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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

10
Dez17

O estranho caso do filme que começava às 21h30 e começou às 21h30.

Maria das Palavras

Multimeios de Espinho | Imagem CM Espinho

 

Nasci numa aldeia nas redondezas de Leiria. Não muito longe do centro, só o suficiente para depender do meu pai ou do autocarro para lá chegar. De forma que sempre tive em mente um micro-objetivo, uma coisa fútil, pequena, mas simbólica: morar a distância a pé de um cinema . Coisa que aconteceu assim que me mudei para Lisboa e tinha dois à disposição: o Fonte Nova* e o Colombo (ia ao cinema pelo menos duas vezes por mês).

 

Quando me mudei para Espinho fiz o mesmo. Além de querer saber se tinha a uma distância aceitável uma Brasserie de L'Entrecôte (tenho, na Foz do Porto - e é o meu restaurante favorito) quis saber se tinha um cinema na cidade. E tinha. Um filme por semana, mas chegou para me apaziguar. É aquele tipo de "sinais" que às vezes procuro, mesmo que não acredite em nada que nenhuma força maior que eu. 


Quantas vezes fui ao restaurante na Foz? Nenhuma. 

Quantas vezes tinha ido ao cinema desde que me mudei para cá, há meses? Uma e foi no Arrábida Shopping, numa tarde horrível, cheia de adolescentes barulhentos, a ver o IT, só mesmo porque estávamos completamente a ressacar de cinema e queríamos ver o filme. 


Esta terça, nem foi tarde nem cedo, foi o momento. O filme em exibição era "O Crime no Expresso do Oriente" e lá saímos para experimentar a medo, o Multiusos de Espinho. 

 

Há quanto tempo não vos acontecia irem ver um filme que começava à hora marcada? Sem trailers, nem publicidade, nem o diabo a quatro. Aconteceu-nos no Multiusos. E eu que já estava louca com o tamanho do ecrã (enorme), a pouca companhia na sala e o cartãozinho de 10º bilhete grátis que nos deram na bilheteira, parecia louquinha com um sorriso de orelha a orelha. 

 

Por estas bandas, acabou-se a fome de cinema. Vai voltar à rotina. 

 

Multiusos, me aguarde, que eu vou lhe usar.


*
Da última vez que fiz um post a louvar um cinema ele fechou. Vamos tentar não fazer disto um hábito, sim?

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09
Dez17

Dois dedos de conversa #88

Maria das Palavras

O sobrinho de 3 anos, a testar técnicas de persuasão:

 

- Tia, vamos para Espinho? 

- Sim.

- Ver a praia?

- Vamos ver a praia, vamos.

- Então temos de tirar a roupa!

- Está muito frio. No Inverno vamos à praia sem tirar a roupa.

- Mas eu queria ir à praia e tirar a roupa.

- Não pode ser...

(...)

- Tia?

- Sim?

- Eu estou cheio de calor...

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08
Dez17

Atire a primeira pedra #60

Maria das Palavras

Quem nunca guardou uma peça de roupa no armário, completamente inutilizável (de tão gasta), porque ainda não consegue desistir dela. A minha desculpa é que só deito fora aquele par de calças quando encontrar umas sucessoras à altura...para não me esquecer como são eram.

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07
Dez17

As pessoas.

Maria das Palavras

No Natal passado estava preocupada com o sítio onde faria a festa em família com a família espalhada por tantos pontos do país, sem imaginar que eu ia adicionar outro ponto geográfico a essa lista. Mais perto de uns, mais longe de outros, compreendo agora que a distância que criamos entre uns e outros muitas vezes tem pouco a ver com quilómetros e mais a ver com tempo. Às vezes a forma como aproveitamos esse tempo. Fazem-me falta algumas pessoas. Mas quando estou com elas, aprecio-as, mais do que nunca. Quando escrevo uma mensagem ponho-lhe tanto sentimento (ou mais) que naquele beijo de "feliz natal" que daria apressado entre dois cafés. E quando se vencem as distâncias todas, cinco minutos podem ser horas a fio. 

Dezembro acabou de começar e já tive de faltar a dois jantares de Natal (almoços, aliás, que a idade já se faz notar). Preferia ter estado, mas não faz mal. O meu Natal são as pessoas. Sem lugar nem hora marcada.

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03
Dez17

E apesar de parecer a coisa mais triste do mundo, não é nada disso.

Maria das Palavras

Sempre usei a imaginação como um entretenimento próprio. Ao deitar-me imaginava os sonhos que queria ter. Forçava-os à minha (in)consciência. E nesses sonhos cumpria os meus desejos. Aconteciam todas as coisas que eu esperava que acontecessem no dia seguinte, na semana seguinte, no ano seguinte. Como no guião de um mau filme, tudo batia certo e qualquer adversidade era prontamente resolvida, só existindo para tornar mais saborosa a conquista. 


Hoje em dia deito a cabeça na almofada e não encontro com o que sonhar. Não que tenha chegado ao auge da felicidade ou que tenha perdido esperança nos feitos por concretizar. Mas não há efetivamente algo de palpável no amanhã que eu queira. 

Parece que perdi os sonhos, mas o que aconteceu foi que aprendi a apreciar a realidade e não desejar uma coisa diferente, mesmo quando o presente é uma coisa assustadora, incerta, dispensável, a melhorar. Não resolvo a vida com sonhos.  

 

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