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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

21
Mar18

Perguntinha inocente*.

Maria das Palavras

Querem morada para mandar prendas ou enviam em vouchers para eu gastar online para o email do blog? Either is fine for me.

 

happy birthday to me

 

*Tudo mentira. A pergunta não é inocente, não preciso de prendas nem por email (só e-carinho) e não vou dar uma de rainha, vou trabalhar que nem uma mula! Desculpa, mula. Ahahaha.

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20
Mar18

Diário da Islândia #4 | Ainda na Capital

Maria das Palavras

Local de Partida: Reykjavik, Islândia

Local de Chegada: Reykjavik, Islândia

 

Ora movendo a conversa da lagosta que neste dia ainda há muito por comer. Hããaa...dizer! E mostrar! E se acharem mínima graça às fotos, vale lembrar que há mais no Instagram @mariadaspalavras que não serão publicadas aqui (para não vos maçar). 

A chuva começou  picar-nos por volta desta hora, mas não constituiu problema: o próximo passo era visitar o Harpa, o maior centro de espetáculos do país e também com uma arquitetura vanguardista. Aproveitámos para recarregar baterias em todos os sentidos: descansar um bocadinho e dar energia à máquina fotográfica. 

Harpa Concert Hall - maria das Palavras na Islândia | Reykjavik

 

Depois continuámos pela linha da água com uma vista assim a este nível, mesmo enevoada: 

 

vista da costa em reykjavik - maria das palavras na Islândia

 

Até chegarmos ao Sun Voyager (ou Sólfar), uma escultura dedicada ao Sol e representante da esperança, que faz lembrar um cruzamento entre um esqueleto de baleia e um barco viking: dois elementos muitos fortes na Islândia, apesar de não ter visto nenhum fora das lojas de recordações (nem baleias, nem vikings). 

 

sun voyager - reykjavik - maria das palavras na islândia

 

Percebe-se porque têm uma estátua dedicada ao Sol nesta terra - embora não se perceba como estão ali aquelas pessoas na foto sem escorregar. Tão depressa ele não se esconde meses a fio, como se deita com as crianças. No Inverno, neste Fevereiro, anoitecia pelas 18h, pelo que começámos num passeio vagaroso de volta ao nosso alojamento. E passear nesta cidade é ver cores, ver luzes de Natal, ver candeeiros às janelas. Isso e roulottes de waffle com Nutella onde também se pode pagar com Multibanco - já disse que lá se paga tudo com Multibanco? Era eu a comer o dito e a Nutella a voar ao vento. Mas feliz. 

 

maria das palavras na islânida - as ruas de reykjavik

 

Excluindo: (1) o Perlan que deixámos de parte propositadamente - é um museu sobre a beleza natural da Islândia e tencionávamos vê-la ao vivo, com um bonito miradouro, mas já tínhamos ido ao da igreja, (2) o Museu Falológico (sim! isso) e (3) uma parte da rua das compras (que não tencionávamos fazer porque o luxo na Islândia é comer); depois desta humilde passeata, tínhamos dado à volta à cidade pelos pontos mais importantes. E sim, um dia chega perfeitamente para experimentar Reykjavik, mesmo que quiséssemos fazer as outras coisas. O nosso roteiro de um dia foi assim, em 7 quilómetros:

Roteiro de 1 dia em Reykjavik - Maria das Palavras na Islândia

 

E depois chegou a refeição para a qual andávamos a guardar as pupilas e as papilas. Como já disse 367 vezes sobre esta viagem, comer é deveras caro na Islândia. O problema é que também é extremamente bom: peixe e marisco fresquíssimo, borrego de chorar por mais (lamb! lamb! lamb!), o tal do pão de centeio feito na terra quente das hot springs e Skyr upa-upa-nada-a-ver-com-o-que-se-vende-cá-e-de-todos-os-sabores. A gastronomia deles e os chef's são reconhecidos e já tínhamos posto uma fatia de viagem de parte para ir a bom restaurante, deleitar a barriguinha. 

Com a ajuda do Trip Advisor e uma reserva feita antecipadamente, ainda em terras lusas, fomos ao Resto. Onde comemos um folhado do bacalhau mais fofo que tive o prazer de conhecer, um queijo incrível no forno, borrego muito bem confecionado e o peixe  com lagosta que moram nos meus sonhos. 

 

resto - restaurante em reykjavik - maria das palavras na Islandia


Felizmente não temos hábito de beber alcoól às refeições e as sobremesas não eram do meu agrado, o que tornou possível ir lá comer sem ficar a lavar pratos. Estou a brincar. Não foi assim tão caro, embora o seja para os padrões de quem está agora habituado a deliciar-se no Porto ou em Espinho. Aliás, percebemos logo que não ia ser incomportável (além da pesquisa feita). O sítio era fino o suficiente para ter onde pendurar os nossos casacos, mas não tanto que não tivéssemos de ser nós a pendurá-los. Fino o suficiente para servir água (sempre da torneira que eles não bebem outra) em garrafa de vidro, mas não tanto que no-la servissem no copo. Mas era uma atmosfera linda, de meia luz e música calma. E a comida: aiiii...

 

drool

 

Um contraste perfeito com o nosso regresso ao quarto. Onde um vizinho do lado quis meter conversa connosco a explicar um drama qualquer com bagagem que lhe tinha acontecido e eu, que falo bem inglês, percebi pouco mais do que Hi. E o WC do nosso andar parecia um filme de terror, com t-shirts molhadas num canto do chão, papel higiénico espalhado e tudo e tudo. Ah, os fins de noite perfeitos...

 

Não saiam daí, que no próximo texto da Islândia começamos a chegar a cenários ainda mais inacreditavelmente bonitos. E muito em breve...CAVALINHOS!

 

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19
Mar18

Diário da Islândia #3 | Missão: Ficar de pé.

Maria das Palavras

Local de Partida: Reykjavik, Islândia

Local de Chegada: Reykjavik, Islândia

 

É verdade, não me enganei a copiar o local de partida para o de chegada: este dia foi em exclusivo para visitar a capital, que não é enorme mas tem muitos pontos bonitos. Diria que passamos uma boa parte do dia só a aprender a andar no gelo sem cair. E é com um nível espanto que não consigo traduzir que digo orgulhosa: não fomos ao chão. Depois do nevão que nos recebeu e de algumas gotas de chuva, uma boa parte dos passeios estava coberto daquilo a que chamam Black Ice. Já não é neve fofinha, é neve que semi-derreteu, meio que se sujou e deu lugar a uma autêntica manteiga para a sola. E não há bota anti-derrapante que chegue para isto. As técnicas de sobrevivência foram basicamente andar muito devagar (quase para trás) se fossemos obrigados a pisar o gelo, e sobretudo...andar pela estrada com os carros. Sim, eu sei. Andar na via automóvel não costuma ser confundido com uma técnica de sobrevivência. 

 

maria na islandia - andar em reykjavik.jpg

 

Começámos por visitar a Hallgrímskirkja (santinho!) que é uma igreja de arquitetura exterior muito a atirar para o irreverente e que ficava mesmo ali ao pé do nosso alojamento de caixa de fósforo (Andrea Guesthouse). E aqui tenho de fazer uma pausa para falar de outra coisa que também era mesmo ali encostadinha e que vale a visita: o café Loki e o seu gelado de Pão de Centeio. O Pão de Centeio é uma especialidade local (e muito boa). O gelado de pão de centeio é um passo acima a caminho do céu (já que estava a falar de igrejas).

 

Hallgrímskirkja - maria das palavras na islandia.

 

Ora por dentro a igreja era só normalucha. Mas se pagarmos 8€ ou 1000 coroas islandesas para ir lá acima - paguem para ir lá acima! -  temos a melhor vista panorâmica da cidade. 

vista da igreja para Reykjavik - Maria das Palavras na Islândia

 

Por falar em vistas fantásticas, a seguir visitámos um cenário de fotos clássico da Islândia, junto ao lago Tjornin. Apresentou-se gelado que nem um Corneto, sem pinga de água em estado líquido, mas nem por isso um milímetro menos bonito. 

lago tjornin em reykjavik - maria das palavras na Islândia

 

Para fazer o hat-trick (porque a vista lado mais bonito do lado também envolve uma de telhado verde), fomos a mais uma igreja: a Basílica do Cristo Rei. Nada de espetacular, mas vimos uma cena em que o padre se deslocou à caixa de esmolas para fazer a recolha e caíram moedas de tal forma que parecia um jackpot no casino a tilintar. 

 

jackpot

 

Nesta altura a barriga já estava a dar horas e foi a altura certa para irmos dar um passeio junto ao porto onde haveríamos de comer no Seabaron, o restaurante com bancos de bidão de azeite, onde água e café eram gratuitos (água foi em todo o lado, café é de aproveitar) e o peixe em exposição estava tão fresco que saltava. Era um tasco dos mais capazes, onde eu jamais teria ficado se não tivesse feito bem a pesquisa de viagem.

Maria no porto de Reykjavik e no Seabaron - viagem à Islândia

 

Foi lá que sorvi aquela que eu descrevo como uma das melhores sopas da minha vida e o Moço descreveu nesta conversa: 

 

Maria: É maravilhosa, não é?! Que caldo tão saboroso e a lagosta desfaz-se na boca. 

Moço: É boa...

Maria: Agora a sério, estou a ver a tua cara...

Moço: É um bocadinho enjoativa. 

Maria: Não me digas que estás a comer uma sopa da melhor lagosta que já provaste e preferias frango assado?

Moço: Sim...

 

giphy (4).gif

 

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15
Mar18

Gosto de ti, mas...

Maria das Palavras

Eis uma grande prova de amor para o Moço que hoje faz anos: ofereci-lhe um par de bilhetes para irmos a um festival (uma forma de ouvir música que experimentei uma vez e jurei para nunca mais porque enfim...nada ali me assenta) porque terá uma banda que ele quer muito ver ao vivo. 

 

*Mas comprei bilhetes para a área VIP para tornar a experiência mais tolerável para mim.

 

 

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14
Mar18

Diário da Islândia #2 | Fomos a banhos

Maria das Palavras

Local de Partida: Gardur, Islândia

Local de Chegada: Reykjavik, Islândia

 

Depois do primeiro impacto, o plano do dia era francamente simples: ver o farol que nos soluçou à janela durante a noite mais de perto, tomar um banho de água a 40º no meio da neve e anoitecer em Reykjavik. E é verdade que as coisas mais simples dão memórias para sempre. 

Levámos do hotel um termo cheio de chá quente, conselho lido em diversos blogs (não me perguntem como fiz uma mala de mão para 9 dias no Inverno onde ainda deu para enfiar um termo - mas aconteceu). O vento tinha acordado durante a noite, pelo menos ali tão perto do farol como estávamos, mas enfrentámos o sacana para nos chegarmos mais perto. Valeu a pena. Como valem a pena todos os passeios, por mais pequenos que sejam, nesta terra. 

 

O farol em Gradur - Maria das Palavras na Islandia

 
Foi por volta desta hora que se deu o primeiro avistamente de CAVALINHOS. E vou escrever sempre assim CAVALINHOS para imaginarem o tom agudo e entusiasmado com que gritei sempre que passámos por eles. No entanto, estes estavam muito longe e nós íamos em missão: chegar à afamada Blue Lagoon. Uma lagoa geotermal onde basicamente nos banhamos a 40º quando cá fora está tudo coberto de neve (no dia em que fomos, estavam 40º dentro e -2º fora). Super turístico? Sim. Repetíamos? Também.

Maria das Palavras na Blue Lagoon - Islândia.jpg

 

Basicamente se eu não tivesse cabelinho ralo e companhia de 372 pessoas isto dava uma grande foto. Neste momento do click no entanto, com o cabelo molhado ao léu com a temperatura ambiente negativa, assim esticadinha para ser apanhada pela foto (o Moço atrás da lente, só com um calçonete molhado também) não estávamos bem a sentir como a coisa era super agradável. Mas juro que em todos os outros minutos foi e era menina para ficar lá o resto do dia. Além disso dão máscaras de sílica para usar enquanto estamos na lagoa. Coisa que a blogger comum adora. 
 
Agora reparem que a lagoa é mesmo azul, como diz o nome. Nada como aquelas pessoas que se chamam Esperança e só vaticinam a desgraça, estão a ver? De um azulão tal, que só mostrando numa foto mais bem tirada. Aliás...só vendo ao vivo, mas fica a tentativa. 

 

Blue Lagoon é mesmo azul - Maria das palavras na

 

Eu sei, eu sei. Palmas por termos tirado uma foto sem apanhar chineses. Mas se virem bem, devem ser eles naquelas manchinhas lá ao fundo.

 

Agora a parte verdadeiramente horrível da Blue Lagoon e que vos pode fazer repensar a visita: os balneários. Estão, sim, em perfeitas condições, tendo cacifos, gel de banho, secadores etuditudo. Mas os islandeses levam MUITO a sério a história de se tomar banho todo nu antes de ir para estas lagoas, uma questão de higiene compreensível. Mas não quero falar mais sobre isso. Até porque apanhei traumas para a vida (não se passou nada de extraordinário, mas eu sou uma fresquinha com essas coisas das pendurezas alheias à vista...não percebo porque se me despir na via pública é crime e num balneário não, já que há muita gente, incluindo crianças, a ver na mesma). Claro que tomei banho numa das cabines fechadas, mas respeitei a ordem de tomar banho peladinha antes de ir a lagoa. Já o Moço...

 

giphy.gif

 

Ora bem, a seguir fomos almoçar a um sítio tipicamente islandês ('tá bem, abelha): o IKEA. Isto porque ainda estávamos no início da viagem e a tentar não queimar os cartuchos (AKA o dinheiro). Mesmo assim comer lá num sítio assim custa tanto como comer num restaurante bom por cá. A seguir fomos ao Bónus, a cadeia de supermercados recomendada pelos preços mais em conta (mesmo assim, imaginem bocados de pão a 8€) buscar lanchinhos e outras comidinhas para nos safarmos nas cozinhas das Guesthouses nalgumas refeições. 

 

Particularidades do supermercado: não há salsichas em lata, os legumes e frescos ficam em casinhas separadas, o alcaçuz é rei na parte dos doces. 


No caminho para Reykjavik, estrada fora, começámos logo a perceber como simplesmente andar de carro em curtas distâncias era logo garantia de paisagens magníficas. E ainda não sabíamos da missa a metade. Chegámos à capital e o Moço estacionou em cima de neve e gelo como se tivesse feito isso a vida toda. Fomos conhecer o nosso modesto quartinho na cidade grande. Que não parecia tanto um quarto como uma gaveta. Ou vá, o puxador da gaveta.

Mesmo assim as condições eram boas, apesar do tamanho da nossa suite. Três andares, três WC e três cozinhas. Se os vizinhos dos quartos não fossem porquitos a coisa até se afigurava mais do que aceitável. Se...se...não percam os próximos capítulos. 

 

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13
Mar18

Diário da Islândia #1 | Primeiro impacto

Maria das Palavras

Local de Partida: Espinho, Portugal

Local de Chegada: Gardur, Islândia

 

Acordámos bem cedo, já de malas feitas para fazer o caminho até ao aeroporto. Eram cinco e meia da manhã, estou a juntar os tarecos para um banho rápido e seguir, quando começo a ouvir clac-clacs da cozinha. O Moço achou que aquela hora e aquela instância eram pois ideais para arrumar a louça lavada que estava na máquina, para a pobre não ficar esquecida. Expliquei que na categoria fada-do-lar me estava a der 10 a zero, mas na categoria de acordar e enfurecer a vizinhança estava a conseguir uma pontuação ainda mais alta. Ainda por cima ele não sabe fechar armários sem imitar um terramoto de magnitude 5 na escala de Richter. 

tenor (1).gif

 

A primeira etapa da viagem falhou logo, porque foi a única que não fui eu a planear ao milímetro (sim, sou dessas). Apanhar um taxi para o aeroporto (não de Espinho, mas de outra zona onde pudemos deixar o carro em segurança) provou-se mais complicado do que apanhar o avião. Conclusão: pagámos mais ou menos o mesmo para chegar ao aeroporto do que pagaria para chegar de avião a 70% dos destinos europeus às quartas-feiras. 

 

Depois da grande aventura com a TAP (parte 1parte 2 - parte 3)...ia voar na TAP. Sem medos. Apesar do não-há-duas-sem-três, escolho acreditar no à-terceira-é-de-vez. Isso e deram-me um chocolatinho da Regina para eu me calar e fazer a viagem sossegada. Sempre foi melhor que na Norwegian, na segunda parte da escala de Londres para Keflavik (Islândia) onde nem um cafézinho para contar a história. Eu sabia que a comida na Islândia era caríssima e que ia passar fome por lá, mas não contava começar logo no avião. Até ganhei saudades da micro-sandoca de fiambre da TAP. Que é fiambre de peru, e portanto pode ser comida por bloggers. 


De repente começamos a ver neve pela janela do avião. Muita neve. Só neve. O que pareciam nuvens era neve. E o que parecia terra era o mar. Por um segundo pensamos que o piloto fez um desvio à Antártida. Certamente aquele manto branco não podia ser um país funcional daqueles com habitantes que trabalham (e sobrevivem) e tudo. Era mesmo o nosso destino. E foi logo aqui que a fase de encantamento começou. 

 

 

neve.jpg

 

Não sei se já tinha dito isto, mas sabem quando vamos à Serra da Estrela e ficamos muito felizes por ver um tiquinho de neve? Imaginem esse sensação multiplicada por todos os centímetros à vossa volta. A Islândia que se apresentou a nós, foi assim.


Depois das vistas do avião que aterrou numa pista também ela rodeada de branco, estávamos psicologicamente preparados para o impacto brutal que ia ser por a bochecha na rua. Não em termos emocionais, mas mesmo o impacto de ver o nariz a cair da cara, vilmente congelado em poucos segundos. Ou foi das expectativas, ou de levarmos toda a roupa possível em camadas (bagagem no porão é luxo), foi muito tranquilo. A verdade é que o país tem aspecto de -35º, mas ronda os 0º. Durante a viagem toda nunca estiveram menos de -4º e chegou aos 7º.


O desafio seguinte era ir buscar o carro e conduzir na neve pela primeira vez. Tarefa que deixei prontamente para o Moço. Primeiro muito devagarinho e depois já em andamento de caracol daqueles mais expeditos, lá fomos. Íamos mais para Este, para uma das pontas com farol, que tínhamos visto do avião: Gardur. Num post final hei-de deixar-vos o roteiro completo, com links do Google Maps, quer para as estadias, quer para os pontos visitados. 

 

Gardur e o Farol - Maria das Palavras na Islândia

 

O fenómento mais engraçado durante a viagem acabou por ser o facto de vermos a aurora em todo o lado. Como passava das seis já estava tudo um breu pegado. E nós aproveitámos todos os bocadinhos de céu para dizer que nos parecia que estava esverdeado.  

 

O primeiro Hotel era o Lighthouse Inn. Muito maneirinho, todo em madeira, e bem valorizado por nós: afinal era a única noite em que íamos ter uma casa-de-banho. Ah, pois. O turismo na Islândia faz-se muito à base de Guesthouses, com casas de banho partilhadas. Torço muito o nariz a isso, mas depois percebi que alinhava ou não iríamos à Islândia (não sem vender um rim). Portanto...sim, casas de banho partilhadas para o resto da viagem.

 

anigif_enhanced-13171-1419356606-18.gif

 

Não acabámos a noite sem uma aventura. Vínhamos esfomeados (estávamos mesmo a contar com uma tostinha qualquer na Norwegian) por isso depois de pousar as malas quisemos sair para comer. O tanas! Eram nove da noite, o que significa que todos os restaurantes respeitáveis já estão fechados e ninguém de bem passeia na rua. Acabámos no KFC comigo frustrada a pedir Chicken Wings a uma islandesa que nem arranhava o inglês - ao ponto de não perceber o que são Chicken Wings trabalhando no KFC. 

 

Ainda que mal alimentados, dormimos muito bem nessa primeira noite, num quarto quentinho, como de resto eram todos, envoltos por uma paisagem inacreditável e com toda uma viagem pela frente. Afinal, íamos acordar com esta vista da nossa janela...

 

Maria das Palavras na Islândia - A vista da nossa

 

Agora digam alto a terra onde estávamos: Gardur. Isso. É que é a última vez que vão conseguir pronunciar o sítio onde estamos...

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12
Mar18

As emoções emocionam-me.

Maria das Palavras

Isto é basicamente como as pessoas que dizem que não gostam de gelados porque são frios - coisa que eu nunca entenderei (vide post). 

 

É a verdade, no entanto. Não gosto de emoções, porque me emocionam. E não gosto de estar emocionada ou de nada que se assemelhe suavemente a falta de controlo (como o auto-controlo para segurar meia-lágrima). Fujo dos sentimentalismos como o carteiro dos cães-de-guarda. Nego-os ingenuamente. 

 

É por isso que no Sábado queria saber de uma amiga e o disse em voz alta: Como estará a fulana? E teve de ser o Moço a chamar os bois pelos nomes. Liga-lhe. A isso chamam-se saudades. Claro que neguei, saudades são para os fracos. Nem tenho tempo para isso. 

 

[Eram saudades.]

 

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