Atire a primeira pedra #51
Quem nunca fez um resumo que ficou maior que o texto original.
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Quem nunca fez um resumo que ficou maior que o texto original.
O Moço apereceu-me em casa com a embalagem de Línguas de Veado azul que dizia "Receita Tradicional"
Eu disse logo que não me pareciam muito boas, estavam pálidas e era demasiado crocantes para serem as originais.
E mantive a minha opinião ate acabar o pacote.
Olh'áli eu com a minha orelha gigante a tirar uma fotografia! Pois é, fiz um workshop de fotografia noturna através da Odisseias com o formador Adalberto Santos, da escola Luz do Deserto. A ideia era aprender a tirar fotos com pouca luz porque, se de dia me safo já com umas funções manuais, à noite ou recorria ao automático ou ficava sempre com as fotos a) desfocadas b) escuras c) cheias de grão ou d) todas as anteriores e mais alguns defeitos. Não quero profissionalizar-me, nem sequer ser fotógrafa amadora, só quero mesmo divertir-me e publicar umas fotos no blog - e isso envolve não ficar frustrada por tirar más fotos à noite.
Cheguei lá e fiquei muito intimidada. O voucher diz que se pode fazer o workshop até com uma câmara de telemóvel, o que não deixa de ser verdade, mas convém mesmo ter uma máquina e - atenção - tripé. Pelo menos para a fotografia noturna em que se tem de fazer exposições longas é essencial não mover a câmara nenhum milímetro e eu, mesmo sem Parkinson, não sou capaz. Dizia eu que cheguei e fiquei intimidada. Todos tinham o que me pareciam maquinões (com várias lentes e a minha só tem uma mesmo) e só uma pessoa do grupo não tinha tripé (eu tinha o do Moço, para partilharmos). Olhei para a minha máquina mixuruca e pensei: devo escondê-la e dizer que me esqueci dela? Afinal não havia nada a temer. Não era um workshop pretensioso. O formador até elogiou a minha maquininha porque tinha não-sei-quê-de-não-sei-quantos e disse que não era preciso gastar muito dinheiro (vulgo, comprar maquinões) para tirar grandes fotos, porque uma grande parte da fotografia é interpretação.
Saí com dicas muito preciosas, daquelas que não vêm nos manuais. Em teoria eu sabia o que precisava fazer para tirar fotos à noite: abertura de diafragma com valor maior (abrir os olhos) e velocidade de obturação menor (mais tempo a captar), mas na prática faltava-me aplicar bem essas regras. A causa, fiquei a saber, é que devia começar por fixar o ISO (num valor baixo) e depois a partir daí ajustar os restantes valores. Também não estava a dar a devida importância ao balanço de brancos e ao tipo e quantidade de luz a que estava a expor a lente. E se isto for tudo chinês para vós (mas gostam de fotografia) sugiro que comecem por este workshop para terem as noções básicas da coisa. Muitas máquinas permitem mexer nestas definições, no modo manual, e vocês vão ser pessoas menos frustradas com algumas fotos que tiram nas instâncias mais banais se elas ficarem mais bonitinhas. Vão a uma festa de aniversário com toda a gente a tirar fotos e experimentem ser os únicos que conseguem uma decente. Pumbas. Grande sensação. Que o Moço costuma ter, não eu.
Quando fui fazer o workshop a ideia era deixar de usar o modo automático da máquina também nas fotos à noite, mas mais por brio, porque eu estava convencidíssima, que o modo automático faria tão bem como uma boa foto no manual. Errado. Sua burra. Vejam, para finalizar - que o discurso que já vai longo, - as duas fotos seguintes e espantem-se (ou não, que a burra era eu). A primeira tirada no modo automático. A segunda (quase bem) tirada (mas ainda podia fazer melhor) no modo manual. Uau, que diferença na cor (e em tudo), certo?
Para vocês ou para oferecerem a experiência a algum amigo que goste de fotografia procurem os vários vouchers Odisseias de workshops de fotografia aqui. Este foi o que eu fiz. Prometo que vale a pena. Pelo menos obriga-vos a focarem-se na máquina que têm e nas suas funcionalidades e treina-vos para a aproveitarem melhor.
Estava tão cansada que nem me apetecia fazer nada. Ele disse para eu não me preocupar que faria o jantar. Hesitei, normalmente isso é função minha porque outras são dele (prefiro cozinhar do que arrumar a cozinha no fim, por exemplo), mas aceitei a borla.
Quando passado uma meia hora chego à cozinha encontro-o a grelhar hambúrgueres numa frigideira, virando-os com uma colher de chá.
Se eu gosto de andar de mãos dadas com ele? Quer dizer...sim.
Só que ele gosta muito de me dar a mão, mas age como se andasse sozinho, seguindo o seu caminho ao meio do passeio sem preocupações. Portanto eu vou a cair para estrada, a tentar desviar-me do caixote do lixo ou contra um poste, enquanto ele despreocupado continua comigo pela mão. É prova de amor e prova de sobrevivência, tudo ao mesmo tempo.
Se eu gosto de andar de mãos dadas com ele? Quer dizer...sim. Mas sinto-me nos Jogos Sem Fronteiras.
Só mergulho com uma mão a tapar o nariz e de olhos fechados.
Para motivar uma amiga minha à procura de novos hobbies e para me motivar a mim mesma a deixar de ser aquele naco de carne pespegado ao sofá ou cadeira, consoante a hora do dia, propus que fossemos experimentar uma aula que parecia fofa, até assim mais para o bailarico do que para a ginástica. Chama-se Dance Local. Combinámos logo uma sequência lógica que ia repôr o equilíbrio do nosso organismo nesse dia: aula primeiro, pizza lá em casa depois.
O que foi? As gatas também comem pizza!
Quando chegámos não tínhamos bem noção do que era a aula em si. Dance local. Felizmente, depressa percebemos que a professora também não "Então é assim, eu no ano passado dava localizada. Depois pediram para fazer este ano Dance Local e eu achei que era tipo cardio, mas juntar algumas coreografias tipo zumba". Posso dizer que comecei a aula sem saber bem o que era, mas quando acabei também não tinha a certeza.
Sei que isto eram as expetativas:
Mas a realidade esteve mais perto disto:
E quando ela colocou Gagnam Style ou mencionou que estava a tentar arranjar a dança das Poderosas (que reconheci pelo movimento que as gaiatas fazem a acompanhar a palavra "babando") soube que a minha vida futura talvez não passasse por ali.
E o pior? A minha amiga é daquelas que "às vezes anda em ginásios". Ou seja inscreve-se, vai uns meses cheia de genica e depois deixa de ir e continua só a pagar. A esta fatia de gente chama-se "maioria da população". Portanto eu esperava que ela tivesse um pouco mais de noção da coisa para me amparar. Percebi que não ia ser assim quando ela declarou que não tencionava ficar suada. Ou, mais tarde quando anunciou: "espero que isto corra bem, tu sempre estás mais habituada a este tipo de coisas do que eu!". Que coisas?! Os únicos exercícios que pratico com regularidade são estes. Uh-oh.
Confesso que devia ter desconfiado que ela não ia ser grande ajuda. Esta é a minha amiga que dizia que a sua aula favorita era o cycling porque não custa nada (apesar de se cansar sempre a subir as escadas do meu prédio). Ou seja, adepta da filosofia mariana do menor esforço.
Sei que apesar da descoordenação geral, foi uma hora bastante dura (coreografia, saltinhos, mais saltinhos, passadas para um lado e para o outro, braços a-dar-a-dar com pesos nas mãos) e a aula acabou precisamente um segundo antes de eu falecer. Agora a minha amiga quer experimentar o zumba e eu acedi a ir a isso de seguida (um dia destes, pode ser que ela se esqueça). Afinal, como se costuma dizer: "humilhada por cem, humilhada por mil".
Maria vai ao Ginásio I - As reclamações da "primeira vez"
Maria vai ao Ginásio II - Quando vocês me lixaram
Maria vai ao Ginásio III - A aula de cycling
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Vamos voltar a falar de mamas no blog? Simbora que já é um clássico. É que antes os famosos tinham a mania que queriam ter blogs (check), agora querem ter vídeos. Em cima o print do canal da Rita Pereira (se clicarem podem ver o vídeo inteiro) em que basicamente ela passa quase dois minutos a falar de como não tem um olá personalizado para os seus vídeos. E porque é que este vídeo teve mais sucesso que os outros? Porque ali à beira do primeiro minuto ela sugere um olá-com-mamas. Sim,bem sei que também o fui ver.
Estão à vontade para dissertar acerca da intenção do momento (ela fez de propósito para tornar o vídeo do Olá um fenómeno viral entre os homens...e as mulheres?).
Mas o que me deu mesmo prazer, mais que conhecer as Ritinhas, foi ler os comentários - que já se estava mesmo a ver de que tipo seriam. Até chegarmos àquele que me fez largar a rir:
Claro que é de uma mulher, apesar de muitas delas também terem tido dificuldade em despregar olhos do primeiro minuto, aos homens é mesmo fsicamente impossível escrever outra coisa no seguimento da visualização que não seja "MAMAS" com um bocadinho de baba a escorrer do canto do lábio.
Mas acho deveras engraçado este fenómeno do fã incondicional que defende...o conteúdo do vídeo! Que ainda por cima é plágio daquele "senhor do olá" que costumava estar no Saldanha. O vídeo é a Rita - perdão, a Hyndia - a experimentar cumprimentos de pessoas, junto a recortes de outras pessoas a fazer o mesmo. Mas "há pessoas tão estúpidas e tão fracas de mente (...) que nem sequer querem saber do conteúdo do vídeo.". Nem querem aprender com a Ritinha ou inspirar-se no que ela tem para dizer. Não vêm que não é um clip, é quase um documentário sobre a origem das espécies e a forma de socialização da humanidade.
O caro comentador deste blog (aí mesmo em baixo) ainda me chamou a atenção para o conselho da comentadora acima para a Rita que deve seguir de "cabeça erguida". Será para acompanhar o movimento de muitos dos seguidores deste post? Fica a questão.
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Aquele momento em que vês as filmagens de um concerto de música filarmónica em que todo o público estás sentado e sossegado e apenas se destacam duas figurinhas a dançar energicamente nas cadeiras. Eu e o meu sobrinho de 2 anos.
Não se aplica se continuarem a deixar crescer cabelo dos lados. Não, nem se o pentearem para cima.
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