Atire a primeira pedra #65
Quem nunca teve o impulso de repensar todos os seus hábitos de higiene ao lavar as mãos com este frio.
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Quem nunca teve o impulso de repensar todos os seus hábitos de higiene ao lavar as mãos com este frio.
Jantares como nunca com amigos de sempre.
Ver este diário da gratidão mencionado nos 19 para 2019 da equipa Sapo Blogs.
Grata por ter encontrado uma série viciante (duas) como já não me acontecia há algum tempo .
Nós na esplanada a apanhar sol na testa, enquanto aguardávamos as bebidas.
Moço: Se estás aí a encolher os olhos, porque não pões os óculos de sol?
Maria: Humm...depois perco a noção das coisas.
Moço: ...
Maria: Parece que fico dentro de uma bolha, sabes?
Moço: Não...não mesmo.
Começando o texto de pernas para o ar, dou-vos um exemplo: quando me mudei para Espinho quis ter a casa completa. Logo. Comprar aos poucos, decorar aos poucos, arrumar aos poucos, causava-me ansiedade. Fazer qualquer coisa aos poucos causa-me ansiedade. Assim, mobilizei quem pude e esfalfei-me de manhã à noite, em todos os segundos possíveis, fizemos o esforço económico todo de uma vez (felizmente muita coisa já vinha da casa anterior) e tínhamos tudo pronto em tempo para medalha olímpica. Não há cá: "só falta pendurar os quadros" ao fim de meses.
Quando penso em algo, ou algo deve ser levado a cabo: faço e acabo. Não tem de ficar perfeito, tem de ficar feito, para eu colocar um CHECK e apagar a luz dessa preocupação. Caso contrário, vou parando de viver o presente para ir fazendo listas na cabeça das coisas com que me deveria estar a ralar por não estarem feitas - ou decididas. Também escrevo para me acalmar: Se estiver escrito, não tenho de me lembrar. Às vezes esqueço-me que escrevi na mesma, mas pelo menos naquele momento inicial, sosseguei por causa disso.
Estou a tentar mudar. Entender que há coisas que são um processo e que se me permitir fazê-las ao longo do tempo, talvez fiquem melhores, talvez me dêem mais prazer, talvez surja espaço para mais criatividade. Habituar-me à ideia de ver as tarefas como processos é o maior de todos os processos. Agarro-me à muleta da escrita outra vez e escrevo quais são as metas, para garantir que não me esqueço delas sem as repicar a cada minuto. Mas não lhes ponho uma data de fim, só de início.
Já consegui relaxar com o facto de não saber como organizar tudo o que eu e o Moço temos de encaixar nos fins-se-semana dos próximos dois meses. Já consegui acalmar a ânsia de não poder prever já as próximas férias (leia-se: viagem). Já consegui aceitar que vou demorar semanas a concluir a reorganização cá de casa que me propus a fazer. Já sei que as mudanças que desejo ver em mim não acontecem de um dia para o outro. Com calma. Estou a processar.
Um bocadinho de tempo para escrever (mesmo que seja só para mim) sabe tão bem.
#diariodagratidao
11 de Janeiro e ainda me chegam prendas de Natal.
Tive o prazer de devorar mais um pastel de nata da Manteigaria. Ainda morno.
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