. E já disse que os mirtilos eram da sua pequena hortinha biológica? Claro que vou ser do primeiro tipo. E se é verdade que a opinião dos outros me rala pouco, talvez não me apeteça envergonhar os piolhos (e os pais dos piolhos).

 

5. Por falar em piolhos...

As escolas estão cheias de coisas pegajosas não é? É que às tantas é melhor trazerem o tal suporte de chaves feito com caixas de Chocapic no dia do Pai que um nariz cheio de ranho de bactéria alheia. 

 

 

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Pronto, já desabafei, no meu tom nada exagerado e bastante conhecedor. Estou mais aliviada. Pode ser que até chegar lá ganhe mais virtudes e consiga lidar com estas coisas. Mas em relação à tal guitarra artesanal ficam já a saber que se me calhar em sorte ter de fazer um instrumento musical para a cria levar para a escola, mando a criança virar um iogurte e chamar-lhe tambor. Pode não ser a criança mais prendada a nível de artes manuais. Mas será a mais criativa e visionária. Não? Desenrascada, então? Vá, esqueçam.

 

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27
Out16

Isto não tem nada a ver com o Natal #5

Maria das Palavras

Estou a dizer, só aleatoriamente  e de forma totalmente desprendida da época natalícia que se aproxima (e onde é costume trocarem-se prendas), que estou a ler e a adorar este livro do Afonso Cruz (leiam a sinopse clicando na capa) e que é autor para me dar vontade de devorar tudo o que já escreveu. Escreveu e ilustrou - que o livro é uma combinação magistral das duas coisas (letra e imagem, às vezes letra a formar imagens). Agora quem ler este post que faça o que quiser com esta informação. A minha intenção era mesmo só partilhar isto...

 

Por exemplo, não ia pôr-me a pedir os outros livros dele, nomeadamente os que deixo aqui abaixo. Seria ridículo, até porque já tenho o primeiro, apesar de o ter perdido sem o ler. E depois, no geral, porque não gosto de estar a pedir coisas. Já para não dizer que ainda faltam  umas oito semanas para o Natal...Seria ri-dí-cu-lo. Nem me ia pôr a falar disto como dica à socapa só porque hoje a partir das 20h e até Sàbado a FNAC estará com descontos de 30% para aderentes...e ficaria mais em conta comprar já livros que eu não teria intenção nenhuma de trocar. Mas digo isto de forma desinteressada, como vos diria que tenho uma nódoa na blusa, sem esperar que me ofereçam outra (contudo, lá está, deixo ao critério de quem ler).

 

 

 

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