Como sabem bolachas, bolos e pão para além do pequeno-almoço estão excluídos destes 66 dias. Ontem à noite tive um crise de "apetece-me bolo". Nem queria ouvir falar de iogurte e queijinhos e cházinho com marinheiras. Queria substância. Queria muita farinha neste corpinho. Cheguei a considerar que um bolo feito em casa não é porcaria, porque só tem coisas naturais, mas depois lembrei-me do açúcar. O Moço perguntou se queria um bolo de aveia (mas leva banana e eu ODEIO banana). A conversa acabou assim:
Ele: Se tens fome, tens de comer qualquer coisa. Que queres que te vá buscar? Eu: Nada. Vamos para cama depressa. Quero dormir para amanhã comer pão com manteiga ao pequeno-almoço.
Tenho um problema. É preciso assumir. Sou uma solucionadora compulsiva. Os problemas não me derrotam, mas esgotam-me, porque não descanso enquanto não definir, puser em prática e fechar a solução. E não há nada que me coma mais a cabeça que as situações que eu não posso controlar: quando não sou eu que tenho de definir, quando não depende de mim que seja posto em prática, quando preciso de terceiros com vontade de fechar. Tira-me o apetite, mata-me a vontade de trabalhar ou divertir ou fazer qualquer coisa que não seja revirar os olhos e respirar fundo na esperança do desfecho. E, claro, escrever sobre isso.
Primeiro passou a fazer suspense e de cada vez que me ligam tenho de esperar dez segundos para que o ecrã me mostre de quem é a chamada. Agora deixou de ler o cartão SD mas não sem antes fazer um número circense de ligar o ecrã de 30 em 30 segundos com uma mensagem de erro de configuração (que nunca durava mais de um milissegundo para eu não a conseguir perceber) e me esvaía a bateria numa questão de horas. Está praticamente a soro. Ligado às máquinas. E eu sem vontade nenhuma de o trocar. Ainda por cima tirei-lhe a capa, como quem rasga a camisa a um doente para ele respirar melhor, e lembrei-me que é branquinho e bonito. Creio que me está a pedir a eutanásia (eu sou pouco in, mas o telemóvel acompanha as tendências), mas eu estou em negação, a ser egoísta e não me quero despedir.
Num momento de loucura, como uma mulher traidora, fui ver outros. Mas nem estou com vontade de escolher, tal é a pouca vontade de fazer a troca (ou o investimento). Não quero iPhones que nao sou de iCoisas e não tenho iFundos para isso. Algum conselho para bom desempenho com preço aceitável? Conhecem os modelos ou marcas abaixo (que não são das upa upa)? Alguém tem, alguém recomenda?