Dia 23
Grata pelos namoros que dão em casamento. De forma metafórica, já ninguém tem esperança que eu me vista de branco e me arraste para o altar, pois não?
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Grata pelos namoros que dão em casamento. De forma metafórica, já ninguém tem esperança que eu me vista de branco e me arraste para o altar, pois não?
Porque claramente não esta alinhado com aquela ideia de sermos todos iguais e termos direito ao mesmo, partilhando as riquezas entre todos. A pessoa que não tenha dez mil seguidores não pode deixar links nos stories.
Ou seja, se eu quiser recomendar algo a alguém tenho de lhe explicar como chegar lá ao invés de ter a capacidade mágica e misteriosa de a fazer chegar lá com um toquezito no ecrã. Ah, se ao menos tivessemos ao dispor tecnologia suficiente, instrução superior e todas riquezas necessárias para CRIAR UM LINK. Eu sei que não é um direito básico da humanidade, mas tirem-me antes a água, porra, que eu já bebo pouca mesmo (brincadeirinha, 'tá Deus?). O "link na bio" não satisfaz, só pode ser um, não interessa qual é o post, e obriga ao labirinto de Hatfield House para lá chegar, numa época em que as pessoas até usam Google Maps para os caminhos que conhecem, só para terem a certeza que seguem o melhor atalho.
A outra dizia "Salvem os velhinhos", eu digo "Salvem os pobrezinhos do Instagram".
Links para todos é o que eu quero. Sobretudo para mim (não minto, que se o egoísmo é feio, a desonestidade é mais). Portanto, se ainda não seguem a minha página de Instagram, façam-me esse grande favor, a ver se eu chego ao objetivo, que não é conseguir números para ter uma parceria com a Prozis, mas conseguir expressar-me de uma forma direta neste canal. Digam também a amigos, colegas, familiares, vizinhos, à pessoa que vos corta o cabelo e a estranhos com quem se cruzem na rua para me seguirem, por favor.
Ainda por cima estou tão perto! Mais oito mil e tal e PUMBAS!
#linksparatodos
Sei que isto da gratidão não é suposto fazer-se em comparação com os outros, mas fico mesmo feliz por não precisar de chafurdar na miséria de ninguém para me sentir validada. Se é batota estar grata por isso, estou grata por fazer batota.
A (boa) interação que recebo por causa deste blog é uma coisa que não se explica. Gosto de vocês, pessoas que eu não conheço.
A propósito de andar a recordar a rubrica O Amor Está nos Detalhes no Instagram, tenho recebido muitos comentários de pessoas que acham emocionante e exemplar a nossa relação. Isso provoca-me um certo medo de dar uma ideia desfasada da realidade ao destacar os melhores momentos (ou os mais tolos). Sim, aqueles momentos aconteceram. Sim, somos felizes juntos. [Mas.]
Nunca começarei uma rubrica no blog chamada: "Dois dedos de discussão", ou "O ódio está nas coisas mesquinhas", mas certamente teria conteúdo para alimentá-las. Discutimos, claro, e há dias (ou horas) em que não nos podemos ver. Dizemos coisas injustas e somos bestinhas (vá, sou mais eu).
Então se todas as relações têm os seus altos e baixos, como sei que vale a pena enfrentar as agruras, pelos bons momentos? Onde se traça o limite do que é uma boa ou uma má relação? Se todos os casais discutem, quais são as quezílias normais e as inaceitáveis?
Para mim, a resposta é esta:
As nossas desavenças não se devem a problemas intrínsecos. Não se devem a abusos, falta de confiança mútua ou dúvidas quanto ao sentimento. Ele nunca me faltou ao respeito. Eu nunca ponho em causa que posso confiar nele. Eu nunca duvido se ele gosta de mim. E vice-versa.
Discutimos sobretudo por ninharias, sobretudo em dias que os fatores externos nos tiram a paciência para tudo. Ou discutimos coisas sérias, nossas, sem nunca por em causa respeito, confiança e amor.
Discutir fará sempre parte de uma relação (das minhas, pelo menos). As pessoas com quem mais discuti na vida, se tirarmos o Moço, são os meus pais e a minha irmã, pelo que só posso tirar a conclusão que o carinho e o apoquentamento andam sempre de mãos dadas, numa ironia desgraçada. As pessoas que melhor nos fazem, junto de quem sentimos um amor incondicional, são aquelas com quem mais nos sentimos tentados a baixar as defesas, a desativar filtros, a esticar as cordas.
A conclusão, se é que pode haver alguma, é que vale a pena quando as discussões não nos fazem duvidar que continuaremos a estar ali um para o outro.
Verdades universais não há: esta é só a minha verdade.
A minha mãe disse-me que eu devia cortar o cabelo "à Cristina Ferreira".
Às vezes fico terrivelmente grata por ter escrito coisas que me fazem bem reler depois - quer me critiquem as vírgulas ou não. Não é vaidade, é certeza de que vivi. Fiz. Melhorei. Não esqueci.
Saber que a pessoa que não esteve comigo neste dia (e pertence aqui comigo) está bem, mesmo estando noutro lugar.
Descobrir livros que me apetece reler na estante do meu quarto da casa dos meus pais. E eu nunca releio livros.
A pessoa que me passou o Magnum branco.
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